Sob o Signo das Párabolas

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Imagem: Kindness of mathcurv.com

           A palavra Parábola remete para uma figura geométrica cujo movimento curvilíneo ascende para o alto. Etimologicamente significa, na origem grega, lançar (ballein) para o lado (para).

     No contexto da espiritualidade, a palavra significa uma breve alegoria, onde se distingue, por assim dizer, “um corpo” – conjunto de elementos familiares à nossa experiência concreta – e ainda “uma alma”: uma sequência de ideias paralelas às primeiras, que se entrelaçam num plano superior e que induzem uma alteração na vida daquele que escuta.

     Os relatos originais dos Evangelhos começaram por ser folhas volantes, passando clandestinamente entre as comunidades recém-nascidas. Nelas ficaram consignadas esta mão-cheia de histórias pequeninas com o nome de Parábolas.

     Tão inocentes que qualquer criança as pode recontar, elas induzem, no entanto, um dinamismo transformador no íntimo daqueles que as escutam. Pretendem realizar algo de inédito neles, atraindo-os da segurança humana onde tendem a instalar-se, para o seu inaudito impulso ascendente.

     Contudo, o dispositivo que se despoletou na escuta da Parábola permanece oculto e indisponível ao nosso controlo. Por isso, ela não se esgota numa interpretação única, e pode sempre libertar a energia de um sentido novo.

    Sob o signo das Parábolas, alunos e educadores do CAD, neste ano recém-nascido, somos assim confiados uns aos outros, levados na aventura da  Inovação.

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