Guiny

 

Guinea pig doing what they do best
Photo Credit: Darren Johnson via Compfight

     Quando eu pensei em ter um porquinho-da-índia, fui a uma quinta, mas no sítio em que eu estava só havia cavalos. Montei num, no sítio onde fomos almoçar, havia muitos porcos, coelhos, galinhas, cães e havia ainda um porquinho-da-índia.

     Eu disse ao Tratador dos animais que queria ter um porquinho-da-Índia. Ele respondeu que me podia dar um. Eu pedi à minha mãe que sim, que queria! Mas a minha mãe respondeu que não, porque dava muito trabalho!

     Para convencer a minha mãe, tive de ler imensas coisas sobre os porquinhos-da-Índia. A ler essas informações, descobri o que eles podiam e não podiam comer. E, enquanto lia, ia fazendo o meu orçamento.

     Finalmente, ele está ao pé de mim. É castanho claro, com bocadinhos de pelo branco, cinzento, preto e castanho escuro. 

     Chama-se Guiny, como guinea pig. O Guiny irrita-me de manhã: ele começa a fazer guinchinhos “hum, hum, hum, hum”, a pedir para comer. 

     Ele gosta de festas. 

     Às vezes levanto-me, dou-lhe de comer e ele cala-se. Depois, se me esqueço de pôr água, ele acorda-me outra vez. Pus o Guiny à frente do Kevin – o meu Golden Retrivier – que começou a cheirá-lo. O Guiny ficou cheio de medo, mas o Kevin também recuou e foi-se embora.

  Às vezes, quando ele estava no sofá com a minha mãe, fazia xixi. Agora já não pode mais ir para o sofá. Estou contente por ter um porquinho da Índia, mas às vezes fico farta por ter de limpar a gaiola.

    A minha Mãe não pode saber isto senão ela goza-me:

    – Eu não te disse?

Laura V 6C

A Vida de um Camponês

 
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     Estava uma linda manhã de Primavera e  vivia numa casa toda feita com palha, terra e pedras, junto de um rio sem fim, um camponês chamado Carlos.

     A vida de Carlos era muito solitária, pois a sua mulher Lúcia tinha morrido numa tempestade. A partir daí, Carlos já não era aquela pessoa bondosa com um coração limpo e cheio de paz. Era uma pessoa antipática, egoísta e, sobretudo, com um coração cheio de pó preto, tão preto que lembrava frio e morte.

     Todas as manhãs, Carlos saía da sua casa e ia caçar. Ao andar à procura de alimento, o Sr. Carlos pisava em flores acabadas de nascer com os raios de sol, jogava lama e pedras para as árvores e para o rio; o rio ficava tão preto quando ele jogava coisas lá para dentro! E ele só ria, era gargalhada tão fria, tão cheia de maldade que até apetecia fugir.

(Continua)

Mariana R 6C