Photo Credit: Paolo Margari via Compfight
Um dia, eu fui com a minha avó ao Centro Comercial, andamos muito. Quando a minha avó foi comprar pão, eu fiquei sentada num banco que estava lá. Fiquei à espera tanto tempo que fui ver uma loja que ia fechar. Passados uns minutos é que me apercebi que era uma biblioteca, e, como eu gosto de ler, tentei ver se a porta estava aberta.
Por mais estranho que pareça, a porta estava mesmo aberta! Quando eu entrei, achei aquilo muito assustador, porque quase não havia luzes e eu acho que uma biblioteca deve ser muito iluminada. Aquela biblioteca tinha imensos corredores compridíssimos, e no fim dos corredores havia uma mesa com uma vela apagada. Eu percorri todos os corredores a correr, mas, no penúltimo corredor, entraram dois homens que não paravam de falar. Eu escondi-me debaixo da mesa, mas eu estava com soluços, por isso tinha medo que me descobrissem.
– Qualquer dia esta Biblioteca será a minha loja de quadros, vai ser a melhor loja de sempre! – disse o futuro dono.
– Não sei, não – disse o secretário dele.
– Olha, tu não sabes, mas eu tenho a certeza – respondeu o futuro dono da loja – vamos embora!
– Finalmente, sozinhos! – exclamei. Depois continuei a percorrer os corredores, mas no último, estava o livro chamado “O Livro do Mistério”. Ele era muito bonito, porque tinha vários pontos de exclamação. Quando virei a primeira página estava uma espécie de portal mágico desenhado que começou a brilhar; apareceu um grande ponto de exclamação castanho, com um chapéu preto com uns grandes olhos e um nariz.
– Quem és tu e como saíste deste livro?
– Parece que não sabes ler! No início do livro está escrito claramente “cuidado com o ponto de exclamação”!
– M-m-mas… quem és tu?
– Eu sou o Exclamação, o único ponto de exclamação detetive. Para que achas que tenho uns grandes olhos? É para ver bem!
– Já que és detetive, vamos procurar a minha avó!
– Ok! Vamos, só vou vestir-me, estão umas roupas na casa-de-banho.
E lá foram eles: saíram da Biblioteca e foram procurar a avó.
– Onde estará a minha neta? – perguntava ela entretanto.
[…]
Maria Ana, 6A