Esta tarde, na Oficina, o Miguel M e o Francisco M N do 6ºA partilharam uma reflexão sobre o seu itinerário de estudo desde o início do ano.
1 – Horário de estudo em casa
Francisco – Quanto ao Horário, sei o que faço: na 2ª, 3ª 5ª e 6ª tenho karaté e basquet, por isso não consigo estudar. Às Quartas, estudo com a minha Mãe e, ao fim de semana, às vezes. Tenho torneios de Basquete e quase não consigo estudar. Por exemplo, amahã vou ter toda a manhã torneio e só vou ter dois dias para estudar para os próximos testes.
Miguel – Sei que estudo 2ª 4ª e 6ª e alguns Domingos. Pratico Karaté à 3ª e 5ª. Ao Sábado vou aos Escuteiros e não posso estudar; alguns fins de semana vamos acampar. Este fim de semana vou para fora.
2 – Qual o grau de dificuldade do TPC que tem prioridade
Francisco – Começo por fazer os TPC mais difíceis. Se tiver tempo no próprio dia faço logo, se não faço no dia anterior.
Miguel – Quanto mais tempo demorem é que decido: faço os que demoram mais no fim. Para ter tempo de ainda fazer alguns e não ter faltas a todos.
3 – Intervalos durante o Estudo
Miguel – De matéria em matéria, ou quando acabo um TPC, faço pausa.
Francisco – Como estudo com a Mãe também vamos conversando. Se há uma pergunta que não percebo vou estudar ao manual.
4 – Preparação de Testes
Miguel – Estudo na semana da véspera, estudo por capítulos ou partes.
Francisco – A Mãe vai ao “inovar”, tira o horário dos testes e cola na minha secretária.
5 – Estratégias de Estudo
Miguel – Costumo estudar aos poucos, a minha mãe arranja-me fichas e faço exercícios dos livros.
Francisco – Neste momento estou a usar uma técnica de estudo que a minha Mãe usava: lemos tudo seguido, mas parando em parágrafos ou assuntos: lemos várias vezes e repetimos várias vezes. Gosto de repetir em voz alta. A Mãe faz uns apontamentos e eu levo-os no carro e vou dando uma olhadela até mesmo antes do teste.
Miguel – Lendo os resumos do final dos capítulos e depois a minha Mãe faz-me perguntas. Se não souber, vou ler de novo. E a Mãe repete as perguntas de novo.
6 – Ao rever mentalmente uma regra, uma fórmula matemática ou uma informação para ser classificada, forma-se uma imagem interior visual ou auditiva? Como é o “fantasminha mental”. Ex: Experimentemos somar 49 com 11.
Francisco – No 5º ano conseguia fechar os olhos e ver as palavras ou então ouvia a voz do prof a falar. Este ano uso mais a técnica da Mãe que é repetir em voz alta.
Miguel – Ouço a voz do meu pensamento; fecho os olhos, vejo luzes de várias cores ou efeitos enquanto o pensamento dita a matéria.
7 – Revisão Final para o Teste:
Francisco – Os Apontamentos da Mãe.
Miguel – Na véspera, com a Mãe a fazer pergungtas.
8 – O que favorece a concentração:
Miguel – Silêncio ou com alguém que não brinque, como o Pai ou a Mãe. Em total silêncio.
Francisco – Completo silêncio, no quarto, com a porta fechada; às vezes, quando estou a ler a matéria, meto uns “fones” e leio tudo, depois fico a pensar enquanto a música dá. Música calma, tranquila.
Sugestão de uma pergunta que seja útil aos colegas na iniciação à Metacognição
Francisco – Pensem num quadro e num giz a escreveros números vendo o movimento dos números a aparecer à medida que o pensamento os dita.
Miguel – Pensem numa pergunta matemática: depois fechem os olhos e digam como é que fizeram a conta na vossa cabeça.
A Oficina de Escrita agradece este precioso contributo para a nossa iniciação em questões de Metacognição.
Miguel M e Francisco M N , 6A
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