Segunda feira, já toda a gente sabe, Há sempre o problema De que o fim de semana acabou E a escola voltou E do fim de semana, Ainda nos esquecemos de resolver esse dilema
Terça –feira é sempre o dia em que a gente não sabia Se ainda era segunda ou já começara outro dia A gente vai ver ao telemóvel que dia é Mas sem querer pus o telemóvel em chinês E tenho de ir perguntar ao Tó Zé.
Quarta-feira lembro-me de ir à consulta, Daquele médico que me receitou um comprimido Mas não tinha sido bem escolhido E fui daquela de volta ao hospital
Quinta-feira é aquele dia em que a professora decidiu não vir à escola. Ficou aquela professora que se eu me mexia, Punha-me logo de castigo a comer cola.
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Sexta-feira é sempre a confusão, Dos alunos inquietos A pensaram que era sábado E a mandar os bonés aos tetos
Sábado já não quero acordar E aliviado fico a cantar Até a minha mãe gritar E me mandar calar
Domingo acordo, está a dar a Eucaristia Olho para o relógio e inda não é de dia Devo ter acordado de um sonho terrível Que me mandaram ver até ao fim
Um documentário sobre um Alentejano, Que se chamava Joaquim. E à noite, logo ficou a ver, O programa dos cantores E quando olho para o lado, Acabo por perceber Que a minha Mãe e o Victor já estavam a adormecer. Duarte P 7C |