A Vida, um Sorriso, um Olhar Límpido

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Imagem: CultureUniversity.com

     A Vida não é um assunto que se escreva em duas linhas, é um mistério que se sente.

     A Vida, multiplicada em risos, desce, numa cascada vertiginosa, pelos rochedos do Tempo. Sabemos que o sofrimento é capaz de dobrar os corações, mas a Vida é em si mesma um ímpeto de Alegria incontida, um espumejar de entusiasmo que brota de nascente.

    O Sorriso é o melhor bem da Vida: com um sorriso podemos fazer mil maravilhas: podemos alegrar alguém que esteja triste; o nosso sorriso é como uma rajada que leva alegria a todos os que são capazes de a captar.

     A maravilha do Sorriso é uma cintilação rápida do infinito que dardeja, entre dois amigos, um pacto invencível: serão fiéis, prometem-se apoio mútuo, confiam sem limites.

     O Olhar límpido é um sentimento que não nos deixa conter: temos de desabafar, é como um rio, nunca para.

     O Olhar límpido é uma seta tensa no arco, pronta a voar a direito: o pensamento está firme, apoiado nas palavras claras que deixam correr o sentido direito ao seu fim: não há traição nas terras da Lealdade.

Federica V e OE

Texto a duas mãos

Exercício de Escrita Criativa segundo o livro “Quero Ser Escritor” de Margarida Fonseca Santos e Elsa Serra

Suavidades

     Dawn Robin

Creative Commons License postman.pete via Compfight

       Dedicado a Madalena C

     Suavidades são as brisas deste outono que chegaram do verão e teimam em ficar, de volta das árvores, como se houvesse ninhos para embalar.

     Suavidades são os olhos dos pequeninos que vêm espreitar o trabalho da Oficina com uma interrogação a dançar em forma de rebuçado.

     Suavidades são o ouro das tardes enfeitadas de folhas que hesitam em cair, enquanto demoram o olhar na distância, onde parece acenar alguém.

     Suavidades são o início e a meta de um ano carregado de sonhos como uma vinha madura, a travessia das etapas, com paragens para cada surpresa que se desenha nas margens.

     Suavidades são a torre de um sino que canta por cima da nossa saudade, a testar  se ainda somos capazes de ver o invisível e esperar contra toda a esperança.

    Suavidades são as presenças dos amigos, a escrita ágil das suas partilhas rendilhando a nossa vida de alegrias que nunca teríamos inventado sozinhos.

     Suavidade és tu, jovem companheira no trilho silencioso de haver mundo e de o construirmos com palavras cheias de invenção, trocando entre nós este sorriso.

OE 

Exercíco do livro “Quero Ser Escritor” de Margarida Fonseca Santos e Elsa Serra (a partir de um tema dado, escrever sem parar durante 10m)

A Suavidade da Vida

Maddy

Mark Brejcha via Compfight

      Era uma vez uma menina de quatro anos que, quando  chegou a casa, perguntou à Mãe:  

      – Mãe, o que significa suavidade?

      E a Mãe, ficando espantada pelo que a filha perguntou, fingiu que não percebeu.

      – Mãe, diz lá, o que significa?

      A Mãe, continuando admirada, respondeu:

      – A suavidade significa que há uma coisa macia.

      – Mas não é isso que eu quero saber; isso eu já sei.

      – Ok! A suavidade da vida é teres que levar a vida sempre em frente; não pares nem olhes para trás; anda sempre em frente, porque o que passou já foi; precisas é de viver o futuro com alegria e sem tristeza.

      A filha ficou de boca aberta, virada para a mãe. E respondeu:

     – Obrigada, Mãe.

     No dia seguinte, a menina chegou à escola e disse para a Educadora:

     – Professora, professora, fiz o trabalho!

     E a Educadora chamou:

    – Meninos, meninos! Juntem-se aqui, vamos ver o trabalho.

    E os meninos juntaram-se todos e ficaram a ouvir-se uns aos outros. Este é o dia da pequena Matilde, quando chega a casa, depois da escola e quando começa a escola.

Madalena C, 7A 

O Rogério

Probing

Chris Blakeley via Compfight

     O Rogério era um alien do planeta Candeeiro; tinha o tamanho de uma tampa de caneta. Eu e a Stora Inês estávamos a estudar Matemática e, de repente, aparece um alien do Candeeiro com uma pistola dos Legos e disse-me:

     – Dá-me o teu chocolate!

    Eu respondi logo:

     – Toma toma, todo!

     Passados uns minutos, ouvem-se uns barulhos do Candeeiro e a Stora decide ligar o candeeiro durante dez minutos.

     Passado um bocado, sai de lá o Rogério, a gritar:

     – Vou-vos matar!

     – Vamos fugir, Stora! – Disse eu.

     A Stora concordou. Um dia depois, a Stora foi lá e estava na oficina uma família de Aliens Rogérios.

Manuel D, 7C

O Violino Mágico – II

     v for violin

NFarmer via Compfight

    Três livros numa prateleira, ninguém sabia de onde tinham aparecido, pois antes a prateleira estava vazia, mas no ano em que os três bebés nasceram, sem cabelo, fizeram uma festa e a senhora da biblioteca gritou:

     – Calem-se! São bebés!

      Mas como bebés fazem festas? Talvez os bebés façam festas, talvez os bebés fossem especiais, talvez a Srª da biblioteca fosse demasiado má. Mas isso não importa, o facto de os livros terem aparecido é que era estranho; se calhar, eram dos bebés.  

     Os bebés encontraram um livro que abria uma passagem secreta onde havia 1000 escudos, mas os bebés não eram burros, foram de elevador e, no fundo, encontraram um violino mágico. Um homem misterioso, disse:

      – O que fizeram, seus bebés doidos? 

      Mas que grandes bebés! Aquilo sim, eram bebés! Os bebés pegaram no violino e foram-se embora, virando a fralda e tocaram magnificamente violino. A senhora da biblioteca cantava muito bem e fizeram uma banda. Mas essa banda não durou muito, porque a senhora cantava como uma vaca a dar à luz. 

      Mau! eu não percebo se a senhora cantava como uma vaca a dar à luz ou se cantava bem, talvez certas vacas a darem à luz até cantem bem, mas adiante. Os bebés tornaram-se super-estrelas, mas talvez o violino é que fosse uma estrela. 

     Os bebés cresceram e, até ao fim das suas vidas, a Banda foi um sucesso, e a senhora da biblioteca voltou para a Banda, pois sem ela, eles não eram nada. Mas no fim descobriu-se que o violino era de plástico e tinha sido comprado no “Chinês”.

   Texto a 3 Mãos: exercício de “nonsense”; improviso de escrita alternando os autores segundo o livro “Quero Ser Escritor” de Margarida Fonseca Santos e Elsa Serra

Matilda M, Bernardo M, Vasco S