Imagem: Binocular News
Na varanda do meu quarto, todas as manhãs, acontece o despertar do Sol.
Ao meu lado esquerdo, avisto – não com muito orgulho, porque antes era um Parque com dois leões e um elefante – um terraço de pedra ensolarado, “cheio de escaldões”; aí funciona a bomba da piscina, dentro de uma casinha humilde, onde costumo trepar.
Em frente, estende-se o telhado da marquise, onde subo e fico a olhar para as montanhas com binóculos. Aí, logo por baixo de mim, surge o canil, onde mora a cadela de quem já se ouvivu falar noutros textos:a Nina.! Mais corajosa do que dizem os textos, ainda é bebé, mas é gigante e cheia de força ! Também o “mijão” do meu cão, o Blue e a “armadona” da minha cadela Lili.
À direita, continua o telhado, com a minha entrada de emergência – se a janela da casa de banho estiver aberta.
Mais adiante, surge um bosque – parece mais uma savana visto daqui. Costumo fazer Cross dentro dessa floresta.
Ao longe, ergue-se a Serra de Sintra – quando estou com os binóculos, no sopé, avisto casas, às vezes envolvidas na “cabeleira da” da Serra. – Oh, desculpem, esqueci-me de explicar o que é a cabeleira da Serra: uma espécie de nevoeiro, só que branquinho que nem algodão doce; mas não se deixem enganar pelas aparências.
Bem, lendo esta descrição descobrem que eu adoro a minha vista!
P.S. – Às vezes, quando me lembro das minhas nerfs, começo a disparar contra os cantos.
Miguel F, 5C