Os Milagres de Sofia

   "I" litter [English Setter]

dgarkauskas via Compfight

     Quando chegaram as 19 horas, Sofia foi de bicicleta para  o pavilhão de ginástica rítmica da aldeia.

     Chegou, foi vestir o fato de treino para o balneário, onde encontrou a Emiliy e a Sophie; ela não ligou, vestiu-se e, quando estava a sair, a Emily chamou-a:

     – Sofia, podes vir cá, por favor?

     Sofia interrompeu-a:

     – Não tenho nada para falar contigo!

     Emily respondeu:

     – Tu não tens, mas eu tenho!

      Como Sofia não tinha nada para responder, foi ter com elas:

     – Então, afinal, o que é que vocês querem falar comigo? Emily afirmou:

     – Nós queríamos pedir desculpa pela atitude que tivemos. Não era suposto ouvires, mas ouviste. Nós pedimos imensa desculpa.

     Ela foi-se embora sem responder. Deu meia-volta, saiu do balneário para ir treinar, foi para o pavilhão e começou a aquecer. A Emily e a Sophie foram ter com ela pedir desculpa outra vez e Sofia respondeu: 

     – Ai, que chatas, parem com essas lamechices, já parecem a minha irmã Matilde quando está com sono, sempre a carregar na mesma “tecla”. Deixem-me em paz e sossego. Eu sei que não foi de propósito, mas o mal desta história é que vocês não me conhecem!

     Sofia lá foi para casa e, a caminho de casa, ouviu um barulho que vinha dos arbustos no jardim da D. Olívia, uma vizinha. Foi lá ver e era uma ninhada de sete cães acabados de nascer! Sofia pegou neles um por um para os pôr no cesto da bicicleta.

     Levou-os para casa, falou com os pais sobre o assunto e os pais disseram que os cachorros podiam ficar lá em casa até aos cinco meses. Enquanto os cachorros estiveram em casa, foi a mãe de Sofia que tomou conta deles.

Mafalda C, 8A

A Festa da Matilde

   Birthday CakeCreative Commons License www.bluewaikiki.com via Compfight

     Passado um mês, Sofia tinha conseguido ter 250 euros;  um quarto do dinheiro, deu-o para uma Instituição chamada IBAC – Instituto Bondoso para Ajudar Crianças. E com o resto do dinheiro  comprou um bolo de anos para a festa da sua irmã que, no dia seguinte, fazia seis anos! Então, Sofia sabia que a sua irmã Matilde adorava ver a Violeta – programa de televisão. A pastelaria onde ia encomendar o bolo era a pastelaria mais cara e a melhor. Ela ficou curiosa para provar os croissants mais falados na aldeia.

    E, quando entrou, a pasteleira empregou-a: fizeram-lhe uma festa e deram-lhe um emprego para trabalhar ali, pois tinha sido a milésima pessoa a entrar ali. Sofia ficou muito contente, pois precisava de um trabalho. Assim, podia juntar muito dinheiro! Ainda lhe deram oito croissants e o bolo foi de graça! Foi a correr para  casa contar à família que já tinha um emprego…

     No dia seguinte, Sofia acordou às quatro da manhã para preparar a festa da Matilde: fez sete bolos, cada um com os seus sabores favoritos, pendurou os balões, regou as plantas, colheu os legumes e as frutas e, às 7h, foi buscar o bolo com quatro andares.

     Às oito horas começou a fazer a comida: os croquetes, as mousses, as fondues… A sua irmã tinha convidado quarenta pessoas, portanto, ela tinha muito trabalho pela frente. Às nove horas acabou de fazer tudo, escondeu os petiscos na sua despensa secreta, que só ela sabia onde era. Era subterrânea: ninguém sabia onde era nem que existia.

Mafalda C, 7

Sofia aos 15 Anos

     Van Dusen Gardens
Creative Commons License Photo Credit: Tjflex2 via Compfight

      Sofia tinha agora 15 anos. De estatura elegante e magra, usava o cabelo liso, loiro, comprido até ao cotovelo; a sua face era oval e tinha um sorriso muito bonito e, quando sorria, fazia covinhas nas suas faces.

     O seu nariz era fino e direito; os lábios, rosados, os dentes branquinhos e usava aparelho de elásticos azuis como o céu daquele dia. O seu tom de pele era moreno, os seus olhos azuis como o mar.

     Sofia gostava de viajar e de brincar com os seus irmãos mais novos. Sofia era uma menina muito solidária, pois as poupanças que fazia eram para dar a Instituições.

     Sofia não era um menina muito rica, mas que era trabalhadora, era! De tal modo, que ás vezes, tanto trabalhava, que acabava por fazer asneira! Ela era mais ou menos a babysitter dos seus irmãos, pois com isto ganhava 10 euros por mês.

(Continua)

Mafalda C, 7A

O Aniversário de Sofia – III

reminder Photo Credit: Christian Collins via Compfight

    No dia seguinte, acordou e viu que a sua gaiola estava aberta, porque Benny tinha fugido. Ficou muito triste, mas o seu colelho recém-nascido estava lá. Tomou banho, vestiu-se, tomou o pequeno-almoço, pegou em Charlie e foi à procura de Benny.

     Deu a vota à aldeia toda à procura de Benny. Estava muito triste quando a viu entrar no talho do senhor Manel. Foi a correr buscá-la , mas assustou-a tanto que ela foi para debaixo de um móvel. Sofia fingiu que ia sair e escondeu-se atrás da porta. Benny espreitou,  viu os pés de Sofia e começou a fugir para casa da D. Emília. Sofia ficou com medo, porque sabia que D. Emília detestava animais e também odiava crianças.

     Sofia regressou a casa rapidamente, foi buscar cenouras e fez um grande caminho até sua casa, que acabava na gaiola. Fechou logo a porta assim que Benny chegou e pôs uma mola para ter a certeza que ela não fugia mais.

Á noite ouviu um barulho e acordou: viu que sua melhor amiga estava a tirar a mola para Benny fugir. Sofia nem queria acreditar: pôs-se atrás de Rita com cara de má. Rita ficou corada. Sofia perguntou:

      – Porque é que a tentaste soltar?

      Rita respondeu:

      – Porque tu gostas mais dela do que de mim.

     – Claro que não, prefiro-te 1000 vezes!

     Rita pediu desculpa e prometeu nunca mais fazer aquilo.

     No dia seguinte, Rita ia para os EUA e Sofia não sabia, mas Rita disse a seu pai que queria ficar com sua mãe. O pai perguntou porquê e Rita disse:

      – Porque não quero perder a minha melhor amiga!

     E o pai respondeu:

    – Está bem, mas com uma condição: vais três semans não duas semans, Sim?

    E Rita concordou:

    –  Feito!

    Rita foi para casa de Sofia, explicar o porquê de não lhe contar da viagem a Nova Iorque. Sofia pedoou-lhe, mas disse que se ela fosse não levava a mal, porque sabia que era para passar mais tempo com o pai.

     Sofia, à hora de deitar, ouvia sempra a sua mãe a contar-lhe uma história, mas nessa mesma noite, a mãe ficara doente, com vómitos, dores de cabeça… Não ouviu a história e teve um pesadelo: havia um monstro a destruir a aldeia. Como Sofia se preocupava com todos, acordou logo. Ficou aliviada por ser um pesadelo e foi beber um copo de leite.

    No dia seguinte, comçava a semana de a Rita partir para nova Iorque.

Mafalda C (2012)

O Aniversário de Sofia – II

Carrot leeps
Creative Commons License Photo Credit: Claire via Compfight

     Sofia acordou e a primeira coisa que fez foi dar comida a Benny; depois abriu a prenda, ou melhor, as prendas. Abriu-as e era a mobília que tinha pedido. Depois do almoço, toda a gente começou a chegar.

    A Mariana, que era uma amiga dela, disse: – Posso ver o teu bolo? – Claro que sim!  O bolo era de pão de ló e com a Cinderela a enfeitar. Sofia ficou triste a pensar que a sua melhor amiga, a Rita, não vinha. Mas tocaram à campaínha. Sofia pensou que eram as encomendas: abriu e viu a sua melhor amiga! Deram um grande abraço! A sua melhor amiga desculpou-se por não ter conseguido vir mais cedo e explicou-lhe o porquê.

    – Não faz mal, o que importa é que vieste!  

    E lá foram brincar no jardim. Chegou a hora de ir embora, mas antes cantaram os Parabéns. Sofia pediu á Mãe para a sua melhor amiga ficar lá a dormir. A Mãe concordou, mas ainda tinham que pedir à Mãe da Rita, que respondeu:

     – Pode ser, mas só porque a Sofia faz anos!

     Ficaram muito contentes e até fizeram uma festa de pijama. A Rita não sabia que a Sofia tinha uma coelha e a Sofia não sabia que Benny estava grávida; só reparou quando Benny deu à luz três filhos: duas raparigas e um rapaz. Deixou então a Rita ficar com as duas raparigas. Às onze da noite recebeu uma gaiola: Sofia adorou!

(Fim da II Parte)

Mafalda C, 2012

Sofia – I

     Rose Arch looking out

 Photo Credit: Amanda Slater via Compfight

     Era uma vez uma menina chamada Sofia, que vivia numa aldeia onde havia pessoas muito humildes tal como ela. Sofia tinha 7 anos e era considerada a criança mais humilde da aldeia.

     A sua casa era muito linda: cheia de flores e trepadeiras à volta da porta; o seu jardim tinha cogumelos, uma pequena casa para ela brincar e uma horta com alfaces, cenouras, tomates, batatas, cebolas e pepino. A sua casa era de madeira e por dentro tinha lindos cortinados a cobrir a janelas.

     Sofia vivia com os seus pais: Clara e Pedro e com os seus  6 irmãos: Catarina, Maria, Matilde, Martim, Miguel e Diogo.

     O seu quarto era cor-se-rosa com uma cama simples, feita de carvalho, com lençóis lindos, como o sol que batia nos vidros do seu quarto.

     Num dia de Sol, Sofia estava a brincar no jardim e, de repente, ouviu um barulhinho. Quando ollhou para trás, viu que era um coelhinho que estava na sua horta a comer cenouras.

     Sofia ficou muito contente e gritou:

     – Mãe, Mãe! Está ali um coelho. Posso ficar com ele? Vá lá…!

    A Mãe respondeu:

   – Sofia, eu deixava, mas assustaste-o, ele fugiu.

   – Oh!

   De repente, Sofia teve uma grande ideia: fazer um caminho com cenouras, e lá montou tudo.

   – Viva! Consegui!

   A coelha voltou e ficou com ela. Chamou-lhe Benny; era castanha e branca.

    – Amanhã, como faço anos, já tenho o meu presente!

     Ela tinha pedido mobília para a sua casa de brincar e a mãe disse-lhe que só podia fazer festa para as amigas. Ficou muito contente e, ao mesmo tempo, triste, porque não ia fazer festa para a família; então, disse à Mãe:

    – Porque é que não fazemos tudo junto?  

    – Bela ideia!  – disse a Mãe.

    E lá passou a noite toda acordada. Quando lhe puseram uma prenda no colo, teve que fingir que estava a dormir.

(Continua)

Mafalda C (2012)