Memórias de Natal

Imagem: Imagenes de Navidad

     No Natal, costumo reunir-me mais em casa  da avó do lado da minha Mãe, perto do Jardim das Cervejas.

    Geralmente, todos em conjunto fazemos a Árvore de Natal e o Presépio. Temos o presépio completo: com pastores, casas, senhoras a lavar a roupa numas rampinhas inclinadas e que parecem umas escadinhas e com ovelhinhas. Pus uma ovelha bebé em cima de um miniskate e fiz a ovelha mais radical.

     Na Ceia, às vezes comemos massa no forno com queijo, carne picada, molho de almôndegas… não costumamos ter sobremesas tradicionais, às vezes comemos “mini magnuns” e também há gelado de baunilha, outras vezes de chocolate.

     A árvore está enfeitada com bolas que têm um papelinho: se o tirarmos, é um chocolate – então, vou sempre lá tirar.           Temos uma sala de televisão dos crescidos e outra para os mais novos: tem uma mesa com sois sofás para um e dois gigantes nos lados e uma tv. à frente. Aí temos uma mini-árvore, clicamos num botão e ela começa a cantar “Jingle Bell”.

    Há um ritual para abrir os presentes: quando acordamos, não podemos ir lá abaixo até o meu pai dizer:

    – Já pooooodem!

    O Pai põe uma música de Natal e nós vamos como uns doidos a rasgar o papel e a abrir tudo! Há sempre um presente para a família toda, como, por exemplo, a wii – mas eu é que a utilizo mais, as manas estão sempre no Dancing Days.

     As mais inesquecíveis prendas que já recebi foram a Wii, Mario Galaxy II para a Wii. O presente que gostei mais de oferecer foi um saco cheio de brinquedos que já não usava. Não ofereço desenhos, as minhas manas é que fazem isso, mas não é útil e depois queixam-se que eu não ligo.

  Miguel F, 5C

Reflexão sobre o Natal

Imagem: Banco Alimentar contra a Fome

     O Natal nunca é igual, porque não tem as mesmas conversas. Às vezes vamos a casa da minha avó da parte da minha Mãe e outras vezes a casa da avó da parte do meu Pai.

     O Espírito de Natal consiste em dar e receber. Adivinha: Quem é que gosta mais de dar, mas não gosta de receber? 

 Resposta:  

  

    A minha Mãe é voluntária do Banco Alimentar e eu, este ano, no veráo, também participei. As pessoas traziam, em camiões, grandes caixas, com sacos de compras e, lá dentro, comida variada. Estive no Banco Alimentar subterrâneo cerca de duas horas. O meu trabalho era dividir a comida e pôr nas caixas de papelão certas.

     Eu estou a ajudar as pessoas e não estou a pensar no meu umbigo.

Miguel F,  5C

Expectativas de Natal

Narizao, The Cool Brother of the Other Guy - 2017.02.17.F01 jonix_k via Compfight

     As minhas expectativas são ir a Londres  – fui a Londres quando tinha cinco anos: vi um dinossauro robot e pensei que era de verdade! No Natal, vou almoçar com a minha avó do lado da minha Mãe e jantar com a minha avó do lado do meu Pai. Penso colaborar no cabaz da Turma para ajudar uma família pobre que não tem tanto dinheiro como eu. Conheço uma Associação que envia comida às pessoas mais carenciadas: é o Banco Alimentar. 

    As famílias decoram as suas casas para festejar o Natal, para entrarem no espírito natalício.Uma decoração favorita é um pássaro de madeira, a duas dimensões, com um buraco retangular no meio, por onde se enfia uma espécie de cartão encarnado que, ao abrir, forma as asas. Aprecio, em especial, chocolates, como os que estão pendurados na árvore, em forma de bolas.

     Se eu quisesse dar, a alguém especial, uma prenda, daria algo que ela gostasse. Se inventasse uma festa, escolhia a Festa da Caça ao Gambozino, durante a Primavera, para celebrar todas as caçadas do meu Pai!

     O Espírito de Natal, para mim, é saber dar e receber. Desejo a todas as pessoas um Feliz Natal e que não parem de amar o querido Menino Jesus.

Miguel F 5C

Ler e Ver

Imagem: The Chronicles of Narnia

     A Leitura é útil para aprender, para nos entreter. As profissões em que se escreve são as em que se ensina, em que se inventa.

     Nunca houve um livro que me entusiasmasse; pelo que me lembro, nunca apreciei muito a leitura; há um livro que eu gosto: Narnia. O meu pai ainda me lê algumas histórias ao adormecer; estamos todos no quarto das minhas irmãs.

     Mesmo  assim, em vez de ler, vejo histórias por um portal chamado televisão. As que aprecio mais são “Narnia” e “Dentuça e Papuça” – são desenhos animados antigos, que este ano já passaram: têm um cão e uma raposa que, primeiro, brincam imenso quando são bebés e depois, o cão, desde o Inverno até à Primavera, vai aprender a caçar longe do amigo. Quando volta, é um grande caçador; a raposa chega, mas o cão pára de brincar com ela.

     Eu diria a um colega que ler é muito importante, porque aprende-se a estudar; aprende-se a ler, sabe-se o que é que se passa dia a dia , ler é muito importante para o futuro.

     Eu, em HGP, primeiro leio e decoro muito bem o estudo. Depois, a minha mãe faz-me perguntas. Leio, fico a pensar na resposta, por vezes ouço ou vejo e outras vezes é só decorar, digo logo certo.

    Gosto muito de máquinas, na aula, apresentaria um artigo ou um livro sobre máquinas, como funcionam e como é que se inventam.

Miguel F 5C

O Concerto dos Queen

Imagem: Live Concert in Norway 1982

      Neste dia foi tudo muito giro e barulhento no Concerto dos Queen. Foi um “programa de homens”: só eu e o meu Pai – uma noite de verão na Comporta.

     O meu Pai tem lá uma casa, mas não fomos lá passar o dia; ficamos num motel mais perto do Concerto. Chegámos lá um dia antes; comemos pizza de almoço, fomos ao Supermercado comprar coisinhas boas – uns doces “tipo” bolachas. O jantar foi o resto da Pizza, pois não tinha comido tudo.

     Na hora do Concerto, chegou o meu tio  – que tinha organizado o Concerto – e deu-nos bilhetes de graça. Havia uns papelinhos, lá no Concerto, que eram como se fosse dinheiro: um euro verdadeiro por cada bilhetinho. O meu Pai comprou um bloquinho com cem desses bilhetes.

     Quando o concerto começou, tocou logo as músicas que eu mais conhecia: “We are the Champions“, “We will rock you“. A música estava aos berros e eu fiquei com dores de cabeça, mas mesmo assim, gostei de ouvir. Estava uma bela lua cheia, mas os efeitos de luz não eram lá grande coisa. Fomos para trás de tudo, só estávamos ao ar livre, foi tudo muito bonito: olhar as estrelas e a lua naquela escuridão.

     Não era a verdadeira banda, eram espanhóis, mas imitaram bem. O ambiente era leve, mas barulhento, as pessoas que estavam à volta faziam parecer que estavam mais de mil pessoas lá.

     Saímos mais cedo e encontrámos dois senhores à porta, sentados à beira da estrada. O meu Pai deu os nossos bilhetes a eles e voltámos para o Motel, que só tinha cinco quartos.

     Escolhi este momento porque foi um momento em Família, a ouvir uma das minhas bandas preferidas.

Miguel F, 5C

O Novo Mundo

Running From the Sun

Russ Seidel via Compfight     

      Houve uma grande mudança de recreio: já não há escorregas; o campo é maior e é de pedra; em caso de os grandes “chatearem”, só depois de se procurar muito é que encontramos “salvação”. No recreio, temos feito as mesmas brincadeiras: aos agentes secretos, com dardos, facas e temos de matar “os maus” para salvar a nossa família e o nosso chefe.
      No fundo do recreio coberto do Pavilhão há uma passagem, mas não é um local muito secreto: foi descoberto desde sempre.
     Nós, que somos muito curiosos, encontrámos uma passagem em que subi mos dois andares, depois entramos num corredor, vamos até ao fundo, do lado esquerdo, depois descemos um andar, porque há outras escadas, e encontramo-nos na papelaria.
       Na Biblioteca, ao fundo de tudo, há umas portas e um caminho; a minha prima contou-me que, se seguirmos bem esse caminho, encontramos a sala de descanso da Diretora – a minha prima já a encontrou em pijama, a beber chá!
     Os Professores são muito queridos. O Professor de Matemática, nas contas de somar, quando é com três números, junta dois números para ficar um número certo e depois soma com o outro – Esperto!
       De Português não gosto muito, mas este ano estou a gostar.
      Em Ciências estou a aprender imensas coisas: são detalhes de coisas que já sabia, outras são coisas novas, pois graças ao meu pai, a mim e aos professores, sei imensas coisas novas. O meu pai é curioso, sabe um bocadinho de tudo.
       É bom as turmas estarem baralhadas, porque assim temos de começar do pico zero, é como se não conhecêssemos ninguém. Ah, ia-me esquecendo, não estou tão sozinho como penso, pois tenho um grande amigo com quem partilhei a minha idade desde o 2º ano – porque antes éramos mais rivais, lutávamos imenso… – É bom ter alguém aventuroso para partilhar…
       Recordo o Parque da Primária: eu ia secretamente para o outro lado, sem que as vigilantes vissem; quando havia fila, íamos para o corredor onde há a rampa e as escadas, avançávamos até à portaria, íamos à casa de banho dos homens e, outras vezes, íamos por esse túnel só para esperar que a casa de banho ficasse vazia.
       A Professora gritava muito comigo, mas era a brincar; era muito querida. Chamava, algumas vezes, os outros alunos de “Miguel”, porque estava sempre a dizer “Migueeeeeeeeel seu cabeçudo!”
        Na festa de despedida, foi giro as camisolas com a fotografia, da professora
        No passeio de despedida, não sei o nome, mas fomos a um sítio onde havia brincadeiras com água; havia jogos como os matrecos humanos: com água, um sabonete e uma mangueira e muitas vezes as pessoas caíam!
        Também havia uma espécie de jogo em que as pessoas estavam de um lado com um balão de água e tínhamos de fugir sem nos molharmos. Um estava de frente para mim, acertaram-me muitas vezes, mas nenhum rebentou; até que veio um balão aqui e outro aqui e eu saltei e baixei-me.
       Este ano gostaria de alcançar os objetivos: escrever mais rápido, arranjar novos amigos.
       À minha Turma diria para fecharem a boca e pararem de dizer para eu escrever!

Miguel F, 5C

A Porta para o Paraíso

Imagem: Binocular News

     Na varanda do meu quarto, todas as manhãs, acontece o despertar do Sol.

     Ao meu lado esquerdo, avisto – não com muito orgulho, porque antes era um Parque com dois leões e um elefante – um terraço de pedra ensolarado, “cheio de escaldões”; aí funciona a bomba da piscina, dentro de uma casinha humilde, onde costumo trepar.

     Em frente, estende-se o telhado da marquise, onde subo e fico a olhar para as montanhas com binóculos. Aí, logo por baixo de mim, surge o canil, onde mora a cadela de  quem já se ouvivu falar noutros textos:a Nina.! Mais corajosa do que dizem os textos, ainda é  bebé, mas é gigante e cheia de força ! Também o “mijão” do meu cão, o Blue e a “armadona” da  minha cadela Lili.

     À direita, continua o telhado, com a minha entrada de emergência – se a janela da casa de banho estiver aberta.

     Mais adiante, surge um bosque – parece mais uma savana visto daqui. Costumo fazer Cross dentro dessa floresta.

     Ao longe, ergue-se a Serra de Sintra – quando estou com os binóculos, no sopé, avisto casas, às vezes envolvidas  na “cabeleira da” da Serra. – Oh, desculpem, esqueci-me de explicar o que é a cabeleira da Serra: uma espécie de nevoeiro, só que branquinho que nem algodão doce; mas não se deixem enganar pelas aparências.

     Bem, lendo esta descrição descobrem que eu adoro a minha vista!

P.S.  – Às vezes, quando me lembro das minhas nerfs, começo a disparar contra os cantos.

Miguel F, 5C 

A Minha Mãe

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Imagem: Joan via Compfight

 

    A minha Mãe é magra, com a tentação de emagrecer… é querida.

    O rosto é oval, o cabelo de um castanho escuro, liso e comprido. Os olhos são castanhos, com uma expressão muito séria, o nariz é fino e direito, a boca, de lábios de um vermelho fraco, um pouco branqueado. A pele é de um tom clarinho, um pouco encarnado.

     Não é muito flexível, mas harmoniza connosco, só que tem um limite.É forte, mas não se vê pelos músculos. Não tem nenhuma roupa favorita, pois tudo ela adora. Não é pirosa, tem bom gosto.

     Aprecio ela preocupar-se com os meus tpc, o seu talento de fazer contas, apesar de não saber matéria de Matemática. Há um jogo que ela gosta muito: joga-se na Wee,  só que só nas férias é que está disponível. Adora procurar músicas na Net para a sua ginástica.

     O meu pai salvou a mãe da Alessandra numa cascata: estávamos no Brasil, a ver uns peixes a passarem, com a Mãe da Alessandra, e ela caiu. O meu pai atirou-se e salvou-a.

Miguel F 5C

A Viagem a Londres

St. James's ParkCreative Commons License Ștefan Jurcă via Compfight

     Cheguei a Londres, fui logo pôr as malas no hotel; a primeira refeição foi no Mac Donalds;  havia uma loja de 5 andares, só sobre M&M‘s.

      Fomos ver a troca da guarda do Palácio: um senhor estava com as mãos atrás das costas e quando  parava, fazia uma espécie de sapateado ! E pena que  não chegamos a ver a apresentação  dos guardas  com póneis, mas  vimos  a troca da guarda no palácio de Buckingham.

      Fomos ver a  roda gigante: andava tão devagar que as pessoas entravam e saíam em movimento.

      No museu da Ciência vi um dinossauro mecânico que quase parecia real.

     Vi o Big Ben, lá perto estive num parque: um senhor tinha muitas nozes e deu-nos para chamarmos esquilos. Veio um esquilo de pêlo castanho e olhinhos pretos, comeu à minha mão e fugiu a correr. Havia um pato pateta que era fácil de enganar: pegava-se numa pedra,  mostrava-se e ele vinha ter connosco a pensar que era comida. A primeira vez assustei-me pois parecia mesmo que ele ia dar uma bicada!

     No hotel havia duas tv’s: alugámos o filme Lorax, um menino que gostava muito de uma menina e ele um dia mostrou-lhe uma coisa e disse:

     – Este desenho que eu pintei na parede é de uma árvore real! –  porque já não havia mais árvores.

     Ela disse se alguém lhe trouxesse uma árvore ela casaria logo com ele. O menino aproveitou e foi falar com a avó que sabia onde estavam as árvores.

     E encontrou um senhor nesse sítio que a avó indicou; ele contou uma história sobre um menino que cortava árvores. Apareceu aí o Lorax e disse que se ele não parasse, seira expulso dali, mas ele continuou até que o mundo ficou sem árvores. Depois de contar essa história deu-lhe a última semente de árvore que havia no mundo, antes das árvores acabarem. O menino plantou a semente e quando essa árvore cresceu, deu muitas sementes, que ele deu a toda a cidade.

     E no fim, esse senhor que contou a história a ele, sai de casa, – porque ele estava em casa, fechado – olha-se para a cara dele e vê-se quem é esse senhor que contou a história:  era o próprio senhor da história.

     O rapaz deu  sementes a esse senhor e ele sai de casa para regar as árvores pequenas. O Lorax é o Guardião da floresta.

      Fui a uma espécie de  Shopping …

Miguel F 5C