Ela esperou e esperou… quando a Mãe chegou e o Pai, ela perguntou:
– Mãe, Pai, eu posso montar cavalos selvagens? É que uma vez, vi um e gostei. E se eu puder, posso ficar com ele?
O Pai e a Mãe responderam:
– Não, os cavalos não são para montar! A Mãe pensou um pouco e disse: – Sim, mas vais ter de o acalmar, às vezes, por causa dos lobos. Mas nós vamos dizer-lhes para não o comerem.
E o Pai acrescentou logo:
– Lobos, não podem comer o cavalo da minha filha!
A Loba Selvagem, com a sua irmã e melhor amiga, foram apanhar dois potros. O da Escura era branco, muito branco. O da Loba Selvagem era branco e preto às manchinhas. O da Escura chamou-se Silver; o da Loba Selvagem chamou-se Piicasso.
Como elas não queriam que os lobos fizessem nada aos cavalos, fizeram um estábulo numa gruta para eles. Era grande, com muita palha no chão, para eles rebolarem. A gruta estava muito escondida. Até o animal que farejava melhor não conseguia encontrar! Tinham água e leite, com cenouras.
Passados alguns anos, os potros eram cavalos bem fortes, e as irmãs saíam de casa a correr para irem ter com os cavalos. Tentavam sempre montar; a Escura ficou com uma cicatriz na boca e a Loba Selvagem também.
Elas eram totalmente gémeas, mas as irmãs apanharam diamantes para fazerem uns colares, para se distinguirem. A Mãe e o Pai começaram a estranhar, mas deixaram estar.
Um dia, conseguiram montar e, de repente, os cavalos foram a galope para a cidade, para encontrarem o rapaz que seguia a Loba Selvagem. Encontraram-no, assustaram-se e voltaram com ele para trás.
Margarida L, 6B