Imagem: Oficina de Escrita
Verão de 1997:
Sofia Bost: “Uma onda monstruosa estava prestes a cair em cima de mim. Pensei que ia morrer, que a onda me ia cair aos bocados e, naquele segundo, a onda desabou sobre mim. Estatelei-me na areia, dei imensas cambalhotas e ia engolindo água…”
Madalena Garcia:”Estava um dia de sol e eu estava radiante para chegar, para ir dar um mergulho à praia. Ajudei o meu tio a guiar o barco, foi sensacional.”
Madalena Lagido: “… foi uma sensação em que o meu coração parecia que ia saltar pela boca, aquilo dava curvas e mais, e mais… o escorrega parecia não ter fim. Mas num abrir e fechar de olhos eu vi uma luz: olhei para cima e só vi azul…”
Francisco Seruya: “Enchi-me de coragem e mergulhei: foi uma sensação única, até parecia que estava a sonhar. De repente, abri os olhos e vi o mar transparente e um cardume de peixes dourados. ”
Tiago Lima:”Quando chegou a minha vez, quase desmaiei; o nadador salvador prendeu-me a bóia ao corpo e fê-la deslizar pelo escorrega; sentia-me horrível: a pista tinha curvas e mais curvas, até que… vejo uma luz lá em baixo: era a água com reflexos do sol.
Onde estão os nossos alunos de 30 anos?
Uns vivem em Londres, outros em Portugal; fazem cinema, arte, gestão e informática, psicologia…inventam uma aventura única com aqueles que amam.
As suas palavras vibrantes de vida, recolhidas à entrada do 6º ano, na velha aula de Português, ficaram abrigadas no “ouvido atento” da escrita. 19 anos depois ainda vêm inspirar as novas gerações, pois mantêm-se intactas no seu ímpeto de alegria e na sua frescura de nascente.
Onde quer que estejam os seus autores, muitas felicidades!