Sugestões para Inovar a Escola


Anita Purves Nature Center
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      Nos recreios e em certas aulas, os alunos poderiam ouvir Funk; as salas poderiam estar de acordo com o gosto das pessoas, pois seriam mais apreciadas; poderia haver um canto para cada aluno e customizado por ele; as pessoas com gostos em comum poderiam juntar-se em grupos para trabalhar.

    Poderíamos fazer workshops com duas ou três disciplinas combinadas, como Ciências, FQ e TIC e com um microscópio que vê as coisas muito detalhadamente. Com um microscópio desses  analisávamos células animais, substâncias químicas, energias e a própria luz. Teríamos uma placa gráfica, uma motherboard e um monitor a fim de realizar uma exploração ao micromundo.

    Nos trabalhos de Grupo, acho que os alunos devem escolher com quem trabalham; se escolherem os amigos, trabalharão mais e mais empenhadamente.

    Um Projeto possível para Português, Francês e Inglês podia incluir sairmos de Cascais, viajar ao Reino Unido. Podíamos passear em autocarros de dois andares, visitar o museus das Ciências. Depois íamos a Paris visitar La Villette.  Em Paris tínhamos de subir à Torre Eiffel e, em Londres, à London Eye. Esta, ao longe, parece uma roda gigante normal, mas, lá dentro, parece uma cápsula com uns banquinhos e tablets interativos lá dentro. No regresso, fazíamos um trabalho em que comparávamos as duas visitas.

João Francisco, 7B

Conversas na Oficina: Entre o Difícil e o Sonho

Dragon Tree

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Maria SO momento mais difícil do 6º ano foram as pessoas, a arte de conviver e de enfrentar as dificuldades da relação.

André (Convidado) – Pensar que a Turma vai mudar de colegas, que podemos perder amigos bons…

Maria SPara uma nova escola, gostava de encontrar, em Setembro, salas pintadas com cores vivas e cada uma com diferentes recantos: os grupos de alunos poderiam escolher como sentar-se e onde estar.

André – Podemos ter aulas no Ipad com a escola virtual, tecnologia e pufs, umas salas confortáveis e para os profes também. Para aumentar a nossa liberdade, podemos fazer mais trabalhos de grupo; não estarmos sempre calados e não estarmos sempre com os professores

  Maria S –  O que pode aumentar a  liberdade da nossa vida de estudante é ter autonomia nos trabalhos, escolher os pontos do programa…

AndréHá escolas em França em que podemos participar na vida real, por turnos: aprender a cozinhar, lavar a loiça, tratar da horta, ter animais….

OE – Para aumentar a comunhão com a Natureza poderíamos restaurar o nosso pinhal e transformá-lo num espaço de convívio feliz com os animais…

Alexandre SEu podia trazer porquinhos vietnamitas, galinhas com pintainhos… e duas cabrinhas.

André (Convidado) – Eu trazia uma ovelhinha e coelhos do Meco.

Maria S – Eu trazia pássaros coloridos. O Pinhal ajuda-nos a ser mais rústicos e a ter ideias para escrever.

Maria S, Alexandre S e André (Convidado) 

O que me dá Asas

elefonte

Imagem oferecida pelo Zoo de New York

     O que me dá asas é quando um amigo chega a minha casa, porque eu gosto de brincar com os meus amigos. Vivo num prédio e, quando um amigo meu chega, vou até lá abaixo mesmo descalço. (O meu melhor amigo e eu vivemos os dois num 1º A!).

    Eu estou a gostar do projecto “Arca do Não é”: o que estou a gostar mais é de fazer parte do projecto e juntar animais é muito divertido: escolhi um elefante e um siamango, uma espécie de macaco; quando ele grita, incha o papo.

     Vou poucas vezes ao Zoo, porque moro no Estoril, longe de Lisboa. Também já juntei um elefante e um hipopótamo que é a cria e os nomes dos pais são elefango e siamante; a cria chama-se elefonte.

     O Elefonte adora brincar, corre muito e come folhas, como os pais. Gostam de viver perto dos rios, em abrigos, para se protegerem e beberem água. A mãe e a cria podem ser domesticados, o pai não, porque ele é selvagem. Eles gostam de festas, se não os atacarem, eles não atacam.

Vasco L, 5C

(Tema inspirado no livro de Ecologia Emocional  “Energias e Relações para Crescer” de Mercés Conangla e Jaume Solers)

Glosa a “O Voo de Josefina”

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   Dedicado a Carolina N

    A Josefina era uma menina de aparência frágil, mas na verdade escondiam-se nela qualidades surpreendentes. Entre elas contavam-se a sua persistência fiel e imbatível perseverança para suportar a vida da Escola.

     Nesse tempo, deve dizer-se que, para Josefina, a vida da Escola não era fácil, exigindo aos alunos permanecerem sentados durante uma média de quatro horas por dia, enquanto lhe parecia que os professores se dedicavam a ensaios de voz e treinavam a caligrafia com pedacinhos de giz num imenso quadro negro pendurado na parede.

     Os alunos também podiam comer a certas horas e movimentar-se à vontade ou dedicar-se  a diferentes jogos a intervalos regulares. Como, de entre todos os estudantes, iam surgindo pequenos grupos de amigos, o convívio cordial compensava as horas de trabalho extra, quase sempre escrito, a que deviam dedicar-se ao fim da tarde, sob pena de incorrerem numa falta de tpc, que tinha para Josefina um significado obscuro.

     Neste quadro de vida, ao mesmo tempo equilibrado e dramático, a nossa Josefina divagava, por vezes, sem rumo preciso, ponderando se seria possuidora de um potencial oculto, algo assim como um “superpoder”, que lhe permitisse viver mais folgadamente as vicissitudes da sua vida de estudante.

     Assim, começou a criar situações em que se punha à prova, na esperança de desencadear um dom desconhecido.

     Começou por pendurar-se no candeeiro da sala e conseguiu ir em voo rasante até à sua própria banheira; em seguida, fingindo pendurar roupa, atirou-se da janela rumo ao jardim do vizinho, mas foi cair de mergulho na piscina. Subiu ainda uma palmeira e voou até ao quarto, pelas janelas abertas.

     Por esta altura já ela desconfiava que, em vez de ter o dom de voar, tinha um notável talento para saltar.

     Conta-se noutra versão desta fantástica história que ela se atirou ainda da varanda, utilizando umas asas de plástico e aterrou a pique no jardim, sobre o “Bola de Ténis”, o seu cão amigo.

   Foi então que os pais de Josefina trataram de inscrevê-la numa Academia de Ginástica, onde podia treinar salto em altura e aceitaram também a sua decisão de, mais tarde, tirar o brevê para pilotar aviões pequeninos.

     Foi assim que Carolina, treinando o seu dom e forjando o seu projeto, passou a estar na Escola com objetivo e método. Suas aulas deixaram de ser úteis apenas aos treinos de caligrafia e aos ensaios de voz dos professores; essas mesmas aulas estavam agora ao serviço do seu sonho e concorriam para que, um dia, ela pudesse mesmo voar.

Inspirado no texto homónimo de Carolina N

OE

Experiência de Poesia

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     A disciplina de língua portuguesa fez com que eu aprendesse uma forma diferente de expressar os meus sentimentos, descobri que consigo escrever poemas.

     Se uma pessoa souber fazer poemas, sabe ir buscar o estado de espírito de que precisa para um poema e sabe representá-lo, entre vários estados de espírito, em qualquer altura; há pessoas que conseguem fazer isto.

     Quando estou a escrever um poema, parece-me que estou a aproveitar o meu tempo, não apenas para mim, mas também para os outros, o que normalmente não noto quando estou a fazer outra coisa.

     Na minha poesia, primeiro, tento não copiar as outras pessoas; falo sobre o que me ocorre espontaneamente; se eu estiver inspirado, sinto que vou escrever um poema, mas eu nem sequer sei o que vai sair.

     A inspiração é quando alguém pensa que consegue fazer tudo o que quiser, desde que não chegue aos limites, como voar sem apoiar-se em nada, só com o que há em mim.

     Aprecio qualquer poema, se for bom; fico contente por o ver, mas ainda não tenho preferências. Vou fazer poemas sempre que tiver inspiração.

Duarte P, 8C

Na Oficina

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     Escrever é um artesanato amoroso e um  passatempo perfeito para quem sente que lhe nasceu na alma um jardim de palavras a germinar.

     Irresistíveis são as ideias que podemos colher nos canteiros do coração. Elas brotam de repente, de uma terra imaginária, revestidas de cores vivas e algumas com formas nunca vistas.

     Escrever pode ser o fruto de uma atitude, uma escuta voltada para segredos novos que aparecem do lado de dentro, mas que foram semeados com o carinho da nossa atenção à vida de todos os dias: recolhemos detalhes pequeninos, mas que trazem dentro de si o infinito, como este, por exemplo:

4 meninos à volta da mesa, a escrever

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OE

Escrever Sobre O Quê?

 

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   “Eu não procuro, encontro”

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     Os nossos preciosos colaboradores  da Oficina de Setembro,  encheram um  frasquinho de doce com  as suas sugestões, em resposta à questão:

“O que te inspira para escrever?”

 “A mim inspiram-me os contos sobre animais ou pessoas. E também tudo misturado.” – Mariana P 6A ”

A mim, inspira-me a capacidade que têm os caracóis de pôr os olhos para dentro” – Tiago N 6C

“Dava toda a comida que comi na minha vida a alguém que nunca teve.”

 Diana D

” A mim inspira-me a ajuda: vale a pena ajudar os que precisam. Vale a pena ajudar. ”

Filipe F

“Temas que me inspiram para escrever: 1 .Quem sou eu? 2. Não Quero Crescer 3. O Último Remate 4. As 7 Maravilhas da Minha Casa”  

Anónimo do 2º Ciclo

“Inspira-me pensar no Futuro.”

Vicente S

“A História inspira-me. Apesar de ter uns momentos maus, mas eu gosto muito de ler sobre a História – as guerras e tudo isso.”

Salvador T

A mim, inspira-me a capacidade que os pássaros têm de voar pelos céus. Só alguns dos animais podem fazer isso, enquanto nós não somos um desses animais.”

Zé O 6C 

“A mim, inspira-me a Fantasia.”

 Guilherme “

“Gostei muito desta experiência. O meu próximo assunto para fazer um texto é a terra ser atacada por Aliens.”

 Francisco

“(Se alguém ler isto, está feito.)

O Amor, para mim, é uma fonte de inspiração e quando me sinto inspirada, sinto-me tão bem.”

Carolina L 5B

“A mim inspiram-me os Amigos e as pessoas de quem gosto.” – Anónimo do 2º Ciclo.