A Minha Vida no Jiu-Jitsu

I have you in my grasp
Creative Commons License Photo Credit: Nathan Rupert via Compfight

O.E.  Hoje temos connosco, na Oficina, o Vasco E.,  que veio partilhar um pouco do seu percurso pessoal na prática do Jiu-jitsu.

V. E. Primeiro que tudo, senti-me atraído por este desporto: o Miguel convidou-me para lutar Jiu-jitsu.

     No primeiro dia em que cheguei, quase tudo era brincadeira. Mas, no dia seguinte, já nos diziam para lutar e ensinavam-nos técnicas. A primeira que aprendi foi a “Americana. Uma adolescente que me acompanhava as  aulas, ensinou-me a agarrar um braço do adversário com o nosso braço e fazer uma torção.

    Há vários exercícios diferentes para cada um dos alunos, pois estão divididos por peso e prática do desporto. Agora está a ser difícil, porque veio um miúdo da Rússia que fazia “Sumo”, é muito gordo: quando ele vai para cima de mim, para eu lhe ensinar técnicas, não aguento com o peso!

     Os exercícios que eu gosto mais e que domino melhor são o do “mata”, quando nos atiram bolas; outro em que um adversário está deitado, o outro adversário tenta pô-lo “na guarda”: prendê-lo com as pernas; outro, “a queda”, em que se tem de derrubar o adversário e fazê-lo bater com as costas no chão.

      Comecei a ganhar medalhas, uma do segundo lugar, do Campeonato Nacional, outra de terceiro lugar, num torneio com uma equipa amiga. Tive de lutar com uma adolescente muito alta, que vinha cheia de pulseiras – o que é proibido – e que me agarrou pelo Kimono e bateu-me com as costas no chão – o que ainda é mais proibido. Ganhei a um rapaz da minha idade aplicando a “Americana” – que é uma das técnicas que eu mais gosto.

     Foi difícil chegar aos Nacionais – tive de mostrar aos professores que merecia ir aos campeonatos nacionais. Tive de lutar com um rapaz que me bateu na parte de trás do pescoço e aproveitou para fazer o “triângulo”. Auguentei-me, levantei-me com as pernas dele agarradas ao meu pescoço. Tirei-o da posição do triângulo, ele aproveitou para agarrar o braço que eu tinha esticado para fazer o “Arm lock” – ou fechadura de braço.

     Os meus projetos para um futuro próximo são chegar a ganhar os Campeonatos Nacionais e ir para o Mundial – dentro da minha categoria, – – os Júniores – e, claro, com o inseparável companheiro Miguel.

     Este desporto tem melhorado a minha agilidade e a minha força. Até emagreci, pois estava gordo e desenvolvi os músculos. Continuo a treinar 3 vezes por semana, duas aulas de uma hora e outra, com mais velhos, de três horas ou mais.  

     O. E.  – Em nome dos nossos leitores, agradecemos vivamente a sua intervenção nesta sessão da Oficina. Desejamos-lhe as maiores felicidades na realização dos seus projetos em relação a este Desporto tão entusiasmante.

 

Vasco E 6C

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