O Acidente Imprevisível

  Ambulance

Med PhotoBlog via Compfight 

     No sábado, por volta das 9 30 ou 10h, ligaram para minha casa. Fui eu que atendi e perguntaram quem era, mas eu só consegui ficar uns segundos a pensar na minha resposta, porque os meus pais disseram para eu nunca dizer como me chamo a estranhos. Então, eu só  consegui responder:

     – Quem é o Senhor?  

     Eles respnderam que era da PSP e queriam falar com o meu pai. Eu fiquei superpreocupada, porque, como o meu pai é Presidente da Câmara, e andamos num tempo com terroristas, eu associei logo a isso. O Polícia disse que tinha acontecido uma coisa á minha avó ou mãe, mas para eu não me preocupar, porque estava tudo bem, ( o que os adultos mentem às crianças para não ficarem preocupadas).

     Depois passou o telefone à minha mãe e ela perguntou o mesmo com voz de choro. Eu voltei a dizer que não e passei o telefone à minha segunda irmã mais velha. Até esse momento, eu pensava que tinha acontecido alguma coisa á minha avó, que ela estava a ir para o Hospital e que a minha mãe queria dizer ao meu pai para desabafar a angústia.

     Eu, nesse momento, também estava com angústia, mas não queria dizer, para não se preocuparem. Nesse momento, eu estava a falar com a minha melhor amiga. Quando a minha irmã desligou, disse que a minha mãe tinha caído na feira, em Cascais. Eu fiquei com o coração a mil.

     A minha irmã foi para o Hospital. A minha mãe estava muito zonza e não sabia o que dizia (disse que se chamava Maria). Enquanto a minha irmã estava no hospital, eu e a minha irmã estávamos sozinhas, eu a arrumar as coisas, e a minha irmã a vestir-se. Depois, veio a minha irmã Catarina tomar conta de nós, mas tinha de ser eu a arrumar as coisas, porque ela estava grávida.

      Todos me diziam para ter calma, que não era nada de mais, só tinha feito uma ferida pequena, não era nada de grave. (Eu nunca acreditei muito). Também diziam que ia só coser e voltava para casa daí a pouco.

      Infelizmente, não foi assim, a minha Mãe teve um pequeno derrame e um traumatismo e só voltou para casa na quinta-feira. Mas felizmente, acabou tudo bem.

Carlota C, 6C