Uma Aventura

     Carta Mundi Éole Wind via Compfight

     Nós somos cinco amigas: eu, a Catarina, a Mariana, a Carmo e, claro, o Bolinha, o nosso cão. Temos todas onze anos, mas já chega de apresentações.

     Hoje, vamos procurar um tesouro na ilha Azul; andamos á procura de um tesouro perdido que a minha avó tinha, há muitos anos atrás. Temos um pequeno testamento que nos indica que está na África do Sul, e, como eu já disse, na ilha Azul.

     Hoje, são sete e meia da manhã – mas que cedo! Nem acredito que estamos a acordar tão cedo nas férias! – Estão quase quarenta graus -que calor! Claro, estamos na África do Sul! Como é que eu quero que não esteja calor? Ainda por cima estamos no verão, em Agosto, a altura mais quente.

     Andamos aqui por uma floresta cheias de bichos; a Maria Ana e a Carmo estão fartas de gritar com as aranhas que lhes aparecem à frente; o Bolinha não para de ladrar: parece-me que alguém nos está a perseguir.

     Temos um pequeno aparelho que identifica onde é que pode estar um tesouro. Neste momento estamos a escavar, mas ainda não encontramos nada. Não vamos desistir agora, a meio da aventura.

     Por hoje, esta crónica fica por aqui.

Catarina C, 6A

A Menina do Mar

 Sea lion pup Tomer Arazy via Compfight

     Chamo-me Maria do Mar; não sei quem são os meus pais e não sei onde nasci; mas tenho agora uma grande família: os animais marinhos. Talvez encontre pistas sobre quem são os meus pais, porque eles me deixaram um testamento a dizer:

     Minha Querida Maria do Mar,

     Eu e a tua Mãe tivemos de te deixar; já és grandinha; achamos que tens idade suficiente para  ficares sozinha. Qualquer dia, eu e a tua mãe iremos voltar paa te ver já uma mulher linda, cuidadosa, amorosa e com muito bom coração. Um grande beijo dos teus pais lindos, amo-te, filha.”

     Este foi o testamento que ele me deixaram; eu acho que não tem nenhuma palavra-mistério. Vou ler este testamento de novo e depois logo digo se encontrei alguma pista. Até amanhã.

     No dia seguinte… Fui ao mar, ter com os meus pais não-biológicos! Estava tão contente, porque acho que descobri onde os meus pais biológicos moram.

     Hoje vou andar pela minha rua à procura deles ou então vou à Instituição que me acolheu na infância, pode ser que tenham uma foto deles.

[…]

     Já fui lá;  eles só tinham os nomes, mas eram nomes muito vulgares: Francisco Sousa, Mariana Santos…Vai ser muito difícil encontrar, existem tantos Franciscos e Marianas…  Se eu os encontrasse era um milagre tornado realidade!

[…]

     Assim se passou o meu dia de anteontem.

    No dia seguinte eu comecei a pensar para que é que eu precisava eles, se eu já tinha estes pais que são tão bons para mim. Acho que não vai ser preciso, este pais deram-me tudo o que eu queria, bastava eu pedir, eles davam.

Beijos grandes.

     P. S.  – Isto é uma lição de vida: nós temos de nos contentar com aquilo que temos, não com aquilo que queremos.

Catarina C, 6A