No outro dia, fui ao parque com o meu afilhado, o Francisquinho. Então nós fomos jogar à bola.
– Meninos, vamos lanchar. – Interrompeu a minha tia.
Então lá fomos nós… Enquanto estávamos a ir, eu perdi-me no caminho: estava numa floresta cheia de flores e árvores por todo o lado, quase não se via o chão. Andei, andei, até que o ouvi um bebé a chorar e segui o choro, mas quando olhei para o céu, estava numa selva, e o choro era de um macaco! Ele atirou-se para a minha cabeça e eu comecei aos berros.
– Está tudo bem? – Perguntou a minha tia.
– Ah, era um sonho?
– Sim, acho eu. – Respondeu ela.
Depois fomos para casa e a minha tia explicou-me que eu tinha levado com a bola na cabeça, pois não me lembrava de nada!
No dia seguinte, fomos a um museu. O nosso guia era o senhor Alberto: era muito alto e usava sempre um chapéu; ele adorava animais, vestia uma roupa de explorador e tinha o cabelo preto.
No jardim do museu, encontrei um cavalo branco, com uma cauda de arco-íris e um corno cor de rosa na cabeça: era lindo! Ele começou a cheirar a minha mão; então fui-lhe buscar uma cenoura a uma horta que havia lá à frente. Levei-o para o bosque e ele começou a correr. Eu segui-o: fomos dar a um lago onde havia imensas flores.
O unicórnio começou a brilhar, eu afastei-me, começaram a crescer-lhe asas; ele principiou a voar e deitou-me brilhantes para cima da cabeça: eu própria comecei a voar; primeiro odiei, mas depois habituei-me.
Estes foram os melhores dias da minha vida!
Maria Ana P, 6A