Acolhendo o Verão

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Imagem do Sapo On Line  

Ensinar a Avó

     Hoje, vêm-me buscar às 3 para ir à praia com a minha avó. Vou-lhe ensinar um bocadinho a nadar.

Os Trampolins

    Os meus “Pelolies” – os meus cães – não vão para os trampolins. Eu tenho um trampolim no jardim do condomínio e eu salto, mas queria saltar com o meu cão ao mesmo tempo. Tenho uns vizinhos franceses que têm trampolim.

    Eu salto uma vez, duas, depois, à terceira, já estou lá em cima, tento rodar para a frente como quem dá uma cambalhota.

     É muito difícil, mas sigo as orientações do meu treinador que pede para fazermos um certo número de abdominais por semana. Ontem fiz uns 25 abdominais no trampolim. Tenho uma aplicação no Ipad que vai contando os abdominais, diz quantas calorias perdi, mas ganho massa magra.

Street Food

     Perto de casa há o jardim do casino e estes cinco dias estiveram lá umas cinquenta carrinhas a venderem comida, mas totalmente diferentes. Havia comida de todo o mundo. Comi a Conopizza, que é uma pizza em cone. A que eu comi tinha queijo a mais, dei uma trinca e saiu o queijo todo.

Sobre Música

       Hoje vimos um filme sobre um menino sem pais, mas que era muito bom músico, tocava –  piano, viola e violino –  e acabou por reencontrar os pais.

À Vela até Lisboa

      Ainda vou treinar as regatas no Optimist com os meus amigos.

     Para a semana todos os membros da minha equipa vão levar os Optimists até Lisboa, mas depois não podemos treinar e temos lá a regata daqui a 15 dias! É o Regata Duarte Belo – este senhor foi o campeão que representou o Portugal no Campeonato Mundial e ficou em 3º lugar.

A Grande Expectativa

      Este verão, vou divertir-me em ir à Austrália,

     A Expectativa maior em relação a Austrália é ver cangurus. São 14 horas de voo com paragem em Dubai. Durante a viagem vemos filmes, ouço música e vou à casa de banho.

     Vou filmar peixes com a minha Go Pro quando fizer snorkling na Austrália.

Um Brinde ao Verão 2016

    Desejo que tenham um feliz verão e não pensem em problemas. Divirtam-se, estejam com os amigos, não entrem em conflitos.

Tomás G, 6C

O Salvamento do Optimist

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Jaime de Pablos via Compfight 

     A tempestade aproximava-se: windguru já tinha mostrado os ventos a 45 nós e as nuvens espessas a juntar-se todas por cima da Baía. Já se sentia o granizo a chegar às nossas velas, enquanto nós aparelhávamos. Já começavam as rajadas fortes e ondulação a aumentar.

      O Optimist do Luís virou quatro vezes, esgotando-lhe as forças e fazendo-o quase pedir socorro. Eu tentei aproximar-me, contra a corrente fortíssima, para ajudar o meu amigo. Nesse momento, estava a chover imenso e eu gritei-lhe:

      – Luís, agarra-te a este cabo, senão vais contra as rochas! 

     Ainda tive tempo, antes de atirar o cabo, de apitar três vezes para o meu treinador ouvir. Mas o treinador estava muito longe, a ajudar outros navegadores, por isso não se apercebeu logo do perigo que corríamos. Quando vimos que o Treinador e os seus navegadores estavam a milhas de nós, passamos ao plano B, que era “o plano da corda” e que ocorreu da seguinte forma:

     Eu atirei a bossa, aproveitando uma onda encrespada que aproximou os dois barcos. Nessa altura já o granizo nos fustigava a cara e uma chuva sem tréguas limitava a visão a dois metros. 

      – Agarra a bossa, Luís!

      – Estou a tentar, Tomás!

     Via-se ao fundo uma onda enorme que ia rebentar. O Luís, com medo, gritou:

      – Cuidado, vem uma onda pirata!

      – Luís, deixa passar esta onda e a seguir já te passo novamente o cabo.

      Aí, a onda passou, o Luís acalmou-se e lá agarrou a bossa, já a tocar com o patilhão nas rochas.

(Exercício “a duas mãos”)

Tomás G e O E

Estágio de Vela em Vila Moura

 

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Imagem: Oferecida pela Mãe á Oficina

     Estou muito ansioso para o Estágio de Vela do Carnaval em Vila Moura. Nós vamos dormir num hotel muito bom, chamado D. Pedro. O estágio vai durar a semana toda, vai ser muito divertido e com uma grande animação.  Todos os meus amigos vão comigo!

     Por acaso ainda não sei se vamos fazer o exercício matinal, por exemplo, correr ou fazer abdominais, ou outros exercícios. Tomamos o pequeno-almoço cedo e depois do treino físico, ficamos na água de manhã até à noite.

      Neste estágio vão participar várias modalidades: Lazer, 420 e Optimist – nesta somos 12 navegadores. Vamos todos em três carrinhas.

      Vou levar imensa roupa e equipamento: fato estanque à água, verde e preto; botas de enfiar, pretas; luvas; colete; cinco licras; gorro; não costumo usar proteção nos ouvidos, mas a chuva, ao cair, dói imenso nas mãos e na cara.

     Gostava de melhorar algumas técnicas, tais como: largadas à lebre, rondagens á bóia, ir a sotavento, largadas, folgar a espicha na popa, estar sempre com a vela caçada…

     O nosso treinador, o João Vidinha ou o “Vidinha” é ótimo: sabe gerir bem a brincadeira e os treinos. Ajuda-nos imenso a tornarmo-nos melhores.

     Ensina-nos também a ver a meteorologia – o que eu já sei: por exemplo, quando há nuvens sobre a Serra de Sintra e também no horizonte do mar, elas vão juntar-se  por cima de nós, quando nós estivermos a navegar.

     Também em Vila Moura vai ser o mundial de Optimist, em Junho e eu vou assistir!

(Parcialmente ditado)

Tomás G, 6C

Gigante Temporal

Tomas a fazer prancha com bom tempo

Imagem: Oficina de Escrita, Gentileza do Velejador

     Dia dezassete de Outubro, sábado de manhã, acordei com o temporal e cheio de vontade de ir para a Vela.

     Já tinha consultado o Windguru que é uma aplicação para ver o vento: dizia que iam estar 35 nós e davam nortada para sábado.

     Já dentro do Clube Naval, olhei para o mar: eram o que nós chamamos as “ondas piratas”; estava a chover imenso e fazia muito frio, mas as ondas eram de sete metros e uma corrente muito alta.

     A Emoção do dia foi mesmo um petroleiro que tinha ficado preso nas rochas. O petroleiro estava vazio, mas tinham largado o ferro – a âncora – e o petroleiro foi descaindo até ir parar à Marina de Cascais.

     Daí soubemos a notícia que não podíamos ir para o mar, devido à agitação marítima.

raging seaCreative Commons License Len Matthews via Compfight

     No Domingo, o mar já estava mais calmo, mas o grande petroleiro continuava a tapar a vista do mar lindo e precioso; mas, mesmo assim, só se viam pessoas a tirar fotografias ao navio.

     Eu e a minha equipa lá fomos para o mar. Eu ia morrendo com uma prancha (1) que fiz, porque tínhamos ido lá para fora fazer uma bolina gigante, mas  iam começar as manobras para retirar o petroleiro. Às duas horas, tivemos que sair do mar.

Tomás G, 6C

(1) Há duas cintas no chão do barco; quando este está adornado, temos de prender os pés nessas cintas e pôr o corpo todo para fora; não estamos agarrados a nada, podemos cair à água a qualquer segundo. E nesse Domingo…

Uma Paixão pelo Mar

2013 Bay Wind Misc
Creative Commons License Photo Credit: Paul B viCompfight

     Hoje, temos a honra de ter connosco, na Oficina, o jovem velejador Tomás G, já conhecido entre nós como autor de vários artigos, que acedeu a dar-nos esta entrevista sobre a prática do seu desporto preferido.

    Atendendo ao interesse e extensão desta partilha de experiências únicas, vamos publicar a entrevista em dois momentos, a fim de tornar mais confortável e saborosa a sua leitura.

OE – Qual a categoria em que pratica vela? 

Tomás G. – Pratico vela em pré-competição. 

OE – Há quanto tempo pratica esta modalidade de vela? 

Tomás G. – Pratico vela há cinco anos.

OE – Qual a intensidade dos treinos?

Tomás G. – Treino todas as semanas, ao fim de semana, das dez da manhã às cinco da tarde. 

OE – Que equipamento deve utilizar?

 Tomás G.- Boas lycras, cheias de pelo, mais um fato térmico ou um neopren, uns sapatos de vela, para não escorregar, umas luvas impermeáveis, um bom corta-vento, um gorro para não ter frio na cabeça e, o que é mesmo essencial, um colete indicado para um navegador – o meu é vermelho e branco.

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Curso de Vela do Clube Naval de Cascais

OE – Descreva-nos uma sessão típica de treino. 

Tomás G. – Para o pequeno-almoço a Mãe costuma fazer uns bons ovos mexidos para eu ter energia; mesmo assim, às vezes não chega. Começamos o dia a tirar os barcos das prateleiras; de seguida, aparelhamos os barcos; depois, vamo-nos equipar; temos uma reunião com o meu Treinador e só depois vamos para a água. Os primeiros exercícios são as “largadas à lebre”(1); depois rondamos as bóias, almoçamos no barco (2) e fazemos regatas entre nós. No fim, voltamos para terra, desaparelhamos os barcos e vamos para o duche, (3) que é ótimo.

OE – O o que o levou a escolher esta modalidade?

Tomás G – Íamos, às vezes, almoçar a um restaurante na marginal, que dava para o mar, e eu sempre dizia: “- Adorava andar de barco!”

OE – Indique alguns aspetos que mais aprecie neste seu desporto favorito.

Tomás G. – Ver que consigo passar ondas e ventos muito fortes; o prazer de manobrar bem o barco; a sensação de poder navegar sem fim. Quando olho para terra, sinto muita tranquilidade; olho para outro lado, vejo o Clube Naval; ainda para outro, vejo o mar infinito; e, por cima de mim, imensas nuvens ou um céu azul, que, visto do mar, é redondo. Visto de terra, olhando para cima, parece-me plano.

(1) – Um barco faz as vezes de “lebre” e nós temos de rondar a “lebre” e ficar alinhados. É difícil, às vezes uns chocam.

(2) – Às vezes nem sequer almoçamos porque o treino não permite parar. E eu morro de fome!

(3) – Logo de manhã temos de marcar: “Fico com aquele”, pois só há 5 duches e somos cerca de 10; senão roubam-nos o duche e ficamos com água menos quente.

Fim da I Parte