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Chegámos finalmente ao mês do silêncio; à solenidade protetora de Setembro; o Ano letivo a nascer germinou nos jardins bem regados do verão.
– Estou à porta e bato.
O Senhor bate à porta de ar do nosso nada para trazer-Se, na consistência de um ano letivo por haver:189 dias de tempo puro e liso, chão seguro para os nossos pés apenas apoiados na beira do precipício das férias que terminam; um bónus de tempo para saciar o coração, para que possamos vir a morrer “saciados de dias”.
O Senhor traz um ano bem medido, de tempo criado, da melhor qualidade, vem direito dos celeiros do céu. O Senhor traz o caminho para pormos os nossos passos. Com a consistência do silêncio, espelho desse outro Silêncio que, torrencial, jorra do Coração divino.
Vem até nós como um viveiro de festas, uma incubadora de esperança, um brinde erguido à fé, vem no júbilo dos 150 anos das nossas irmãs, vem no inesgotável abrir-se – e abrir-nos o acesso – ao Tempo da fundação, pelos mistérios litúrgicos que desdobram o calendário-arco-íris como uma Aliança de Paz.
Vem, novo ano letivo, cinge as nossas cabeças inclinadas como uma coroa de ouro fino; tuas nove estrelas cintilantes são outras tantas bençãos, cada uma encerrando preciosa lição. Vem lição do ano letivo, com tua torrente de meninos, teus parentes consanguíneos de Paraíso.
O Senhor traz um novo ano letivo na sua infinita Misericórdia e teceu-o de possibilidades divinas, adaptando-as primeiro à sua criatura. O Senhor preparou o ano letivo durante as nossas férias de verão. Fez repousar a Esposa sobre o Seu peito, induziu o sono de Adão, para poder operar a surpresa e o prodígio.
– Eis que estou à porta e bato.
O orvalho da manhã são pérolas nos seus cabelos. Traz nas mãos o novo ano enrolado em forma de mundo e o nosso foi concebido e gerado no crisol do Carisma Amor de Deus.
É uma prenda personalizada.Não existe “o ano letivo em geral”, só existe o Poema com dedicatória, a jóia única, o hino singular.
Também este ano foi temperado assim, na forja da primeira Aurora, estabelecido na verdade e na justiça, amassado com o fermento do Carisma, sonhado de “encomenda” para a família Amor de Deus.
– Eis que estou à porta e bato.
Amanhã, a partir do dia inaugural, que a sagração do Ano nos eleve à altura da Vossa expectativa, não sobre os nossos feitos eventuais, mas sobre a nossa abertura para acolher as Graças que sonhastes para nós. E que a ceia de recreação, a ceia íntima, amorosa, e por Vós tão desejada, seja a nossa própria vivência do Ano Jubilar em indefectível comunhão convosco
– E a quem Me abrir, Eu entrarei e cearei com ele à mesa e ele coMigo.