A Égua de Olhar Esplendoroso

Rulla sig fungerar överallt…Creative Commons License Patrick Strandberg via Compfight

      Era uma vez uma menina, chamada Beatriz, que estava numa quinta, quando viu uma égua e pensou logo em ficar com ela: era muito bonita, com o pelo malhado de branco e preto; as crinas eram compridas e o seu olhar esplendoroso brilhava quando via alguém.

     A Beatriz chamou-lhe Luz, ficou com ela e andou a passear a passo, pelos pastos verdejantes, salpicados de flores silvestres: papoilas, malmequeres e dentes de leão. A menina, de repente, desequilibrou-se e caiu, enquanto a égua fugiu, muito assustada. A menina foi socorrida por um jovem agricultor e teve de ir ao hospital.

     A Luz apareceu inesperadamente no quarto do hospital e disse:

     – Quero que te salves.

     Beatriz ficou logo boa e a égua mágica ajudou-a.

     No dia seguinte, houve uma competição de cavalos e Beatriz ganhou com a ajuda da Luz. Tornaram-se campeãs em imensas competições e ficaram inseparáveis para sempre.

Mariana C, 7C

Só Gosta de Mim

HORSE BALL les cavalières à l'oeuvreCreative Commons License alainalele via Compfight

     O Alvim é um cavalo de estatura média, com pelo branco e liso e crinas curtas. Os olhos são grandes, escuros e, quando nos olha, parece que só gosta de mim, que não gosta das outras pessoas.    

     O Alvim é inteligente, ágil, astuto e amigo. Compreende as regras do “Horse Ball” facilmente.

     Ele gosta de andar à solta, no picadeiro, e também quando eu o passo à guia, ele dá pinotes porque está feliz. Quando o monto, ele faz tudo o que eu peço.

Martim P 6A

Entrevista a uma Jovem Cavaleira – II

 CEIAImagem: da Autora

Publicamos hoje a continuação da nossa conversa com a jovem cavaleira Teresinha R de P do 6ºA que terminou também brilhantemente as suas Provas Nacionais de 6º Ano. 

OE.  Fale-nos um pouco da sua relação com as Éguas “Rufia” e “Utopia”.

T R de P – Dou-me bem com elas; a “Rufia” percebe logo quando estou contente; gosta de festas. Em Badajoz, o treinador disse que lhe dávamos muito mimo, porque que ela estava arquejante. Nos treinos também monto muitas vezes a égua “Utopia”. A “Utopia” tem uma passada muito maior, enquanto a “Rufia” tem o passo pequenino; a “Utopia sai mais longe do obstáculo; mas tem menos experiência de salto, ainda só fez uma prova; foi comigo e ficamos em primeiro lugar. É um alazão castanho, meio dourado, com a crina castanha.

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Conjunto Teresa e “Rufia” 

OE. Como se poderia caracterizar o ambiente na Prova de Badajoz?

T R de P – É uma prova competitiva; entra-se com mais garra. Não tenho que ir num ritmo calmo, devo inventar atalhos, o cavalo pode ir à carga, porque é o mais rápido que ganha tudo.

OE. Quais são os seus projetos a médio e longo prazo, em relação às provas de alta competição?

T R de P – Para participar na Alta Competição, tenho de ter um cavalo; não posso fazer melhor com o cavalo com que treino agora. Por isso, vou trabalhar aos dezasseis anos, para poder comprar e sustentar o meu próprio cavalo. Daqui até lá, por exemplo, para a Prova de Badajoz, em Agosto, vou fazer Cup Cakes, pulseiras e vender na praia. 

OE. Agradecemos a partilha desta vivência ímpar no mundo da Equitação e desejamos-lhe as maiores felicidades para os Campeonatos deste verão.

Teresinha R de P, 6ºA

Entrevista a uma Jovem Cavaleira

 I Parte

O.E.  – Hoje temos connosco, na Oficina, a jovem cavaleira Teresinha R de P que pratica equitação há 3 anos e acaba de ficar classificada em primeiro lugar, na prova realizada em Badajoz, nos passados dias 30 de Abril, um e dois de Maio.

     Congratulamo-nos com esta vitória e com a sua partilha da extraordinária experiência em que se pode transformar esta modalidade desportiva quando o talento e a maestria se aliam a um verdadeiro amor pelos cavalos.

 

OE.  Desde quando e como nasceu esta sua paixão pelos cavalos?

T.R. de P. –  A Mãe tinha um amigo, R. S. P. que tinha uma filha, a Nonô; fui vê-la  montar. Depois fui com a Sofia, a professora, às boxes, ver os cavalos. Aí é que comecei a gostar. Parei de montar, porque estava sempre em volteio, pois o meu tio dizia que eu era muito pequenina. Comecei a fartar-me e desisti. Um dia pedi para montar outra vez e aí voltei mesmo.

OE.  Quando começou a treinar a modalidade de saltos de obstáculos?

T. R. de P. – Monto há 3 anos, à séria, sem volteios. Passado um ano, comecei com os obstáculos, que é uma modalidade própria da Escola. Quando a Professora Sofia vê que estamos preparados, ensina-nos.

OE. Com que frequência pratica o seu desporto preferido?

T.R. de P. –  Nas férias, se estou cá, vou sempre o dia todo; até almoço lá. No tempo de aulas, monto todos os dias ás cinco; às vezes até vou diretamente para a Escola com os filhos da Sofia. A aula termina às seis; depois tenho de tratar do cavalo e saio às seis e meia.

4. Durante os treinos, que técnicas se esforça mais por aperfeiçoar?

T.R. de P. – Treino mais a posição, pois curvo um pouco as costas e levanto a cabeça; treino para não deixar a “Rufia” borregar; treino para avançar na volta e ficar à espera à frente do obstáculo; nos treinos a “Rufia” não tende a desviar-se do obstáculo; só nos campeonatos: aí eu abro um bocadinho a rédea. Nos treinos, monto também a “Utopia”. É uma égua que tem a passada muito maior; a “Rufia” tem a passada pequenina; por isso a “Utopia” sai mais longe do obstáculo; mas ela tem menos experiência de salto, ainda só fez uma prova.

OE. Em sua opinião, quais as qualidades que um Conjunto – cavalo e cavaleiro – deve apresentar para um bom desempenho em prova?

T.R. de P. – Se os cavalos forem muitas vezes montados e entrarem em muitas provas com eles, adaptam-se aos cavaleiros. Dou sempre biscoitos à “Rufia”. Já provei os de maçã, mas cheiram melhor do que sabem.

[…]

Eventos de Equitação

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     Nos passados dias 18 e 19 de Abril de 2015, decorreu, no Centro Hípico da Quinta da Marinha, a última Pool de obstáculos, com todas as categorias misturadas.

      O Conjunto Teresa R de P com a sua égua Rufia, de 17 anos e sangue Árabe participou no concurso.

     O Conjunto não ficou classificado no primeiro dia, por se ter desviado de um obstáculo. Em contrapartida, no segundo dia, o Conjunto “limpou a prova”, ficando classificado num honroso terceiro lugar.

     No próximo concurso, a realizar-se em Badajoz, nos próximos dias 30 de Abril e um, dois e três de Maio, o Conjunto Teresa R de P e Rufia deverão enfrentar obstáculos entre 70 e 90 cm.

     A cavaleira deverá manter a máxima atenção para, quando a sua égua começar a desviar-se, ter tempo para “dar perna” na direção inversa.

     Desejamos desde já as maiores felicidades ao brioso Conjunto.

Teresinha R de P, 6A

Quando Eu Gosto de Montar a Cavalo

   Lodewijk
Creative Commons License Photo Credit: Saparevo via Compfight

      Eu gosto muito de montar a cavalo. Montar a cavalo é o meu divertimento, mas o desporto é muito caro e ter um cavalo é uma responsabilidade. Eu monto na Quinta da Marinha, com uma professora chamada Sofia Carvalhaes, que é muito querida; eu gosto muito dela!

     Quando saio da Escola, às segundas, terças e quintas, vou toda contente, porque é nesses dias que vou montar. A Sofia, como tem os filhos cá na Escola, vou com ela às terças e quintas, nas segundas é a Mãe que me leva e também leva o Pedro e a Carlota (os filhos da Sofia).

     A parte mais gira de montar é o galope, mas antes do galope é saltar. Eu gosto muito de saltar com todo o tipo de cavalos e, nos concursos também. Nos concursos fico sempre muito nervosa e, no campo de aquecimento, faço sempre “porcaria”, mas depois, na prova, acaba sempre por correr bem.

     
Para montar, visto a camisa branca, as calças, a casaca que a Carlota me deu, as botas pretas, o toc, o stick e os esporins.

     As aulas também são divertidas: às vezes saltamos e às vezes não. Primeiro andamos a passo, depois trotamos e, finalmente, galopamos.

     Eu também gosto muito dos estágios que a Sofia faz: os mais giros são os de verão, porque vamos para a Marinha às nove da manhã, depois montamos, logo a seguir vamos à praia e depois voltamos a montar. Os meus cavalos preferidos são o PJ e o Grand’Oro, gosto muito deles!

     Quando comecei a montar, tinha 7 anos; comecei também com a Sofia, mas no D.Carlos, fiz dois anos de volteio e depois fartei-me, porque queria passar logo, sem ser a volteio e não passava; então desisti, mas, como já contei, voltei.

     Quando for grande ainda não sei o que quero ser, mas não quero largar os cavalos!

Teresinha R P 5A

 

Luna

                   
Creative Commons License Photo Credit: Eduardo Amorim via Compfight

   041 | 365  July 9, 2011
Creative Commons License Photo Credit: Sarah Simpson via Compfight

      Eu gosto do cavalo porque adoro montar a galope, pois é magnífico e uma experiência única. A égua que eu montava chamava- se Luna, era toda preta com pernas brancas. Eu fiz cinco concursos com ela. O seu  galope era tão calmo e ela era a égua mais confortável para montar.

    Os cavalos têm uma crina comprida que parece uma crista, mas é muito macia,  tal como o pelo. A parte má é que o cavalo tem os dentes, pois podem morder, os cascos, pois podem pisar, como também podem atirar coices.

    Não gostava de ter o cavalo como animal de estimação, pois é muito grande, mas só se fosse um cavaleira e se fizesse concursos.

     O meu animal favorito simboliza a  liberdade, pois é o cavalo, mas, geralmente, ele não tem liberdade, pois a maioria dos cavalos serve para a equitação.

    Existem cavalos porque Deus os criou.

 Laura V 6C

 

Livro de Tiago – 2

Magic woods
Photo Credit: photophilde via Compfight

 I

     Como falei no outro livro do Pantado e de outros dois cavalos, vou voltar a falar. O Pantado, afinal, chama-se Pantaro (soube isto porque fui montar a cavalo e o meu instrutor disse-me). Também me informei de que foi vendido lá para a Coreia e por 40 mil euros. O que me deixou ainda mais triste, pois é impossível ter um cavalo desses (por custar muito).

     Quando soube desta notícia e a minha mãe me disse:

     – Tiago, não esperes muito ter um cavalo como o Pantaro. – Fiquei “Super-triste”, tentei não chorar e não chorei.

     Quando falo em ter um cavalo, a minha mãe fala de uns quantos, mas como o Pantaro é impossível (mas um como o Pantaro – é o que eu penso), porque, para já, jamais algum cavalo será tão bom como o Pantaro.

     Apesar de adorar cães, porque nos percebem, preferia ter um cavalo como o Pantaro. Adoro o Pantaro. Eu sei que estou sempre a dizer isto, mas é só para perceberem o quanto gosto do Pantaro.

     Estou a tentar encontrar na Internet coisas e informações e fotos. Mas não estou a encontrar grande coisa, quero dizer, não estou a encontrar nada. Quero mesmo encontrar qualquer coisa.

     Hoje não consegui escrever muito porque já disse quase tudo sobre o Pantaro. Tenho muitas saudades dele e gostava de poder voltar a vê-lo. Mas como disse há bocado, 40.000 euros é muito e um cavalo desses nunca vai ser meu. Eu sei que digo sempre o mesmo, mas fico triste e só consigo pensar que nunca o vou ver.

(Continua)

Tiago M