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Somos feitos daqueles que amamos e de nada mais.
O novo Ano Letivo ainda está em formação, na espessura nutritiva que lhe advém da expectativa positiva dos estudantes e da solicitude motivada dos que se antecipam a preparar-lhe um espaço humanizante.
Mas esse futuro misterioso que mal se adivinhava, já se fez próximo, e nele, o ano infante já toma vulto; os professores já receberam a primeira chamada: a carta de motivação, o calendário da primeira quinzena de Setembro e o programa festivo do primeiro dia de convívio na Quinta do Castelo.
O reencontro dos docentes começa por uma festa; assim como o dos estudantes, duas semanas depois: festas-convívio, familiares, ao sabor do improviso, que se repetem ao final, numa girândola de despedidas. Coroa o ano letivo a Festa da Comunidade, já elaborada, fruto de longo esforço comum, entrelaçada com objetivos de solidariedade.
Será uma coincidência se estes dois pólos que balizam o ano letivo bem como o ponto alto que o celebra se expressam em Festas? Ou elas pretendem simbolizar algo de muito discreto mas essencial, algo que constituiria o núcleo ardente e inadvertido do ano letivo?
Como se o longo percurso ascendente do esforço escolar, atravessado de combates com suas vitórias e dificuldades, fosse todo ele sustentado passo a passo pela presença discreta de uma alegria inexplicável, que para além do desejado e merecido sucesso de cada um, vive da comunhão entre todos.
Assim, o coração secreto dos dias letivos, poderia ser a presença oculta deste júbilo, “mais íntimo a nós que nós próprios” e que interiormente “leveda toda a massa” do trabalho quotidiano.
O.E.