Um dia, a Flora estava muito zangada com tudo e com todos. Ela estava numa cerca muito linda, mas como ela queria fugir, fugiu. Passou por montanhas, vales e florestas, até chegar a um prado muito florido.
Estava a passar por lá um Mustang, que era diferente dos outros: era todo preto, com uma crina muito grande, só que estava com um penso na crina.
Ele estava a ir em direção à Flora; ela tentou fugir, mas não conseguiu, porque as ferraduras novas estavam a fazê-la tropeçar. De repente, apareceu um cavalo à frente dela que lhe disse:
– Olá, eu sou o Veloz, um cavalo dos Índios!
A Flora apresentou-se:
– Olá, eu sou a Flora, eu era um cavalo selvagem, só que me apanharam. Queres fazer uma corrida?
Respondeu o Veloz:
– Claro! Mas acho que tirarmos-te essas ferraduras.
Eles deram coices em pedras, em árvores, até que as ferraduras caíram. Começaram a correr: o Veloz ia á frente, mas a Flora deu um salto e ficou próxima dele. O Mustang ficou em primeiro lugar, mesmo assim, por uns segundos a mais que a Flora.
O Veloz disse:
– Queres conhecer os meus donos?
A Flora respondeu:
– Quero!
Quando chegaram à vila, os humanos agarraram logo a Flora para ficarem com ela, mas chegou lá uma menina para ajudar aquela pobre égua. A menina acalmou-a e ficou com ela, porque a Flora não queria sair de junto dela.
O Veloz disse, a rir:
– Ah, ah, ah! Mal chegas e já tens uma dona! E essa é uma treinadora de cavalos.
Enquanto estavam a falar, a menina pòs-lhe um arreio e uma manta azul por cima dela para a montar.
Margarida L, 6B