Aquela Cativa

     Assunta

Thomas Hawk via Compfight

    Alexandre,

     Bom dia,

   Eu acabei de voltar de África e encontrei uma cativa por quem me apaixonei. Se ela não fosse escrava, eu trá-la-ia para Portugal e dar-lhe-ia todas as jóias do mundo, se ela quisesse.

     Diz-se que a mulher perfeita tem a pele branca como a neve, mas ela não. Ela tinha pele escura, mas tinha elegância; os seus olhos são lindos e faziam-me ver o infinito a partir do seu olhar humilde. E tal beleza ser desperdiçada para servir de escrava!

     Ela estava a fazer um cesto, sentada em cima de um banco de madeira ao pôr do sol vermelho de África. As mãos dela tremiam de cansaço, mas o sorriso mostrava que tinha optimismo. Ela tinha um pano na cabeça para se tapar do sol, que mais tarde, tirou, depois de o sol já se ter posto. A roupa era toda branca e amarrotada, com remendos e suja de lama; ela tinha umas sandálias velhas, mas tinha-as descalçado, pois tinha feridas nos pés de tanto trabalhar.

     Agora, todas as noites, quando penso nela e no seu sorriso humilde, lamento o facto de ela nunca poder vir a ser minha.

Abraços,

   Luís

Duarte P, 8C,

3º TS de Português

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