– Ó Avô!... A tua namorada não era a avó?
– Mais ou menos, Joãozinho, já vais perceber. Onde é que eu estava? Pois sim, então como eu disse, a Branca de Neve era a minha namorada, mas acabamos logo o namoro, pois descobri que, no final da história ela casava com um príncipe; então, arranjei outra namorada!
Foi muito difícil arranjar outra namorada! Então, os anos acabaram por passar, eu fui para a Universidade e tirei o curso de Literatura. Depois, enquanto não arranjava emprego como professor, que era o que eu queria, fiquei a trabalhar numa biblioteca.
Certo dia, uma escritora foi ler o seu novo livro aos meninos pequeninos, eles apaixonaram-se pela história e eu pela escritora!!!
– Ai! Já não percebo nada! E afinal onde estava a avó?
O mano do Joãozinho interrompeu:
– És tão estúpido, João! A Avó é a escritora! Como é que tu és meu irmão?
– Meninos! Não discutam! E, Pedro, não voltas a chamar estúpido ao teu irmão! Vá, deixem-me acabar de contar a história.
Convidei logo a escritora; sim, a vossa avó. Ela aceitou logo: fomos jantar a uma pizzaria; eu mostrei-lhe uma história que tinha começado a escrever. Ela disse que estava linda e eu corei logo! Ela riu-se, riu-se tanto, que eu até parecia um tomate!
Ficamos bons amigos! Ela começou a ler uma história todos os sábados, na biblioteca em que eu trabalhava. Assim, víamo-nos muito mais vezes. Quando ela fez vinte e três anos, dei-lhe um gatinho. Ela ficou supercontente e deu-lhe o nome de Lola. A partir daquele dia ficamos namorados e fazíamos tudo juntos! Passados dois anos, casamos e tivemos dois filhos lindos e, logo a seguir, uma filha!
Posso dizer que isto foi o melhor da minha vida!
– Conhecer a avó?
– Não, Joãozinho. Ter entrado naquela biblioteca!
Matilda M, 6A