Animal de Sonho

 

Little Low-Light Monsters (D800 @ ISO 25,600)
Creative Commons License Photo Credit: Sean Molin via Compfight

        O meu animal de sonho é o meu gato, aliás, a minha gata; ela chama-se Lili.

      É felina, porque parece um tigre. É cor de laranja, com riscas mais clarinhas e o pêlo é muito fofinho e não é muito comprido. O focinho é cor de rosa com manchinhas pretas, os olhos são verdes, meios acastanhados, as orelhas têm um pelinho por cima como se fosse uma crista por cima  das orelhas. O seu corpo é muito engraçado, porque  quando ela corre, o pelo atrás das patas abana; ela é um bocadinho gorda, mas fica-lhe muito bem.

     Ela gosta muito de passear na rua, mia sempre quando quer sair para a rua, tem o hábito de sair pela janela da sala. Quando sai, passado um tempo, vota, mia e, quando abrimos a janela, ela fica à espera que saíamos da frente da janela para saltar e entrar.

     Eu gosto muito da Lili, porque quando a minha mãe me diz por exemplo: “Vai-te calçar” e eu não vou, a Lili fica parada à minha frente, à espera  que eu me vá calçar e, se eu não for, ela morde-me.

     Lembro-me muito bem do dia em que a encontrei, parece que foi ontem: Estava em casa dos avós dos meus primos, “para aí” com cinco anos. Estava a brincar numa espécie de gruta, com a minha irmã e com os meus primos, nessa altura, o meu irmão não existia. Estávamos nessa gruta a brincar “às mães e aos pais” e o meu primo tinha ido passear pelo jardim, porque é muito grande.

     Começou a chamar a minha irmã e ela foi ter com ele: ele tinha encontrado uma gata! Fomos chamar os meus pais e os meus tios, e perguntamos aos meus pais se podíamos ficar com ela. A minha mãe disse que, no dia seguinte, íamos para Caminha, que é no Norte; por isso, tínhamos de esperar: se ela ainda estivesse no jardim quando voltássemos, ficávamos com ela.

    Assim foi. Quando voltamos, o meu pai pô-la dentro de uma caixa de cartão.

Maria Ana, 6A