Reflexão sobre o Natal

Imagem: Banco Alimentar contra a Fome

     O Natal nunca é igual, porque não tem as mesmas conversas. Às vezes vamos a casa da minha avó da parte da minha Mãe e outras vezes a casa da avó da parte do meu Pai.

     O Espírito de Natal consiste em dar e receber. Adivinha: Quem é que gosta mais de dar, mas não gosta de receber? 

 Resposta:  

  

    A minha Mãe é voluntária do Banco Alimentar e eu, este ano, no veráo, também participei. As pessoas traziam, em camiões, grandes caixas, com sacos de compras e, lá dentro, comida variada. Estive no Banco Alimentar subterrâneo cerca de duas horas. O meu trabalho era dividir a comida e pôr nas caixas de papelão certas.

     Eu estou a ajudar as pessoas e não estou a pensar no meu umbigo.

Miguel F,  5C

Texto Utilitário: O Postal

   

           Escrevemos postais aos amigos, sobretudo nas férias, quando estamos longe durante semanas ou à família, se fomos, por exemplo, acampar por alguns dias com o nosso grupo de escuteiros.

      Este ano, na Oficina, os moradores da Praça das Penas já receberam alguns postais muito fora do vulgar. E a 13 de Setembro, no dia das múltiplas oficinas, escreveram-se postais coloridos que ainda aguardam ser entregues aos seus Destinatários.

    Enquanto aguardamos aqui fica um modelo de Postal com a respetiva legenda: 

Oficina de Escrita 3 Um Conto a 4 Mãos

   Neste exercício,retirado do livro Quero Ser Escritor, cada uma das 4 folhas, com o a indicação do género de conto, passa continuamente entre os elementos do grupo. Estes não podem escrever mais do que 5 palavras de cada vez, em cada folha. O segredo é não pensar, mas completar a frase que o companheiro nos passa escrevendo apenas. Aqui vão exemplos dos resultados:

    Uma vez um cavalo comeu a minha bota e o palhaço adormeceu de o ver, mas a assistênca aplaudiu porque ele era engraçado e divertido e dei uma gargalhada parva; então chegou lá a minha amiga domadora de elefantes indianos, que era parecida com um macaco palhaço do circo: eles eram tão malucos que atiraram o palhaço ao ar e ele caiu em leite creme.

     Eu vi uma sala onde um monstro verde se babava: saltei para cima dele e ele deitou baba verde escura para cima de mim e dele. Ficámos transformados numa libelinha gigantesca e eu dei-lhe um pontapé, ele ia-me comer com os seus grandes olhos, mas fugi pela clarabóia aberta e lancei um C4 que o matou e eu continuei no sótão.

     Desapareceram os índices dos livros, eu fiquei assuastado e fui para o sótão: nunca vi alguma coisa assim tão assustadora: uma espécie de bicho devorava a cabeça da minha avó. Era um bicho velho e tão fei que me saltaram os botões do casaco, mas eu continuei a busca e encontrei uma coisa esquisita: li-a e era tão gira que eu percebi o desaparecimento misterioso.

     O amor do meu marido: só me queria ver a dançar para ele ao luar. E dar-lhe um beijo na boca bonita e cor de rosa. Só queria que ele me levasse em lua de mel para o lindo Havai. E casámo-nos num hotel de 5 estrelas…A lua de mel vai acabar num futuro muito feliz. E quando acabar vamos para casa seguros no amor.

Mafalda B, Maria C, Pedro C

Oficina de Escrita 3 “Escreve o Teu Livro”

http://olivroinfantil.blogspot.pt/2009/12/escreve-o-teu-livro.html

    O nosso minigrupo de 5ª feira, constituído por Laura V do 5 C, João R do 6B e , muito em breve,Tiago M do 5C reuniu pela primeira vez no dia 8 de Novembro, num recanto inspirador da nossa Biblioteca, em torno deste aliciante projeto de Hubert Ben Kemoun publicado pela Edicare.

     Tendo desenvolvido várias atividades profissionais diferentes – trabalhou alguns anos com crianças doentes, escreveu para rádio e televisão, dedica-se, há alguns anos, à Literatura Infanto-Juvenil, convidando as crianças a tornarem-se autores com os seus projetos de Escrita Criativa. O nosso minigrupo aceitou o desafio: passaram a ser moradores da Praça das Penas, onde, em torno de um mistério a  desvendar se sucedem  peripécias divertidas entre os vizinhos, os donos das lojas, os clientes do café e a esquadra da polícia.

     Os nossos jovens co-autores são convidados a  participar na criação do livro, através de postais, artigos de jornal, receitas, ementas, anúncios, canções, páginas de diário e ainda outras formas onde verter a imaginação. E já saiu um segundo volume

Origem da Imagem: O Livro Infantil

Oficina de Escrita 2: Do Outro lado do Quadro

     A Pintura dialoga com a Escrita neste pequeno livro de Mónica Baldaque: 8 pintores portugueses estão representados e, para cada quadro, a contemplação da escritora encontra inspiração para uma curta história. O último quadro, “Menina de Castigo” é oferecido à nossa iniciativa. Aqui ficam excertos do nosso trabalho: 

http://fora-da-estante.blogspot.pt/2011/10/menina-de-castigo.html

     

     Ela podia estar a brincar no jardim, queria ter liberdade, como por exemplo, queria brincar com a lama, e talvez isso fosse proibido naquela altura.

     Ela podia ter estado no jardim a afastar os pássaros, os patos e os animais da quinta, e foi para a sala de castigo.

     Ela podia ter ficado a imaginar-se lá fora a brincar com os amigos e a afastar os animais, mas percebeu que não podia, pois já o tinha feito e estava de castigo. Sentia-se um pouco triste.Pode ter sido a sua dama de honor a mandá-la para ali.

     Como ela estava numa sala que não gostava, e onde havia quadros, podia estar a olhar para os quadros e a imaginar que estava presa dentro dos quadros: podia estar a imaginar ser ela desenhada como num busto e ser ela própria uma rainha.

     Podia ter algo de significativo para ela: o pai podia ter ido para a guerra e ela estava a pensar nos perigos que o pai podia estar a passar. Como no quadro se vê o sol que ilumina o chão ela pode pensar que é o pai a combater, a fazer tudo por ela e a não se magoar. […]

Maria C e Mafalda B

 Origem das Imagens: Edições Asa  e Fora da Estant

Maria C

Expectativas de Natal

Narizao, The Cool Brother of the Other Guy - 2017.02.17.F01 jonix_k via Compfight

     As minhas expectativas são ir a Londres  – fui a Londres quando tinha cinco anos: vi um dinossauro robot e pensei que era de verdade! No Natal, vou almoçar com a minha avó do lado da minha Mãe e jantar com a minha avó do lado do meu Pai. Penso colaborar no cabaz da Turma para ajudar uma família pobre que não tem tanto dinheiro como eu. Conheço uma Associação que envia comida às pessoas mais carenciadas: é o Banco Alimentar. 

    As famílias decoram as suas casas para festejar o Natal, para entrarem no espírito natalício.Uma decoração favorita é um pássaro de madeira, a duas dimensões, com um buraco retangular no meio, por onde se enfia uma espécie de cartão encarnado que, ao abrir, forma as asas. Aprecio, em especial, chocolates, como os que estão pendurados na árvore, em forma de bolas.

     Se eu quisesse dar, a alguém especial, uma prenda, daria algo que ela gostasse. Se inventasse uma festa, escolhia a Festa da Caça ao Gambozino, durante a Primavera, para celebrar todas as caçadas do meu Pai!

     O Espírito de Natal, para mim, é saber dar e receber. Desejo a todas as pessoas um Feliz Natal e que não parem de amar o querido Menino Jesus.

Miguel F 5C

Apresentando a Karateca

http://www.planetatangerina.com/pt/livros/o-caderno-vermelho-da-rapariga-karateca

        Na sexta feira, 2 de Novembro, na Casa das Histórias, em Cascais,  teve lugar a apresentação do Livro da nossa inesquecível antiga Aluna Ana Pessoa, que se estreou com um Livro juvenil, conquistando o Prémio Branquinho da Fonseca.  

       “O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca” é um livro dedicado aos adolescentes e que os adultos podem apreciar vivamente. Longe dos lugares comuns a que nos habituou a literatura para a adolescência, a Karateca surpreende-nos pela sensibilidade da sua ironia e pela penetração da sua ternura inteligente.

     Ao sabor das  peripécias quotidianas – aparentemente simples – nascem as reflexões de uma jovem, irradiando, com rara qualidade, a alegria de crescer, o humor invencível perante as vicissitudes da adolescência, um questionamento ardente da vida.

      É a força desta interrogação que constantemente liberta a estreiteza do instante num horizonte mais vasto, desvendando, na superfície do quotidiano, uma profundidade escondida. Mas a voz que trabalha estas aberturas permanece adolescente. Na sua formulação, ela torna, assim, acessíveis aos jovens leitores, os temas essencias da eterna demanda do homem, como Deus e o Amor Humano –  que surgem estreitamente entrelaçados nas fórmulas ousadas de um amoroso humor.

     A Ana foi nossa aluna, uma pessoa inesquecível, numa turma excecional, onde se partilharam momentos únicos. No 5ºano, a Ana escrevia uma coleção de várias aventuras com oito personagens que  ela relacionava em diálogos vivos sem perder o fio da meada; no 6º ano, a Ana aventurou-se num policial de longo fôlego, totalmente ilustrado por ela e que também fez as delícias da turma.

    Foi, pois, com uma alegria especial que no dia 2 de Novembro, pudemos saudar a beleza de ter nascido esta  primeira obra de Escritora: Parabéns, Ana!

Ler, Escrever e Contar

  

     No dia 24 de Setembro, realizou-se, na Biblioteca Juvenil e Infantil de Cascais, uma Formação de Escrita Criativa, orientada pela formadora Cláudia Marques, com a participação das professoras de Português do CAD.

     O Encontro, intitulado “Ler, Escrever e Contar”, foi subordinado ao tema que unificou, ao longo do ano, todas as Atividades oferecidas pela Biblioteca, a saber, os Contos Tradicionais da Infância.

     As atividades de escrita combinaram, em sábia proporção, os constrangimentos de uma disciplina estrita com a espontaneidade da invenção; a música, em ampla variedade, veio abrir-nos a uma escuta diferente, mais afinada para captar os pensamentos que sussuram abaixo das opiniões barulhentas da superfície; a livre expressão corporal também contribuiu para invocar a beleza esquecida das palavras que andavam enrodilhadas nos bolsos do nosso afazer nervoso.

     As participantes fizeram, assim, a experiência gratificante de comunicar mais profundamente entre si, enriquecendo também a união do grupo de trabalho com  uma vivência original e estimulante.

     Agora, transmitimos aos nossos alunos alguns destes exercícios libertadores e já são eles a perguntar “Onde é que há mais?”

    Aqui fica o nosso agradecimento pela colaboração generosa da Biblioteca Juvenil de Cascais e pela excelente orientação da nossa Formadora, Cláudia Marques.

Oficinas de Escrita 1 – Anagramas

     No dia um de Novembro, o primeiro minigrupo de Oficina de Escrita  reuniu-se pela primeira vez. Podemos publicar aqui o trabalho e o jogo que formos construindo, mas haverá sempre atividades mantidas em segredo para poderem ser partilhadas com outros curiosos dos labirintos da escrita.

     Estivemos a brincar com as palavras para nos apresentarmos e, sem querer, construímos anagramas.

Um anagrama – esta palavra vem do grego ana = “voltar” ou “repetir” + graphein = “escrever” –  significa uma combinação de letras diferente a partir de uma dada palavra ou a partir de  uma frase inteira, de modo a formar novas palavras ou até uma nova frase.

    Aqui fica o desafio: Por quem é constituído o nosso minigrupo?

O Enigma do Tempo

 

     

      “Não faças da tua vida um rascunho. Podes não ter tempo de o passar a limpo.”

     Esta frase significa: Não faças a tua vida a treinar, porque depois podes não ter tempo de fazer bem. 6D

     Não planeies a tua vida toda antes. Porque podes não conseguir fazer tudo a tempo. Leonor A 6D

  “Uma das desvantagens de termos pressa é o tempo que isso nos faz perder.”

     Esta frase significa que perdermos tempo não compensa. Porque quanto mais rápido, mais devagar”. Vera R 6D

No Sonho de Alguém

     Esta imagem lembra-me flores, lembra-me pétalas de rosas caídas no chão com o vento, formando uma figura da Torre Eiffel no chão, faz-me lembrar Paris, um Paris muito bonito.  

    Numa tarde de Primavera.  Faz-me lembrar Paris num sonho de alguém…

Rafaela C 5B

Origem da Imagem: http://www.alain-barre.com/article-edgard-maxence-peintre-symboliste-et-portraitiste-02-53399920.html

Eu Espero…

Origem da Imagem: http://www.bruaa.pt/

Eu espero para crescer. Eu espero para ir para a universidade. Eu espero para trabalhar. Eu espero para namorar. Eu espero para casar. Eu espero para ter filhos. Eu espero para eles acabarem a escola. Eu espero para que eles acabem a universidade. Eu espero para que eles comecem a trabalhar. Eu espero para ter netos. Eu espero para morrer. Eu espero para ver Deus.

Vasco Li 5B

Daqui a 10 Anos?

Eu Espero - Bruá

 

    Daqui a 10 anos, quero ser uma miúda crescida e atinada.

    Espero saber o porquê de em criança não ter podido fazer as minhas escolhas sem perguntar aos meus pais, e saber o porquê das escolhas deles para mim.

    Espero constituir família para que também eu possa fazer as escolhas para os meus filhos.  

   Espero já ser psicóloga ou investigadora criminal.

    Daqui a 10 anos quero ser feliz.

Beatriz M 6C

      Daqui a 10 anos, eu espero já ser uma bióloga que ajuda os animais indefesos.

     E vou viajar para a Índia, para ajudar pessoas com dificuldades financeiras e doenças.

     Pessoas que têm filhos doentes e esfomeados, vou  para lutar contra as doenças fatais.

     Para eles aproveitarem a vida.

Mariana B 6C

 

Eu Espero

  • Espero que tenha muitos amigos.

  • Espero ter um bom emprego. 

    Espero não ter fome e nem mais ninguém.

     Espero que não haja guerra.

     Espero uma boa vida. 

    Espero o bem de um filho dos meus tios. 

    Espero crescer. 

    Espero não viver à custa. 

    Espero que toda a gente seja feliz.

    13 de Setembro 2012
    Aluno do 6ºA
    Origem da Imagem: http://www.bruaa.pt/euespero.html