O Inquérito Apreciativo constitui uma abordagem de questionamento, aplicável numa grande diversidade de contextos, que não modela a inteligência para a resolução de problemas, mas antes a orienta para considerar o que funciona bem, o que decorre positivamente, o que se torna gratificante.
Pode ajudar-nos a discernir, num processo de aprendizagem, numa vivência pessoal ou de grupo, ou numa experiência mais objetiva, quais são os pontos fortes, como desenvolvê-los na situação presente, como transpô-los para situações futuras.
Cada estudante é portador de um universo de vivências pessoais e de conhecimento experimental do mundo que permanece submerso enquanto não for solicitado. O teor das questões que os ajudamos a formular para decifrar esse mundo imanente é determinante para o processo em que novos sentidos podem emergir.
A intuição prolixa, confusa, matéria-prima de vida em estado puro, ainda não articulada, pode encontrar a sua estrutura interna, mediante o lançamento de perguntas adequadas, outras tantas sondas lançadas no abismo do vivido, para o transpor a salvo, à superfície, na expressão cristalina de uma escrita pessoal.
E assim como, na ciência contemporânea, se reconhece que o instrumento de observação modifica o objeto observado, assim o facto de utilizarmos perguntas poderosas, que visam o lastro positivo do vivido e nos focam nos aspetos motivadores das nossas experiências vai ajudar-nos a gerar uma atitude confiante face ao futuro, a conceber a realidade de forma generosa, onde o gume dos desafios se torna estimulante e inspira gratidão.
(Imagem da Oficina de Escrita) O.E.