As Estrelas Desaparecem?

   uma menina ue olha para o céu e tem uma enorme estrela à sua frente

   Imagem: Gentileza da Autora

    Sinto que a cada dia que passa as estrelas desaparecem e que não posso fazer nada por isso,mas ao mesmo tempo também acho que sou especial,  a única pessoa no mundo que sabe, ou melhor, que pensa que se passa alguma coisa com as estrelas…

     E eu tão triste por saber que não posso fazer nada por isso…

     Eu também acho que não posso confiar em ninguém, pois toda a gente ia achar completamente absurdo e que eu estava a imaginar demais.

    Os meus pais já me disseram que isso das estrelas desaparecerem “não acontece”, que eram as nuvens ou a claridade das cidades que não as deixavam ver, mas eu, sempre de espírito aberto, pensei sempre que não, que as estrelas desapareciam por causa de alguém ou de alguma coisa.

     As estrelas são irmãs das constelações, as constelações são primas do universo e o universo é nosso pai.

      Será que um dia, quando as estrelas e as constelações desaparecerem, todo o universo desaparecerá e tudo o que existe ficará resumido a uma mancha escura no céu? Será … será…

     Ninguém sabe o que irá acontecer no futuro, mas eu sei que irá ser fantástico com estrelas ou sem elas.

     O Sol é uma estrela muito pequena, por mais que pareça muito grande.

     O meu pai já me disse que as estrelas, quando desaparecem, demoram a parecer ao olho humano, pois a luz dessa estrela que desapareceu continua seguindo o seu caminho até chegar a nós.

Carolina C, 6B

Segredos do Inverno nas Aldeias Flamengas

   O Recenseamento de Belém

     Imagem: Eurocles Bruegel o Velho – “O Recenseamento de Belém”

      No início do século XV, numa aldeia flamenga, em Belém, o inverno reinava: tudo cheio de neve, árvores sem folhas e rios congelados.

     Os aldeões brincavam no gelo deslizando em cestos, outros deslizavam com tábuas nos pés, alguns, mesmo com tanta diversão, tinham que trabalhar ou de caçar. Viam-se muitos pássaros no topo das árvores, matilhas de cães com os caçadores, que os faziam fugir. Na cidade, viam-se os aldeões a tratar das galinhas e porcos, das fazendas, outros aldeões carregavam carroças, barris e malas.

     Viam-se alguns guardas a levar as suas espadas nas mãos. No meio da grande multidão, vê-se José a conduzir um burro que carregava Maria: estariam de passagem para chegar a Belém.

    Os caçadores estavam todos agasalhados; consigo levavam um arco, uma lança, uma pequena faca e, como não podia faltar, uma grande matilha de cães. 

     É assim que se vivia nas aldeias flamengas e, nesta imagem permanece um mistério: será que Deus está sempre no meio de nós?

Rafael N, 6D

Oficina de Escrita 2: Do Outro lado do Quadro

     A Pintura dialoga com a Escrita neste pequeno livro de Mónica Baldaque: 8 pintores portugueses estão representados e, para cada quadro, a contemplação da escritora encontra inspiração para uma curta história. O último quadro, “Menina de Castigo” é oferecido à nossa iniciativa. Aqui ficam excertos do nosso trabalho: 

http://fora-da-estante.blogspot.pt/2011/10/menina-de-castigo.html

     

     Ela podia estar a brincar no jardim, queria ter liberdade, como por exemplo, queria brincar com a lama, e talvez isso fosse proibido naquela altura.

     Ela podia ter estado no jardim a afastar os pássaros, os patos e os animais da quinta, e foi para a sala de castigo.

     Ela podia ter ficado a imaginar-se lá fora a brincar com os amigos e a afastar os animais, mas percebeu que não podia, pois já o tinha feito e estava de castigo. Sentia-se um pouco triste.Pode ter sido a sua dama de honor a mandá-la para ali.

     Como ela estava numa sala que não gostava, e onde havia quadros, podia estar a olhar para os quadros e a imaginar que estava presa dentro dos quadros: podia estar a imaginar ser ela desenhada como num busto e ser ela própria uma rainha.

     Podia ter algo de significativo para ela: o pai podia ter ido para a guerra e ela estava a pensar nos perigos que o pai podia estar a passar. Como no quadro se vê o sol que ilumina o chão ela pode pensar que é o pai a combater, a fazer tudo por ela e a não se magoar. […]

Maria C e Mafalda B

 Origem das Imagens: Edições Asa  e Fora da Estant

Maria C