Férias em Espanha

Mallorca Strand Cala Llombards

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        Estas férias fui a Mayorca, de barco. Fiquei numa casa. Estava eu a carregar um garrafão de água, quando tropecei, bati com a cabeça na parede!

       Fui à praia, mas começou a chover e vi as pessoas a irem-se embora da praia.

        Depois voltamos para casa, mas o meu pai esqueceu-se de pagar o estacionamento. Então ficamos à janela, a ver se vinha a polícia, mas não veio.

Imagem: Ask Beach

       Um dia, fui a uma praia que era em Fromentera: “illetes”; tinha línguas de areia e o meu pai queria chegar até ao fim, mas era muito longe. Então, nós desistimos, e o meu pai foi sozinho até ao fim, tirar fotos. Como ele nunca mais chegava, eu fui ao topo de uma montanha de areia e vi o meu pai. Perguntei se ele queria água, mas ele disse que não.

        Entretanto, quando estava a andar, vi uma senhora com um fato de banho e disse à minha mãe:

       – Quero este fato de banho!

      A senhora olhou para mim e riu-se: ela era Portuguesa!

      De tanto andar, fiquei com calor e fui jogar à bola para dentro de água com o meu irmão. Apareceu um peixe enorme e o meu irmão disse para eu sair dali. E eu perguntei porquê.

      – Estava ali um peixe gigante. Quando foste buscar a bola ele passou por mim e passou por ti. Não o viste?

      No dia a seguir, fui a uma praia onde havia pessoas a nadar, mas a água estava cheia de alforrecas venenosas. Então, não fomos a essa praia, fomos para outra.

Carolina N, 8D

Glosa a “O Voo de Josefina”

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   Dedicado a Carolina N

    A Josefina era uma menina de aparência frágil, mas na verdade escondiam-se nela qualidades surpreendentes. Entre elas contavam-se a sua persistência fiel e imbatível perseverança para suportar a vida da Escola.

     Nesse tempo, deve dizer-se que, para Josefina, a vida da Escola não era fácil, exigindo aos alunos permanecerem sentados durante uma média de quatro horas por dia, enquanto lhe parecia que os professores se dedicavam a ensaios de voz e treinavam a caligrafia com pedacinhos de giz num imenso quadro negro pendurado na parede.

     Os alunos também podiam comer a certas horas e movimentar-se à vontade ou dedicar-se  a diferentes jogos a intervalos regulares. Como, de entre todos os estudantes, iam surgindo pequenos grupos de amigos, o convívio cordial compensava as horas de trabalho extra, quase sempre escrito, a que deviam dedicar-se ao fim da tarde, sob pena de incorrerem numa falta de tpc, que tinha para Josefina um significado obscuro.

     Neste quadro de vida, ao mesmo tempo equilibrado e dramático, a nossa Josefina divagava, por vezes, sem rumo preciso, ponderando se seria possuidora de um potencial oculto, algo assim como um “superpoder”, que lhe permitisse viver mais folgadamente as vicissitudes da sua vida de estudante.

     Assim, começou a criar situações em que se punha à prova, na esperança de desencadear um dom desconhecido.

     Começou por pendurar-se no candeeiro da sala e conseguiu ir em voo rasante até à sua própria banheira; em seguida, fingindo pendurar roupa, atirou-se da janela rumo ao jardim do vizinho, mas foi cair de mergulho na piscina. Subiu ainda uma palmeira e voou até ao quarto, pelas janelas abertas.

     Por esta altura já ela desconfiava que, em vez de ter o dom de voar, tinha um notável talento para saltar.

     Conta-se noutra versão desta fantástica história que ela se atirou ainda da varanda, utilizando umas asas de plástico e aterrou a pique no jardim, sobre o “Bola de Ténis”, o seu cão amigo.

   Foi então que os pais de Josefina trataram de inscrevê-la numa Academia de Ginástica, onde podia treinar salto em altura e aceitaram também a sua decisão de, mais tarde, tirar o brevê para pilotar aviões pequeninos.

     Foi assim que Carolina, treinando o seu dom e forjando o seu projeto, passou a estar na Escola com objetivo e método. Suas aulas deixaram de ser úteis apenas aos treinos de caligrafia e aos ensaios de voz dos professores; essas mesmas aulas estavam agora ao serviço do seu sonho e concorriam para que, um dia, ela pudesse mesmo voar.

Inspirado no texto homónimo de Carolina N

OE

O Voo de Josefina

Jumping

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        Era uma vez uma menina chamada Josefina Maluca, que achava que tinha poderes.

     Um dia, ela pôs-se em cima do candeeiro da sala e saltou, para tentar voar: caiu na banheira e fingiu que estava a tomar banho; depois, ia escorregando pelo ralo da banheira, mas fingiu que não acontecia nada e foi jantar.

     No dia seguinte, fingiu que estava a apanhar roupa à janela e foi tentar voar. A sua ideia era cair na casa do vizinho, mas caiu na piscina. A mãe ralhou-lhe:

     – Tu estás bêbeda ou quê? Vai já para a banheira!

     Ela voltou para a banheira e foi quando teve a excelente ideia de voar da sua palmeira para o seu quarto. Tentou até que conseguiu. Achava ela, mas na verdade, ela só tinha dado um pulo, não tinha voado.

     Deu este pulo e, toda contente, foi tentar voar da varanda, mas caiu no jardim de rabo no chão. Foi aí que se lembrou:

   – Para voar preciso de umas asas. Como não tenho asas, não consigo voar.

     Então, foi buscar umas asas de plástico e tentou outra vez da varanda. Caiu em cima do “Bola de Ténis”, que era o seu cão.

     Finalmente, desistiu e foi comprar um trampolim. Pediu à Mãe, comprou um trampolim gigante e tentou saltar lá; pôs o trampolim na varanda e conseguiu voar um pouco. Aí foi dizer aos seus pais que conseguia voar. Os pais riram-se. Ela agarrou neles e levou-os para o pé do trampolim. Os pais viram e disseram:

     – Ó filha, isso não é voar, é só um salto. Os humanos como tu não voam; só as pessoas é que não voam, os animais sim, voam.

     Então ela pensou:

     – Bem, se só os animais voam, vou ser como uma pessoa normal.

     Ainda teve a ideia de ser maluca, mas passados uns instantes passou-lhe e foi feliz. Devolveram o trampolim à loja e foram felizes até o seu irmão Bob vir do Campo de Férias e cair ao chão a rir com as histórias que ela lhe contou de tentar voar.

     Felizes para sempre, em Família unida e junta.

Carolina N, 7D

O Natal em Família

     Christmas tree 2008/1 Рождество, Liechtenstein
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     Eu passo o Natal em minha casa com os meus avós, os meus pais e os meus tios avós. Eu e o meu pai gostamos de fazer a árvore. Há três dias atrás, o meu irmão e a namorada mandaram três vezes a árvore ao chão e partiram bolas! Gosto em especial de um presépio feito por mim e pelos meus pais. Costuma estar numa mesa pequenina perto de uma janela; fizemos as figuras com esferovite e rolhas. Pintamos as caras e os cabelos; eu pintei as ovelhas com uma espécie de pedra que pinta.

   Na ceia, comemos bacalhau e polvo com batatas; a mesa está enfeitada com chocolates e um presépio e enfeites a fazer de neve.

    À meia-noite, nós fazemos o amigo secreto com a família e o meu cão também! Uma prenda inesquecível foi uma que os meus irmãos me deram: uma caixa de sapatos cheia de paletes de gomas. Este ano gostava de receber um telemóvel com ligação à net e aplicações. Gosto de desenhar, com lápis de cor e canetas; estas férias vou treinar no meu Diário Gráfico.

    Eu desejo a todos um muito feliz Natal e que entrem com o pé direito em 2015!

Carolina N, 6A