Um Segredo do Ano que Vem

marca_livros

Imagem da Oficina de Escrita

     Somos feitos daqueles que amamos e de nada mais.

Christian Bobin

     O novo Ano Letivo ainda está em formação, na espessura nutritiva que lhe advém da expectativa positiva dos estudantes e da solicitude motivada dos que se antecipam a preparar-lhe um espaço humanizante.

    Mas esse futuro misterioso que mal se adivinhava, já se fez próximo, e nele, o ano infante já toma vulto;  os professores já  receberam a primeira chamada: a carta de motivação, o calendário da primeira quinzena de Setembro e o programa festivo do primeiro dia de convívio na Quinta do Castelo.

    O reencontro dos docentes começa por uma festa; assim como o dos estudantes, duas semanas depois: festas-convívio, familiares, ao sabor do improviso, que se repetem ao final, numa girândola de despedidas. Coroa o ano letivo a Festa da Comunidade, já elaborada, fruto de longo esforço comum, entrelaçada com objetivos de solidariedade.

     Será uma coincidência se estes dois pólos que balizam o ano letivo bem como o ponto alto que o celebra se expressam em Festas? Ou elas pretendem simbolizar algo de muito discreto mas essencial, algo  que constituiria o núcleo ardente e inadvertido do ano letivo?

       Como se o longo percurso ascendente do esforço escolar, atravessado de combates com suas vitórias e dificuldades, fosse todo ele sustentado passo a passo pela presença discreta de uma alegria inexplicável, que para além do desejado e merecido sucesso de cada um, vive da  comunhão entre todos.

    Assim, o coração secreto dos dias letivos, poderia ser a presença oculta deste  júbilo, “mais íntimo a nós que nós próprios” e que interiormente “leveda toda a massa” do trabalho quotidiano.

O.E.

Deixar uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *