Cruzeiro do Sul sobre Milevane


The Crux 2inefekt69 via Compfight

    Tema dado por Mafalda A e Mafalda F, dedicado á nossa Prof Catarina Santos

      As estrelas do “Cruzeiro do Sul” brilham silenciosas sobre o outro hemisfério. Aí, a nossa outra metade desafia a pobreza e não pára de dançar sobre as terras vermelhas de Milevane.  “Cruzeiro” é viagem no mar e balizas de ir e vir, mas o risco pulsa no percurso sobre o instável caminho.

     “Cruzar” pede às vezes cuidado para unir, em vez de separar, mas uma “encruzilhada” empurra à decisão que livra do que é comum e abre o acesso ao único. “Cruzar” fronteiras é ousar para lá dos limites vividos e descobrir outro rosto que estava escondido em nós.

   “Cruzeiro” é o jogo de estrelas que não vemos daqui, mas que a nossa Catarina contemplou: elas desenham no céu o sinal de uma Cruz, mas só brilham do outro lado de tudo.  A cruz permanece na raiz: origem viva que nos faz nascer para o infinito.

OE

Sob o Signo das Párabolas

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Imagem: Kindness of mathcurv.com

           A palavra Parábola remete para uma figura geométrica cujo movimento curvilíneo ascende para o alto. Etimologicamente significa, na origem grega, lançar (ballein) para o lado (para).

     No contexto da espiritualidade, a palavra significa uma breve alegoria, onde se distingue, por assim dizer, “um corpo” – conjunto de elementos familiares à nossa experiência concreta – e ainda “uma alma”: uma sequência de ideias paralelas às primeiras, que se entrelaçam num plano superior e que induzem uma alteração na vida daquele que escuta.

     Os relatos originais dos Evangelhos começaram por ser folhas volantes, passando clandestinamente entre as comunidades recém-nascidas. Nelas ficaram consignadas esta mão-cheia de histórias pequeninas com o nome de Parábolas.

     Tão inocentes que qualquer criança as pode recontar, elas induzem, no entanto, um dinamismo transformador no íntimo daqueles que as escutam. Pretendem realizar algo de inédito neles, atraindo-os da segurança humana onde tendem a instalar-se, para o seu inaudito impulso ascendente.

     Contudo, o dispositivo que se despoletou na escuta da Parábola permanece oculto e indisponível ao nosso controlo. Por isso, ela não se esgota numa interpretação única, e pode sempre libertar a energia de um sentido novo.

    Sob o signo das Parábolas, alunos e educadores do CAD, neste ano recém-nascido, somos assim confiados uns aos outros, levados na aventura da  Inovação.

OE