Onasill ~ Bill Badzo via Compfight
Dedicado a Carolina F
A Carolina soltava papagaios na praia do Guincho sempre que estava vento; nas tardes de calmaria, o seu papagaio colorido oscilava como um caracol hesitante e ela perdia o entusiasmo por este desporto.
Vivia numa casa singular: ficava no meio de um lago, rodeada de água de um azul profundo, por todos os lados. Só podia sair de barco, quando o Pai a levava, na sua lancha rápida que deixava um sulco branco na superfície espelhada das águas.
Por isso Carolina ficava muitas vezes a vigiar os ventos na sua janela que tinha grades onduladas de ferro forjado e um canteiro de flores azuis. Ela sonhava poder um dia sair sem a ajuda do Pai, voando, suspensa, no seu próprio papagaio de papel.
(texto construído a partir das palavras atribuídas aos desenhos improvisados com as letras do nome
C – A – R – O – L – I – N – A; segundo o livro “Quero Ser Escritor” de Margarida da Fonseca Santos.
Exercícios Criativos