Estava uma linda manhã de Primavera e vivia numa casa toda feita com palha, terra e pedras, junto de um rio sem fim, um camponês chamado Carlos.
A vida de Carlos era muito solitária, pois a sua mulher Lúcia tinha morrido numa tempestade. A partir daí, Carlos já não era aquela pessoa bondosa com um coração limpo e cheio de paz. Era uma pessoa antipática, egoísta e, sobretudo, com um coração cheio de pó preto, tão preto que lembrava frio e morte.
Todas as manhãs, Carlos saía da sua casa e ia caçar. Ao andar à procura de alimento, o Sr. Carlos pisava em flores acabadas de nascer com os raios de sol, jogava lama e pedras para as árvores e para o rio; o rio ficava tão preto quando ele jogava coisas lá para dentro! E ele só ria, era gargalhada tão fria, tão cheia de maldade que até apetecia fugir.
(Continua)
Mariana R 6C