Paz na Natureza

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Imagem: Photo by Aaron Burden on Unsplash

        A Paz é um momento de tranquilidade para refletires na vida e estudares o que fizeste de mal e de bem.

     É como estar numa floresta ao luar, com boa companhia e silêncio e a sentir tudo á tua volta.

      Sentir aquele ambiente, aquele cheiro, aquele zumbir das abelhas… paisagem magnífica.

      Nos Alpes, um lago miosótis, as ovelhas na encosta e a densa floresta , logo abaixo dos glaciares que cintilam: exultação da Paz.

     Algo bonito, refrescante e silencioso como a maresia, o cheiro e o movimento. 

     Navegamos num pequeno barco que é a própria vida e não sabemos bem para onde a corrente nos leva, mas a Paz é a vastidão do Oceano a toda a volta, que nos rodeia e ampara. 

    Mergulhar no mar e ser tão refrescante: como tu e o mar serem um só: isso é a Paz.

   Quanta Paz dentro de ti, tudo à tua volta é pacífico e bonito.

       Uma águia a cortar o vento com as suas asas amplas e belas a voar por cima de uma magífica montanha congelada.

     Estar em casa, mas “no fora” que fica dentro dela: a varanda envidraçada para onde se debruça um plátano, com tanto entusiasmo que parece querer entrar.

     Eu, rodeado de animais, sentado numa casota, a preparar uma casinha para outro ser.

     Os olhos dos animais falam: eles dizem uma paz diferente das nossas tarefas agitadas; confiam na harmonia de que é capaz a Natureza quando a tratamos bem.

     A Natureza fala com silêncio e com a brisa da floresta passando pelas gotas de orvalho nas folhas verdejantes. 

(Texto a Três Mãos, segundo o livro “Quero Ser Escritor“,  de Margarida Fonseca Santos e Elsa Serra) 

Alexandre T, André R e OE

Tão Leve e Tão Subtil

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     A Alegria é o melhor que há na vida: quando estamos felizes esquecemo-nos das desventuras da vida.

     A cada minuto que passa existe um novo nascimento fruto do amor de um homem e de uma mulher: o amor, também ele é fruto da Alegria, pois antes da Paixão existe uma Alegria que junta esses dois seres.

     Alegria amorosa que atrai os opostos, geração após geração, no abraço fecundo que perpetua a Humanidade.

     A Alegria é a felicidade que há nas pessoas, é como fazer surf nas ondas que torna algumas pessoas tão felizes. A Alegria é algo que não se vê, mas é como se sentisse no corpo apesar de não o tocar. 

      Tão leve e tão subtil, parece entranhar-se nos recessos do ser, por vezes mendigo aguardando guarida.

      A Alegria é estarmos felizes por algo que fizemos de bem: como a maré baixa, vai subindo e fica maré cheia.

     As marés, por vezes transbordam, no oceano agitado da Alegria: fertilizam os terrenos esgotados, encharcam sonhos gastos, fazem brotar, onde o silêncio era deserto, uma canção inesperada. 

Texto a 3 mãos

Manuel N, Franciso B e OE

Os Mistérios da Linguagem

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      É tão estranho nós comunicarmos em palavras! Como as inventamos? Como lhes injetamos um significado? 

      As palavras não vêm assim do nada: vêm do nosso coração, mesmo que seja uma palavra má. Mas depois percebi que, por vezes, as pessoas são como que possuídas por uma palavra que tem carga agressiva. Não pretendem agredir os outros.

     Sempre achei que um palavrão fosse uma autêntica porcaria Mas as palavras más apagam-se com um pedido de desculpa simples e sincero e, se escapar um palavrão, podemos usar uma leve ironia, como: “não se fala com a boca cheia”.

     Como é que nós conseguimos falar e transmitir emoções, através de palavras, como, por exemplo, “Amor”?  Por exemplo, as palavras “Amigo”, “Paz” e “Amor” são palavras que nos mexem no coração.

      A palavra “Família” é linda e é a palavra que une muitas pessoas em comunidade de amor.  Viver a palavra “Família” pede muito cuidado, dedicação e tempo livre, senão ela passa-nos despercebida.

      As palavras criam confiança entre as pessoas e são como uma “chave” que abre a porta para todas as aventuras. 

Margarida Cc, Francisco M N, OE

Texto a 3 Mãos

(Exercício de escrita criativa segundo o livro “Quero Ser Escritor” de Margarida Fonseca Santos e Elsa Serra)

O Ataque dos Zoombies

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Yo Mostro via Compfight

     Era uma vez um Zoombie que atacava as casas de uma rua. Nela vivia uma velhota sozinha com um gato peludo. O seu primo era agente secreto da CIA.

     Um dia, o Zoombie atacou a casa da velhota. O que ele não esperava é que ela era uma antiga campeã de artes marciais. O primo estava a fazer patrulha nessa rua e ouviu gritos aterradores e correu para o local.

    O Zombie queria comer o cérebro da velhota, mas ela estava a defender-se bem, até que o Zombie lhe tirasse a bengala e a prendesse.

     Com a sua bengala de mogno envernizado com um velho veneno do antigo Irão, cada bengalada que ela dava ia retirando poder ao Zombie. Mas agora estava amarrada na banheira com as torneiras a correr.

        O primo arrombou a porta com uma cabeçada e seguiu o gato peludo todo assanhado até à banheira. Só conseguiu entrar pela janela, pois a porta estava trancada a sete chaves.

       Tirou a sua Golden Eagle do bolso e deu um tiro certeiro na cabeça do Zoombie.

       O Zoombie rebentou todo e espalhou a sua sujidade verde pelas paredes da casa de banho.

     A velhota, já quase a morrer sem ar, foi libertada pelo Primo, com o seu canivete suíço que cortou as cortas.

    A CIA atribuiu-lhe um prémio de caçador de Zombies,  um milhão de dólares e o prémio da Paz. O primo e a sua avó foram viver  para uma mansão com toda a Família.

Narrativa “a 3 mãos”:

João P, 5A, Daniel N, 5A e OE

Exercícios Criativos de “Quero Ser Escritor” de Margarida  Fonseca: cada autor escreve uma frase entre 20 a 40 palavras e passa ao colega.

O Violino Mágico – III

L'Art pour l'Art

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     O Violino mágico era procurado pela vila toda de Cascais, porque quem o tocasse ficava com poderes magníficos.

     Havia uma rapariga pobre do campo, com os olhos talhados em amêndoa e com um rosto fino e único,  que gostava de tocar violino pelos bosques a apanhar ar puro para se distrair e comungar com a Natureza.

     Um dia, como estava tão distraída a cantar uma música, caiu num buraco fundo em que não se via nada nem ninguém! Nesse momento, pensou que estava a ter alucinações, porque estava a ver o violino mágico!

      Tentou sair do buraco com o violino na mão, mas não conseguia, até ficou ferida e a sua linda camisola azul como o céu limpo estava rasgada; caiu-lhe uma pinga de água do olho para o violino e o violino, de repente, fez um som; ela pegou no arco e começou a tocar… saiu, da caixa de ressonância, uma fada que era a sua Fada Madrinha!!!  A Fada Madrinha tinha cabelos compridos, loiros como o sol e uma varinha preta.

    Um menino chamado Gonçalo passou muito perto do buraco, ouviu um som de violino a sair dali e foi lá ver.

    Estava lá  uma menina com olhos de amêndoa e ele apaixonou-se por ela.

(Continua)

Mafalda A, 6C

As Mil Cadências do Tempo

Original Acrylic Abstract Painting on Canvas Panel "S8 XXXIV"

Carl Dunn via Compfight

     Perder a noção do Tempo é uma espécie de Desporto Aéreo; quando estamos muito focados em alguma coisa perdemos a noção, o tempo torna-se divertido, pois há um tempo mole que escorre devagar e bate nas pedras dos nossos deveres com um ar cansado e tonto.

     Também as brincadeiras às vezes são tontas e pobres, magoamo-nos. Mas mesmo o risco e o perigo fazem parte da aventura. Não podemos estar sempre em segurança.

      Brincar com os amigos é ser livre, correr com o vento a bater-nos na cara. Muitas vezes saímos de casa às duas da manhã e só voltamos ao meio-dia, perdemos a noção até dos perigos da noite.

     Nessas ocasiões, é preciso levar o nosso cão para nos proteger, mesmo que estejamos a fazer explorações numa Quinta, pois algum ladrão pode saltar o muro.

     O que também nos faz perder a noção do Tempo é a Ginástica: é muito divertido e não faz mal. A gravidade desaparece: é como se estivéssemos noutro habitat e o nosso corpo descobre a alegria de brincar com várias pessoas.

      É fixe, perdemos muitas calorias e ficamos com calor. A nossa alma também fica mais leve e mais aconchegada, pois a partilha da Alegria entre amigos derrete as calorias da tristeza e da preguiça e acende os afetos que aquecem o coração.

    Entre o Tempo que se passa a ser livre há o outro: a ouvir os stores a falar mais do que 100 pessoas que não conseguem calar-se. Muitas vezes, estamos em casa e não há sossego para os pais, mas quando estamos fora, há imenso sossego.

    A brincadeira com os amigos faz-nos perder a noção do Tempo, porque, quando brincamos, acendemos uma nascente de alegria, e três horas é como se fossem uns cinco minutos que passaram.

     Quando estamos a brincar os relógios podiam perder os ponteiros, como nos quadros de Salvador Dali, em que os relógios escorregam como ovos estrelados a entornar-se. Ao brincar, o tempo parece ser uma roda gigante.

    Muitas vezes, nós pensamos que todos gostam das brincadeiras, mas nem todos, e alguns até saem ou desistem. Sim, desistem: se brincar tiver muitas regras difíceis, como nos jogos em equipa, há pessoas que não conseguem aplicá-las tão bem e saem para não prejudicar a sua equipa.

     Outros continuam a jogar, mesmo que não saibam, pois o importante não é ganhar, mas jogar unidos.

     Em conclusão:

     O tempo é uma medida para medir que horas são. Muitas vezes nós queremos que ele passe mais depressa e os minutos parecem horas; às vezes queremos que passe mais devagar e as horas parecem segundos.

     O tempo é misteriosamente variável, conforme com quem estamos e conforme aquilo que fazemos: lento, rápido, estreitinho, imenso, parado num charco ou uma onda feliz que enrola os amigos e salta para a Vida Eterna.

     O nosso tempo é muito importante, por isso temos de aproveitá-lo bem. Cada minuto é precioso!

Texto a 3 Mãos

Afonso C, Manel D e OE

(Exercício de “Eu quero ser  escritor” que consiste em, a partir de um tema acordado, cada autor escrever durante um curto período de tempo e passar o caderno a um companheiro e receber o caderno do terceiro, a um sinal dado. Cada autor se reveza para dar o sinal e os cadernos vão circulando entre os três autores.)