Entrevista a uma Jovem Cavaleira – II

 CEIAImagem: da Autora

Publicamos hoje a continuação da nossa conversa com a jovem cavaleira Teresinha R de P do 6ºA que terminou também brilhantemente as suas Provas Nacionais de 6º Ano. 

OE.  Fale-nos um pouco da sua relação com as Éguas “Rufia” e “Utopia”.

T R de P – Dou-me bem com elas; a “Rufia” percebe logo quando estou contente; gosta de festas. Em Badajoz, o treinador disse que lhe dávamos muito mimo, porque que ela estava arquejante. Nos treinos também monto muitas vezes a égua “Utopia”. A “Utopia” tem uma passada muito maior, enquanto a “Rufia” tem o passo pequenino; a “Utopia sai mais longe do obstáculo; mas tem menos experiência de salto, ainda só fez uma prova; foi comigo e ficamos em primeiro lugar. É um alazão castanho, meio dourado, com a crina castanha.

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Conjunto Teresa e “Rufia” 

OE. Como se poderia caracterizar o ambiente na Prova de Badajoz?

T R de P – É uma prova competitiva; entra-se com mais garra. Não tenho que ir num ritmo calmo, devo inventar atalhos, o cavalo pode ir à carga, porque é o mais rápido que ganha tudo.

OE. Quais são os seus projetos a médio e longo prazo, em relação às provas de alta competição?

T R de P – Para participar na Alta Competição, tenho de ter um cavalo; não posso fazer melhor com o cavalo com que treino agora. Por isso, vou trabalhar aos dezasseis anos, para poder comprar e sustentar o meu próprio cavalo. Daqui até lá, por exemplo, para a Prova de Badajoz, em Agosto, vou fazer Cup Cakes, pulseiras e vender na praia. 

OE. Agradecemos a partilha desta vivência ímpar no mundo da Equitação e desejamos-lhe as maiores felicidades para os Campeonatos deste verão.

Teresinha R de P, 6ºA

Entrevista a uma Jovem Cavaleira

 I Parte

O.E.  – Hoje temos connosco, na Oficina, a jovem cavaleira Teresinha R de P que pratica equitação há 3 anos e acaba de ficar classificada em primeiro lugar, na prova realizada em Badajoz, nos passados dias 30 de Abril, um e dois de Maio.

     Congratulamo-nos com esta vitória e com a sua partilha da extraordinária experiência em que se pode transformar esta modalidade desportiva quando o talento e a maestria se aliam a um verdadeiro amor pelos cavalos.

 

OE.  Desde quando e como nasceu esta sua paixão pelos cavalos?

T.R. de P. –  A Mãe tinha um amigo, R. S. P. que tinha uma filha, a Nonô; fui vê-la  montar. Depois fui com a Sofia, a professora, às boxes, ver os cavalos. Aí é que comecei a gostar. Parei de montar, porque estava sempre em volteio, pois o meu tio dizia que eu era muito pequenina. Comecei a fartar-me e desisti. Um dia pedi para montar outra vez e aí voltei mesmo.

OE.  Quando começou a treinar a modalidade de saltos de obstáculos?

T. R. de P. – Monto há 3 anos, à séria, sem volteios. Passado um ano, comecei com os obstáculos, que é uma modalidade própria da Escola. Quando a Professora Sofia vê que estamos preparados, ensina-nos.

OE. Com que frequência pratica o seu desporto preferido?

T.R. de P. –  Nas férias, se estou cá, vou sempre o dia todo; até almoço lá. No tempo de aulas, monto todos os dias ás cinco; às vezes até vou diretamente para a Escola com os filhos da Sofia. A aula termina às seis; depois tenho de tratar do cavalo e saio às seis e meia.

4. Durante os treinos, que técnicas se esforça mais por aperfeiçoar?

T.R. de P. – Treino mais a posição, pois curvo um pouco as costas e levanto a cabeça; treino para não deixar a “Rufia” borregar; treino para avançar na volta e ficar à espera à frente do obstáculo; nos treinos a “Rufia” não tende a desviar-se do obstáculo; só nos campeonatos: aí eu abro um bocadinho a rédea. Nos treinos, monto também a “Utopia”. É uma égua que tem a passada muito maior; a “Rufia” tem a passada pequenina; por isso a “Utopia” sai mais longe do obstáculo; mas ela tem menos experiência de salto, ainda só fez uma prova.

OE. Em sua opinião, quais as qualidades que um Conjunto – cavalo e cavaleiro – deve apresentar para um bom desempenho em prova?

T.R. de P. – Se os cavalos forem muitas vezes montados e entrarem em muitas provas com eles, adaptam-se aos cavaleiros. Dou sempre biscoitos à “Rufia”. Já provei os de maçã, mas cheiram melhor do que sabem.

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Eventos de Equitação

    DSC_0336 FancyShots via Compfight

     Nos passados dias 18 e 19 de Abril de 2015, decorreu, no Centro Hípico da Quinta da Marinha, a última Pool de obstáculos, com todas as categorias misturadas.

      O Conjunto Teresa R de P com a sua égua Rufia, de 17 anos e sangue Árabe participou no concurso.

     O Conjunto não ficou classificado no primeiro dia, por se ter desviado de um obstáculo. Em contrapartida, no segundo dia, o Conjunto “limpou a prova”, ficando classificado num honroso terceiro lugar.

     No próximo concurso, a realizar-se em Badajoz, nos próximos dias 30 de Abril e um, dois e três de Maio, o Conjunto Teresa R de P e Rufia deverão enfrentar obstáculos entre 70 e 90 cm.

     A cavaleira deverá manter a máxima atenção para, quando a sua égua começar a desviar-se, ter tempo para “dar perna” na direção inversa.

     Desejamos desde já as maiores felicidades ao brioso Conjunto.

Teresinha R de P, 6A