Entrevista a 4 Mãos – II

BICO-CHATO-DE-ORELHA-PRETA (Tolmomyias sulphurescens)Creative Commons License Dario Sanches via Compfight 

8. Que deve fazer um adulto para não perder o contacto com a sua infância:

Mariana: Ter um objeto que, sempre que ele olhe para ele, faça vir uma criança ao seu coração. Margarida: Brincar com os seus filhos aos bonecos. Carlota: Nunca mudar e deixar-se estar como era antes. Vasco: Ele, no seu sítio secreto, tem uma máquina do tempo que só funciona à noite. A máquina faz a ação e ele ficará onde sempre gostou de estar. 

9. Proposta para atividade na Oficina de Escrita no 6º ano:

Mariana e Carlota: Fazer jogos, jogos  de escrita e festas. Margarida: No Carnaval, organizarmos um dia para fazermos jogos.  Vasco: Gostava que houvesse um quadro.

10. Como é gostar de alguém?

Mariana: Gosto de uma pessoa porque ela gosta de mim e quando estou triste, ela me ajuda e assim eu gosto dela. Vasco: Ficando com ele ou ela vários tempos. Margarida: Pelo olhar e o sentimento.

 Carlota:  Gostar de amizade; devemos estar sempre lá para ajudar, mesmo no momento mais difícil, e gostar de uma pessoa é admirá-la, não por fora, mas por dentro.

11.Para que serve sonhar acordado?

 Mariana: Sonhar acordado faz-nos pensar nas coisas que vêm na imaginação. Margarida: No primeiro ano, comecei por contar na aula, mas eu não ouvia ninguém. 

Carlota: Sonhar acordado ajuda-nos a pensar sobre a vida real, mas sem pensar nos problemas que podíamos ter por causa disso.

12.Que sonhos se estão a tornar realidade?

Carlota: O sonho de passar o ano e de ter muitos, mas mesmo muitos amigos. Margarida: Gostava de estar no terceiro ano de novo. 

13. Pressentimentos – Como sabemos que algo vai acontecer?

Margarida: Gostava que me dessem um iphone. Isso não sei se vai acontecer. Carlota: Às vezes sonho com o futuro ou tenho um pressentimento estranho. Vasco: Paro e sei que isso vai acontecer; e não vais deixar isso ir-se embora, pois assim não vais ter o que sonhas. Mariana: Sei, pois algo vem ao meu coração.

Entrevista a 4 Mãos – I

Three Gulls Eric Bjerke via Compfight

1. Um momento inesquecível que marcará para sempre a memória do nosso 2º Ciclo:

Carlota e Mariana: A Festa do Carnaval. Vasco: A Festa da Centésima Lição. Margarida: O Carnaval.

2. A maior dificuldade que as exigências do estudo trazem à nossa vida:

Carlota:  Quando eu estou a estudar tenho sempre uma coisa melhor para fazer. Vasco: Estar a pensar nas respostas.

3. Uma pergunta que me persegue de vez em quando:

Mariana: Por que é que nós morremos?

Carlota: O que vai acontecer depois da morte? O Charlie e a Maria Sangrenta são verdadeiros? Os espíritos estão aqui ao meu lado? Por que há vida neste planeta e se calhar não nos outros? Vasco: Como será depois da morte? Em cima das nuvens, as pessoas boas estão lá a morar?

4. Um acontecimento que se possa considerar quotidiano e espantoso ao mesmo tempo:

Mariana: O facto de haver amigos. Carlota – O mistério da vida. Vasco: Surfar e jogar futebol; há vários amigos e assim convivemos com todas as pessoas. Margarida: O facto de existirem os irmãos.

5. A frase que eu diria a um amigo num momento difícil:

Mariana: “Não fiques assim, tu vais conseguir vencer essa tristeza.” Carlota: “Eu vou estar sempre aqui para te ajudar e apoiar para sempre.” Vasco: “Se não fores tu, quem será a brincar e a fazer loucuras comigo?” Margarida: “Sê forte, nunca desistir, tem coragem.”

6. Se o meu 5º ano se transformasse num animal:

 Mariana: num Leão, porque é forte e é o rei. Margarida: Para mim, seria um Leão. Vasco: Um papagaio, pois tem várias cores  e as cores são um destino. Carlota: Leão, porque às vezes é muito mau e às vezes é muito meigo.

7. Três desejos para realizar durante o Verão 2015:

Mariana: Estar com os meus amigos, divertir-me imenso e aproveitar o tempo que resta com a minha irmã antes que ela vá para os Estados Unidos. Margarida: Eu quero voar, sair à noite e, todos os dias, ir ao Jacuzzi.

(Continuação aqui)

O Melhor Avô do Mundo

 Spear Thistle - Chardon Vulgaire Monteregina (Nicole) via Compfight

      O meu avô é um pouco forte, de estatura média, musculoso, que dá a sensação de ser ágil.

     Usa o cabelo curto, grisalho e brilhante. O rosto é arredondado, o tom de pele, moreno, com um bigode mesmo à séria e uns óculos de aros prateados.

    A boca é sorridente; o nariz ficou um pouco achatado porque partiu a cana; os olhos são castanhos e atraentes.

     Ajuda-me: por exemplo, quando eu era pequeno e não sabia cortar. Então, o avô ensinou-me a cortar. É simpático e muito brincalhão. Gosta de dizer piadas muito cómicas: “era uma vez um senhor que vendia amendoins à frente da Igreja; e enquanto havia missa, quando o padre  dizia: “Ámen”, ele dizia: “Doins”.

     Às vezes perde a paciência, mas tem sempre razão.

     Adora guiar o seu BMW, estar na sua loja de antiguidades e estar com a família. A sua cadelinha é a Maria Farrusca, resgatada da rua: o avô abriu a porta, viu-a e ela entrou.

    No Algarve, é tão bom quando estamos na piscina a dar mergulhos, com o avô a brincar connosco!

     Não sei quais são os seus projetos de futuro, mas os meus são estar o máximo de tempo consigo e com a avó.

     Desejo um ótimo, mas  mesmo ótimo dia de anos e um grande beijinho para si, do seu neto

Tomás G, 5C

O Meu Amigão

Pong? Raul Lieberwirth via Compfight

     O meu amigo é baixo como eu, tem 10 anos, é ágil e flexível para jogar futebol. Tem cabelo castanho-escuro e liso e uma franja curta. O seu rosto é oval, a pele clara e é fácil de bronzear. A boca é pequena, de lábios rosados, o nariz bem desenhado, as faces rechonchudinhas. Os olhos são castanhos, amendoados e risonhos.

     É bom amigo: no 1º ano, ajudou-me a decorar o alfabeto. É trabalhador: está sempre atento nas aulas. Enerva-se facilmente quando o irritam.

     Gosta muito de jogar  pingue pongue. Eu ganho-o quase sempre.

     Ele sabe que ser piloto de avião é bom para ganhar mais dinheiro que um médico, porque tem a responsabilidade dos passageiros para se sentirem bem.

     Liote, do teu amigo Afonso: desejo –te uma feliz vida, sem problemas e com muita alegria.

Afonso C, 5A

Unicórnio em Nova Iorque

    Manhattan's buildings reflectionsCreative Commons License Emmanuel Milou via Compfight

     No dia do meu aniversário, recebi dois bilhetes para ir a Nova Iorque! Eu perguntei a minha mãe para quem era o outro bilhete; ela explicou-me que era para quem eu quisesse. Eu escolhi a minha grande amiga, Maria Ana.           Partimos no dia 4 de Setembro, dois dias depois dos meus anos; demoramos cinco horas e meia, foi muito cansativo andar de avião, durante cinco horas e meia.   

    Quando lá chegamos, fomos recebidas pela minha tia. Ela mostrou-nos as zonas mais importantes de Nova Iorque. Demorámos cerca de duas horas e só depois é que fomos para o nosso hotel.A minha tia, sempre muito querida, lembrou-nos que, se precisássemos de alguma coisa, era só ligar. Nós fomos logo deitar-nos, pois estávamos cheias de sono!

    No dia seguinte, fomos passear pelas ruas de Nova Iorque. Entretanto, vimos um folheto no meio do chão; a Maria Ana apanhou-o e leu (em Português):

   – Dia 6 de Setembro! Vai haver a peça mais espetacular de fantasia! “O Unicórnio com a Cauda de Arco-Íris” – Venham ver!

   Ligámos à minha tia, a pedir para nos levar ao tal espetáculo. Ela, toda entusiasmada, disse logo que sim e que até ela queria ver, e perguntou-nos se podia ir connosco. Claro que nós dissemos que sim!

     Para celebrarmos o facto de estarmos em Nova Iorque fomos jantar a um restaurante que a minha tia nos tinha recomendado. Achamos o restaurante fantástico, desde a decoração à comida. No dia seguinte, fomos até Miami; a minha tia mostrou-nos uma praia ótima.

     Ficamos lá até às quatro e meia e depois voltamos ao hotel, para nos arranjarmos e irmos ao Teatro. Quando chegamos, reparamos que o Unicórnio de cauda em arco-íris era demasiado realista. Quando acabou o espetáculo, fomos falar com o dono, para perguntar como tinha ele feito um unicórnio tão realista, mas ele não quis responder.

     Voltamos para Portugal um pouco tristes, mas ficou-nos na mente que poderia ser um unicórnio verdadeiro.

Matilda M, 6A

A Melhor Mãe do Mundo

Unique Heart Romel via Compfight

     A minha querida Mãe é alta, magra, frágil, harmoniosa, lindíssima.

    Tem o rosto redondo e magro. A minha mãe tem o cabelo comprido, liso, acastanhado e alguns cabelos brancos pois nós tiramos-lhe sempre a paciência.

     Anda quase sempre com o cabelo solto, tem os olhos pequenos, acastanhados escuros, tem um brilho que convence sempre uma pessoa, aquele brilho muito especial que quase ninguém tem. O seu nariz é comprido, a boca pequena e carinhosa, rasgada, única entre todas, e uma s marcas rosadas, especiais, muito originais; um sorriso ternurento, um olhar brilhante e umas mãos de anjo.

      O projeto preferido que a minha mãe tem é ir outra vez a França ver a sua antiga casa, em Paris, onde sempre viveu, desde que nasceu, até aos nove anos.

     Um momento inesquecível foi quando eu entrei para a escola e a minha mãe disse que não tivesse medo.

    Deste-me uma vida espetacular. Se não fosses tu, eu não existia, e amo-te, por tudo o que me fizeste. Para mim, és a melhor mãe do mundo, nunca te esquecerei!

Catarina C, 6A

Unicórnio Arco-Íris

Surreal Final!Creative Commons License Five Furlongs via Compfight

     No outro dia, fui ao parque com o meu afilhado, o Francisquinho. Então nós fomos jogar à bola.

     – Meninos, vamos lanchar. – Interrompeu a minha tia.

     Então lá fomos nós… Enquanto estávamos a ir, eu perdi-me no caminho: estava numa floresta cheia de flores e árvores por todo o lado, quase não se via o chão. Andei, andei, até que o ouvi um bebé a chorar e segui o choro, mas quando olhei para o céu, estava numa selva, e o choro era de um macaco! Ele atirou-se para a minha cabeça e eu comecei aos berros.

     – Está tudo bem? – Perguntou a minha tia.

     – Ah, era um sonho?  

     – Sim, acho eu. – Respondeu ela.

     Depois fomos para casa e a minha tia explicou-me que eu tinha levado com a bola na cabeça, pois não me lembrava de nada!

    No dia seguinte, fomos a um museu. O nosso guia era o senhor Alberto: era muito alto e usava sempre um chapéu; ele adorava animais, vestia uma roupa de explorador e tinha o cabelo preto.

     No jardim do museu, encontrei um cavalo branco, com uma cauda de arco-íris e um corno cor de rosa na cabeça: era lindo! Ele começou a cheirar a minha mão; então fui-lhe buscar uma cenoura a uma horta que havia lá à frente. Levei-o para o bosque e ele começou a correr. Eu segui-o: fomos dar a um lago onde havia imensas flores.

     O unicórnio começou a brilhar, eu afastei-me, começaram a  crescer-lhe asas;  ele principiou a voar e deitou-me brilhantes para cima da cabeça: eu própria comecei a voar; primeiro odiei, mas depois habituei-me.

     Estes foram os melhores dias da minha vida!

Maria Ana P, 6A

Preciso de Ajuda…

Broken And Dying Feggy Art via Compfight

O meu mundo não está a sobreviver,

A minha vida está de pernas para o ar

A minha alma está em sombra

O meu coração está esfarrapado…

O meu rosto a cair, o suor a queimar,

Os meus dedos a descolarem-se…

O meu mundo está a sofrer, 

Preciso de ajuda… Preciso de ajuda…

O meu mundo está num beco sem saída.

A minha vida está num estendal, 

A minha alma numa chaminé,

O meu coração nas mãos de uma costureira,

O meu rosto numa rede bamba…

O meu suor numa fogueira,

os meus dedos nas pétalas de umas rosas…

O meu mundo não está a sobreviver,

Preciso de ajuda… Preciso de ajuda…

Mariana R, 7A

Entrevista a uma Jovem Cavaleira

 I Parte

O.E.  – Hoje temos connosco, na Oficina, a jovem cavaleira Teresinha R de P que pratica equitação há 3 anos e acaba de ficar classificada em primeiro lugar, na prova realizada em Badajoz, nos passados dias 30 de Abril, um e dois de Maio.

     Congratulamo-nos com esta vitória e com a sua partilha da extraordinária experiência em que se pode transformar esta modalidade desportiva quando o talento e a maestria se aliam a um verdadeiro amor pelos cavalos.

 

OE.  Desde quando e como nasceu esta sua paixão pelos cavalos?

T.R. de P. –  A Mãe tinha um amigo, R. S. P. que tinha uma filha, a Nonô; fui vê-la  montar. Depois fui com a Sofia, a professora, às boxes, ver os cavalos. Aí é que comecei a gostar. Parei de montar, porque estava sempre em volteio, pois o meu tio dizia que eu era muito pequenina. Comecei a fartar-me e desisti. Um dia pedi para montar outra vez e aí voltei mesmo.

OE.  Quando começou a treinar a modalidade de saltos de obstáculos?

T. R. de P. – Monto há 3 anos, à séria, sem volteios. Passado um ano, comecei com os obstáculos, que é uma modalidade própria da Escola. Quando a Professora Sofia vê que estamos preparados, ensina-nos.

OE. Com que frequência pratica o seu desporto preferido?

T.R. de P. –  Nas férias, se estou cá, vou sempre o dia todo; até almoço lá. No tempo de aulas, monto todos os dias ás cinco; às vezes até vou diretamente para a Escola com os filhos da Sofia. A aula termina às seis; depois tenho de tratar do cavalo e saio às seis e meia.

4. Durante os treinos, que técnicas se esforça mais por aperfeiçoar?

T.R. de P. – Treino mais a posição, pois curvo um pouco as costas e levanto a cabeça; treino para não deixar a “Rufia” borregar; treino para avançar na volta e ficar à espera à frente do obstáculo; nos treinos a “Rufia” não tende a desviar-se do obstáculo; só nos campeonatos: aí eu abro um bocadinho a rédea. Nos treinos, monto também a “Utopia”. É uma égua que tem a passada muito maior; a “Rufia” tem a passada pequenina; por isso a “Utopia” sai mais longe do obstáculo; mas ela tem menos experiência de salto, ainda só fez uma prova.

OE. Em sua opinião, quais as qualidades que um Conjunto – cavalo e cavaleiro – deve apresentar para um bom desempenho em prova?

T.R. de P. – Se os cavalos forem muitas vezes montados e entrarem em muitas provas com eles, adaptam-se aos cavaleiros. Dou sempre biscoitos à “Rufia”. Já provei os de maçã, mas cheiram melhor do que sabem.

[…]

A Menina Terrorista – VII

Battery roomCreative Commons License David Jones via Compfight

     Quando os elementos do exército especialmente destacados para essa missão – 7000 membros do exército e outros mil responsáveis pela missão –  avançaram, a reação dos membros do exército foi boa e má ao mesmo tempo: foi boa, porque mataram muitos Jhadistas, – cerca de 30 mil – mas foi má, porque não encontraram Jane.

     Não a encontraram, porque o marido de Jane tinha arranjado um lugar subterrâneo que era muito difícil de encontrar. Era uma espécie de porão por baixo de umas ruínas abandonadas no deserto, a que se tinha acesso por um velho alçapão. Podia-se respirar graças a um buraco que renovava o ar.

     Mas os aliados nunca desistiram e todos os dias atacaram. 

     Um dia, o marido de Jane, Al- Moum, tinha ido  buscar comida a casa, mas deram-lhe um tiro e ele ficou ferido com cinco balas no braço direito.

[…]

Francisco C, 7A

Uma Viagem a Marte

     Borizu Outterspace visitors CHILDREN OF DARKLIGHT [DKL] via Compfight

     Eu tornei-me num extraterrestre e fui a Marte. Reparei em três coisas: não havia ar, não havia água e havia pessoas. Fiquei de boca aberta por não estar a sufocar, pois gostei do que aconteceu. Assim, pensei que havia mais alguma coisa que eu poderia descobrir. Encontrei mais seres iguais a mim, que disseram o seguinte:

     – Olá, Rúben!

     Eu fiquei espantado, mas eu era o Alfredo; mas, se calhar, para eles, poderia ser esse tal Rúben.

       – Olá amigos. – Respondi como Rúben.

       – Queres vir brincar às escondidas?

       – Sim!

     Assim descobri mais uma coisa: Marte era o melhor sítio para jogar às escondidas. Tinha várias pedras, buracos e túneis enormes e contínuos.

     Quis fazer mais uma experiência: se eu desse um salto e se esse salto fosse como se diz que eram os saltos em Marte, muito altos? Mas não deu, acho que por  causa do ar dos astronautas. Se não desse saltos com uma grande altitude, não seria divertido.

Vasco L, 5C

O Meu Avô

      May 1510 125/365Creative Commons License Pablo Contreras via Compfight

     O meu querido Avô paterno chamava-se Jorge, tal como o meu pai. O meu avô era alto,  tinha um rosto comprido, as sobrancelhas grossas, nariz achatado, a boca de  lábios carnudos, o cabelo grisalho com um pouco de ondulação e os olhos grandes, redondos e castanhos como a terra. Eu sei isto através de uma fotografia: ninguém me tinha dito que era ele, mas eu soube, porque ele era igualzinho ao meu pai.

    Eu não cheguei a conhecê-lo, nem a minha irmã, nem o meu irmão, mas sei que ele era muito querido. Eu queria tê-lo conhecido, mas não deu: é assim a vida. Ele faleceu novo, no dia 23 de Dezembro, porque ficou muito doente. Sempre que chega o aniversário desse dia, eu e a minha família paterna vamos à Missa rezar por ele.

     Eu acho que ele era muito parecido com o meu pai, sempre a pensar no trabalho e, quando o faziam zangar, era resmungão. Aposto que o meu avô não sorria muito, porque o meu pai também não sorri –  não porque esteja zangado, mas sim porque é uma pessoa séria – e a minha avó está sempre a dizer que o meu pai é igualzinho ao meu avô.

     Eu acho que conheci o meu avô, pois ele é igual ao meu pai, por isso tenho-o sempre ao meu lado. 

Mariana S, 5C

Na Rota da Beleza

A motu at RangiroaCreative Commons License Jean-Sébastien Roy via Compfight

     Ao longe avistava-se uma imensidão de mar; a tripulação olhava para o céu e descobria uma luz solar e uma grande extensão de cor azul.

     Mais perto, uma ilha pequena, cheia de palmeiras e grandes ervas a esconderem-se umas das outras.

     À frente do navio, umas águas límpidas e suaves, ondas a baterem no flanco do barco. O grumete, no cesto da gávea, com uma luneta, avista o espetáculo mais lindo do mundo: o horizonte no pôr do sol.  E grita:

     – Horizooooonte!  E teeeeerra à vista!

     Vasco da Gama ordenou:

     – Largar âncora!

     A tripulação do 5º A saiu do barco em botes salva-vidas e atracaram na ilha. Rapidamente meteram um padrão ao pé da praia, onde chega a ondulação, a bater.

     Todos se põem a trabalhar e a colher especiarias. Vasco da Gama ordenou que fossem dois emissários por terra, pelas antigas rotas comerciais, avisar D. Manuel I que tinham descoberto a Índia.

Afonso C, 5A

Ser Poeta

CONNECTIONS-55 oriol espinal via Compfight

     Para mim, um Poeta é o que sabe dividir a vida tal como um poema: os dias, tal como palavras que transmitem sentimentos indescritíveis; os meses como versos; os anos como estrofes e a vida como o poema em si.

     Mas a última linha, a última palavra, o último ponto final, de exclamação ou de interrogação não significam a morte, pois um Poeta, tal como um Poema, nunca morre.

Duarte P, 7

Liberdade

Red carnation perlaroques via Compfight

É preciso ter liberdade

Para podermos viver.

Na rua estar a passear

E poder ver o sol nascer.

Para haver liberdade

Tem de haver paz

E para ter descanso

Tens de ser um bom rapaz

A Liberdade e a Bondade

Coisas que devemos usar

Para que possamos um dia

Com as guerras acabar

Há cem anos atrás

A Liberdade era fantasia

Não havia felicidade e Paz

E muito menos alegria.

A partir de um certo dia

Acabava o tormento

Pois todo o povo se ria

Por não haver mais sofrimento.

Mafalda C, 7A

 

 

Mafalda C, 7A

 

A Rapariga Popular

     The Architecture of MadonnaCreative Commons License qthomasbower via Compfight

       – A Sério, estou a dizer-te: ela é popular em todo o mundo!

     É incrível, não é? São só coisas deste género que as pessoas dizem sobre mim…

    Às vezes gostava de ser como as raparigas normais… Quando vou para a escola, ninguém está comigo, porque acham que não estão ao mesmo nível que eu, em termos de popularidade.

     Na rua, toda a gente se afasta quando me vêem passar; nas lojas, os vendedores têm receio de não terem estilo suficiente.

     A minha vida é assim: é muito aborrecida, nem amigos eu posso ter. Sou conhecida até na China! É o que acontece às pessoas que têm demasiados talentos…

     Mas hoje, sinto-me com sorte: vou para a escola e vou meter conversa com raparigas e rapazes que pareçam ser muito fixes. Espero que me corra bem…. Estou no carro a ir para a Escola; virar à esquerda e já está, finalmente, cheguei!

    Toda a gente se afastou quando passei pelo corredor; vi um grupo de duas raparigas e três rapazes, consegui reparar quais eram os parzinhos e sobrava um rapaz, o mais giro! Pensei logo:

   – É só para mim! Ele era mesmo lindo…

Vera E, 6B 

A Minha Fabulosa Irmã

Cossette Leticia (Volks SDG Sora) MercuryLampe via Compfight

     A Catarina é alta e elegante, anda muito tempo nas passadeiras, por isso é muito ágil. Tem um cabelo muito longo e liso, mas ao mesmo tempo, ondulado, em volta do seu rosto oval e delicado, que parece uma bola de cristal; tem um nariz redondo, um tom de pele claro, mas que, no verão, se bronzeia facilmente; a boca é fina, com o sorriso maior do mundo, o nariz é arrebitadinho. Os olhos são pequenos e, quando jogamos ao jogo de “Quem abre mais os olhos”, parece que os dela não estão abertos, pois têm um formato achinesado; são castanhos claros e muito expressivos.

     A minha irmã tem muitos interesses, como, ir ao ginásio: vai todos os dias e vem sempre com uma cara vermelha.

      Ela é maravilhosa, adoro brincar com ela; tem alguns defeitos, como um feitio mais ou menos sensível, pois fica aborrecida muito facilmente.  Quando ela tem um objetivo, vai até ao fim. Quando for mais velha, quer ir para a Universidade.

      Eu sou uma fã da Catarina!

      Desejo-lhe as maiores felicidades do mundo!

Mafalda A, 5B

Animais em Liberdade

Running Wild 5 gwendolen via Compfight

     Na minha opinião, os animais selvagens devem viver em liberdade, mas terem alguém que os cuide.

    Em primeiro lugar, os animais selvagens devem estar em liberdade, porque eles nascem na selva com liberdade e gostam de ter espaço para andar e comer.

     Mas, por outro lado, também acho que devem estar no jardim zoológico, porque os tratadores dão-lhes comida saudável e, quando estão doentes, ou para ter um bebé, ajudam os animais e cuidam bem deles.

      E também é certo que, na floresta, os animais podem desaparecer e acabar aquela espécie. Enquanto que, no jardim zoológico, a espécie continua, porque os tratadores tentam que os animais se reproduzam.

     Por estas razões, o ideal seria que os animais estivessem em liberdade, mas também com alguém que os tratasse e cuidasse.

Mariana H, 6C

O Meu Avô

 The Reader Shakespearesmonkey via Compfight

     O meu avô tinha cabelo branco e curto; tinha olhos castanhos e uns óculos redondos; o nariz era bem formado e a boca pequena e avermelhada; tinha umas faces rosadas, parecidas com maçãs. Ele era um homem que estava praticamente sempre a sorrir e nos divertia muito.

     Quando o meu avô faleceu, foi um dia horrível: só via a minha mãe a chorar, quando a minha mãe recebeu um telefonema e era uma amiga minha a dizer para eu ir lá para casa dela. Sinceramente não me apetecia ir porque queria ficar a ajudar. A mãe dela disse-me para eu não me preocupar, porque ele tinha ido para um sítio melhor.

     Era um homem maravilhoso. Era simpático, mas um homem cheio de segredos; às vezes ia sozinho para a sua biblioteca e faziam coisas que eu acho que nem a minha avó sabia. Sempre que ele estava a trabalhar, esquecia-se de tudo à volta.

      O meu avô colecionava livros e moedas de todos os países. Sempre que eu encontrava alguma, ia a correr para lhe dar. Houve uma vez em que a minha irmã lhe deu uma nota e ele não aceitou, só que, mais tarde, ficou com ela. Quando ele faleceu, nós descobrimos essa nota com um papel a dizer: “Para a minha neta Mariana.”

     Ele era muito engraçado. Há pouco tempo, eu estive a ver uns filmes de quando a minha irmã mais velha devia ter uns três ou quatro anos e o meu avô aparece lá a fazer uma das suas “poses” engraçadas.

     Ele adorava carros e tinha sempre uns carrinhos no armário para eu, as minhas irmãs e os meus primos brincarmos. Também gostava de vinho, e nós dávamos sempre uma garrafa nos anos.

     Sinto muito a falta dele, mas eu sei que ele está num sítio muito melhor.

     Beijos para o céu, especialmente para o meu avô!

Carlota C, 5C

O Mistério – III

     Tokyo 250

tokyoform via Compfight

     Maria, estando já a sair do apartamento de Pedro, continuava um pouco (um “pouco” muito acentuado) confusa, com tudo aquilo.

      Maria já sabia que era melhor ficar na sua, e deixar Pedro feliz da vida com o seu diamante achado debaixo das almofadas, mas, como é óbvio, este facto abalou Maria; apesar de ser já tratada por “dona”, ou seja, de já ter muita experiência na vida, continuava a refletir sobre o tema.

      Para se acalmar, tentara assobiar uma melodia, mas não funcionou. Por fim, pegou nas suas chaves, que estavam no móvel antigo de madeira, na entrada. Seguidamente, abriu a porta, saiu de casa e fechou a porta. Trancou a porta o mais que conseguia, pois afinal de contas sempre se encontrava lá uma jóia com um valor quase ilimitado.

     Por esta altura, já Joana se encontrava no restaurante combinado. O relógio marcava já 20h 37. Maria desceu de elevador, do 4º piso ao piso nº0 , também conhecido por rés do chão; em tudo o que fazia mostrava uma certa falta de calma. Numa dessas situações, ia ficando mesmo presa no elevador, o que lhe custou mais dois preciosos minutos. 

     Era uma noite fria de Novembro. O céu estava escuro como breu e o alcatrão da estrada, molhado; pouca gente se via na rua. Ao sair do prédio, Maria encolheu-se de frio e tapou-se bem tapada com o casaco da rua. Cheirava a gasolina e a alcatrão molhado. Nas paredes dos prédios brancos viam-se manchas de humidade. 

     Maria ainda andou uns bons trezentos metros, num profundo vazio. Quase não se cruzou com ninguém e, com quem se cruzou, ninguém tinha um ar simpático. O seu Alfa Romeu parecia estar tão longe. E ela andou, andou e andou. Estava quase com medo. 

     Vagueava pelas ruas, num escuro imenso, cheia de frio: quando expirava, saía uma mancha branca da sua boca (não, ela não  fumava; era, sim, uma mancha de vapor de água) . Ela andou, andou, andou… Por fim, já às 20h 40, chegou ao carro. 

[…]

Vasco S, 6A

O Mistério – II

     Honda Civic Sport

Eddy CJ via Compfight

     Maria não percebia, mas, para ela, o menino Pedro era “o seu menino” Pedro, nunca tinha tido condições financeiras assim por aí além; vivia no seu T1, comprado pelos seus pais que tentaram sempre não afastar Pedro das suas vidas. Eram uns pais muito ativos que sempre amaram muito os seus filhos.

     A irmã de Pedro decidira ir estudar para Londres, onde tirava o curso de Engenharia, a especializar-se em Barragens Hidroelétricas e era, como Pedro, uma criatura inteligente e responsável; Leonor tinha agora trinta anos; Leonor Pontes – Leonor Salgado Pontes – dava frequentemente notícias e já tinha dado ideia que o seu curso, que já caminhava para o fim, depois de três anos e pouco, corria mais que bem; dizia também que queria lá permanecer e tirar o mestrado, o que não agradava aos seus pais, não só pelas saudades, mas também a nível financeiro, porque eles não tinham como pagar; mas a mãe de Leonor e Pedro, a Srª Pontes, até já trabalhava ao fim de semana, para ter a certeza que nada faltaria à sua amada filha.

     O seu esposo, o Dr. Manuel, era a favor de não dar nada mais à filha; um homem que azedou com o tempo, ficou demasiado triste com a separação dos filhos; era um homem já de 57 anos, que estava de mal com o mundo; no seu caso, “velhaco” era sinónimo de “velho”; dizia que estava farto de tudo, andava deprimido.

     Leonor era uma mulher de armas que já quase ganhara o diploma de psicóloga. Esmerou-se para dar ao filho  um T1 e o tal Honda Civic característico de 28C4.    

   Pedro sempre fora tímido e calmo; astuto, não gostava de dar nas vistas. Estudava em Lisboa e tinha-lhe sido difícil a separação dos seus pais.

Vasco S, 6A

No Parque de Monet

  Jardin de Monet Meiry Peruch Mezari via Compfight

        No dia dois de Janeiro, fui ao parque de Monet: Adorei!

     Quando passeava de canoa, observei os vários nenúfares lindos, com tons de cores que eram do outro mundo! No lago verde nadavam inúmeros peixes; o lago era muito fundo: fiquei curiosíssima por saber se habitavam animais nas grutas das rochas, como caranguejos, conquilhas e outros seres vivos. 

      O reflexo era inesquecível, parecia que a pequena lagoa tinha o retrato do jardim dentro de si.

     O Ar parecia cheirar a Natureza e sentia-se a brisa suave vinda da lagoa; à sua volta, imensos tipos de árvores, como o salgueiro –  que é bom para fazer aspirina – os chorões, que cresciam e descaíam como se o Sol descesse às oito horas.

     Ouviam-se pássaros a assobiar: parecia que estavam a dar um concerto.

Mafalda A, 5B

Uma Pessoa Única

     [Blythe] RuRu kiomeru via Compfight

     A minha irmã é de estatura média, tem quatro anos, é magra e ágil. O seu rosto é oval, o tom de pele é claro e as faces são rechonchudinhas. O nariz é redondinho, a boca sorridente, de lábios finos; os olhos são castanhos e brilhantes. O seu cabelo é encaracolado, com caracol fechado, comprido, de cor castanha escura. 

      Ela é irritante, mas é querida, pois tem quatro anos. Às vezes eu digo para ela fazer uma coisa e ela faz outra; é birrenta e rabugenta, mas quando alguém adulto está ao pé dela, faz-se de anjinho.

     Ela gosta de cantar e inventou uma música: “Jóias preciosas, eu preciso de jóias preciosas, para ficar com beleza lendária”, como a Elsa do “Frozen”. Ela gostava de um menino  chamado Vicente, que saiu da escola. Ela gostava de ser a Elsa do “Frozen” e ter poderes, como, por exemplo, o poder do gelo.

     Quando ela fez anos, a vinte e seis de Janeiro,  gostei muito de a ver a abrir prendas com alegria. Quero que, mais tarde, ela continue divertida e brincalhona e desejo que, no futuro, seja cada vez mais querida.

Ana Carolina O, 5B

Férias Espetaculares!

   SEA OASIS Tiago Pinheiro via Compfight

     As minhas férias foram espetaculares! Fui para casa da minha avó que vive em Belas, com a minha irmã que se chama Carolina e os meus dois primos; o mais velho chama-se Diogo e o mais novo chama-se Duarte.

    Quando chegamos lá fomos pôr as malas nos nossos quartos e, como estava um belo dia de calor, fomos para a piscina brincar os quatro. Foi muito divertido porque demos muitos saltos!

     Depois começou a ficar um bocadinho frio por estarmos muito tempo dentro de água. Saímos e fomos lanchar, porque estávamos a ficar com fome.

     Depois de lanchar, como o meu avô tinha comprado uma bicicleta de dois lugares, fomos andar. Mas fomos só eu e o meu primo Diogo. Foi espantoso!

Mariana H, 6C

As Dançarinas

Swiss Miss ~ 5 of 5 photos Mary Anne Enriquez via Compfight

     Uma menina chamada Railly gostava muito de dançar, mas quando foi para a escola de dança, ela era da Equipa A, e não queria ir para a Equipa B, porque não fazia parte da Equipa das raparigas I.

     Mas quando chegou à vez dela, entrou uma menina nova, a Michelle. Então os amigos da Railly não queriam saber da Michelle, mas quando a Railly acabou de dançar, a Michelle começou a armar-se em boa. Por isso, a Railly pediu uma partida de dança para ver o que ela fazia, mas a Michelle desistiu porque ela não sabia dançar tão bem como a Railly.

     Depois a Railly apercebeu-se do que se passava e começou a gostar muito da Michelle. Esta entrou na Equipa das Raparigas I. A Railly ensinou-a a dançar como ela e a Michelle conseguiu passar para a Equipa A, tal como os outros todos passaram.

     A nova chefe do Grupo ficou a Michelle, porque a Railly deu a sua vez à Michelle. Por isso pediu à Railly se queria ir com ela jantar ao Shopping e depois ir dormir a casa dela. A Railly disse logo que sim.

     E foi assim a semana da competição de dança.

Madalena C, 5A

Gutu, A Maravilha dos Mares

       Cascais turquesa Javier Díaz Barrera via Compfight

     O Gutu é um barco a motor, um Flyer de 6 metros de comprimento, com cabine, com escada de três degraus para a proa. A origem do nome é como eu dizia “Yogurte” em bebé.

     Quando voltamos de Sesimbra, o mar estava bravo e baloiçava um bocado o barco, mas na popa o Gutu é mais estável.

     Todos os verões vou a Sesimbra nas férias de verão e, quando há areal, vou para o Bugio, apanhar conquilhas. Quando deixamos o barco em alguma marina, ou arranjamos um hotel muito bom, de 5 estrelas, ou vamos todas as noites dormir a casa.

      Quando vamos sair de barco, o meu pai deixa-me tirar os cabos que seguram o “Gutu” e, muito raramente,  conduzi-lo.

     Durante a gravidez da minha mãe, e depois de eu nascer, com 3 ou 4 dias, já andava embarcada. É como se eu tivesse nascido a bordo, é como se o “Gutu” fosse da minha família.

     Sinto-me priveligiada por ter um Flyer e poder viver estas aventuras marítimas.

Inês G, 6B

Eu Sou a Pepa!

     Happy hollow sparkieg via Compfight

     Olá, eu sou a Pepa!

     Adoro escrever, tenho dois aninhos e sou uma Jack Russell um pouco maior do que devia ser. Muita gente diz que o meu nome devia ser “Pirata”, mas eu prefiro “Pepa”.

     Tenho o meu corpo todo, mas todo, branco, tirando o meu olho esquerdo, que é preto. O meu pêlo é fino e curto; o focinho, como as orelhas, é pequeno, e os meus olhos são castanhos.

     Tenho um companheiro que me está sempre a aquecer quando me vou deitar, é como se fosse meu pai. Gosto muito de bolas e adoro os meus donos!  Sou muito dorminhoca: consigo dormir um dia e uma noite. Às vezes faço asneiras: por exemplo, escavar buracos no jardim, saltar a vedação para ir até ao Parque vizinho… Gosto de brincar ao “braço de ferro”, mas improvisado. Adoro que o meu dono Tomás me atire o peluche: corro e devolvo o meu peluche ao dono. Quando os meus donos estão a ver televisão, eu peço para ir para o sofá e faço beicinho: às vezes eles deixam, outras não.

     Quando eu for velhinha acho que os meus donos vão ter muito cuidado comigo: levar-me ao veterinário, dar-me todos os remédios e todo o carinho.

     Para mim, ser cão é muito elegante, pois os donos dão-nos muita coisa boa. Se eu tivesse uns donos maus, aí sim, preferia não ser cão. Cá para mim, penso que nós existimos para fazer as pessoas mais felizes.

Tomás G, 5C

O Xerife da Cidade – “Uma Catástrofe”

Bald Eagle Fishing Sequence Lorne Sykora via Compfight 

     O dia era seco no deserto. Um senhor foi lá passar as férias; quando chegou, não havia praticamente água. Ainda só havia água num cofre  com 10 m3 de água para 53 pessoas; com ele eram 54 pessoas.

     Nesse sítio havia uma águia muito grande e o Xerife que lá mandava ainda não tinha derrotado a águia feroz e enorme.

     O Senhor que lá estava a passar férias, enfrentou a águia e derrotou-a. Daí em diante, muitas catástrofes aconteceram.

     O Senhor tinha uma arma, mas só tinha uma bala e disparou contra uma corda que segurava um tanque de água, mas que não tinha água, tinha areia; o tanque de água caiu mesmo em cima da Águia, derrotando-a. Com uma única bala ele derrotou a Águia e tornou-se o novo Xerife da cidade.

     Este Senhor armou-se muito, pois podia engraxar sapatos como o último Xerife. Então o Senhor prometeu ir numa longa viagem para procurar água e garantiu que trazia água. Voltou sem nada, desapontado, e sem nada nas mãos.

     Mas antes houve uma guerra, com uma cobra grande, que era o verdadeiro Xerife da cidade e o seu  amigo que o tinha enganado. Pois uma tartaruga montara-lhe uma armadilha sem hipóteses de sobreviver.

     Então, o chão começou a estremecer, a água saiu do chão, como se nada fosse, e levou os maus embora na corrente.

     Aquele sítio passou de completamente seco para uma praia com água, a única coisa que ainda não havia lá. A partir desse dia, o Senhor foi o verdadeiro Xerife da cidade.

Vasco Luvish, 5C

Eu Sou o Bongo

Old pup TheGiantVermin via Compfight   

     Olá, eu sou o Bongo! Sei que não era de mim que estavam á espera, porque este blog é do meu amigo Scup.

     Já que o meu amigo disse como era, eu também vou dizer. Tenho altura média, sou bem proporcionado. O meu pelo é curto e espesso, é castanho clarinho numas partes, sou loiro e as minhas donas dizem que o pelo da cabeça é mais fofinho.  Tenho orelhas caídas. Os meus olhos são castanhos amarelados e têm uma expressão meiga. No meio do meu pescoço tenho uma coleira de metal, com uma chapa em forma de bola, com o meu nome e o número do telemóvel da minha dona.

     Adoro brincar ao futebol e ao “busca”, com a minha dona preferida – Carlota -. Às vezes, quando as minhas donas simpáticas estão na piscina e elas pegam na bola e atiram. Adoro a minha casa: tem um jardim enorme, o que é bom para eu brincar e correr. Mas há um sítio onde eu só fui uma ou duas vezes é 0… 0 … o… andar de cima.

Tam, Tam, Tam…

     A minha família é grande: tenho sete donas, de 54 anos a 1 mês e tenho quatro donos, dos 53 aos 19 anos: um está sempre lá em casa e os outros não. A minha preferida é a Carlota; ela não consegue ralhar comigo a dar palmadas, porque me adora. Tem loucura por me dar muitas festinhas. Sempre que ela está desanimada, vem brincar comigo, para se esquecer dos seus problemas e eu faço-lhe a mesma coisa. Não sei como é que iríamos viver separados! Eu já perdi dois amigos: o Dengo e o Scone – não vou perder outra – e tenho imensas saudades deles!

     O Scup vem aí, por isso não posso continuar… Adeus, adorei falar com vocês!

Carlota C, 5C

A Surpresa do 5º Ano

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irmãs do amor de Deus

     Quando a minha mãe me disse para que Colégio eu ia, pensei em ir ao computador ver imagens e desportos. Pelo que vi, achei que era um colégio gigante e que ia ter bastantes amigos. No primeiro dia, entrei pela porta e observei uma grande agitação. Como eu já conhecia um colega de turma que tinha andado comigo num ATL, ele ajudou-me a reconhecer a escola e a apresentar-me a amigos dele que eram da minha turma.

     Tocou para irmos para a sala e escolhi um lugar perto do meu amigo. Entrou a minha DT, prof. Elsa, que nos desejou as boas-vindas ao 2º Ciclo e nos explicou as regras que, para nós, eram algo estranho. Também nos informou sobre o que ia decorrer ao longo do dia.

     Depois disto, nós fomos para a missa de Abertura do Ano Letivo e  foi nessa altura que eu conheci o meu primeiro amigo, que se chama Mário.  

     – És da minha turma?

     E ele respondeu que sim. Ele era simpático, tinha cabelo bastante ruivo e um olhar amigável. Até hoje ele continua a ser meu amigo.

     Achei que o primeiro período foi fáil, embora náo tenha tido altas notas a Inglês. Comecei a ter bastantes amigos; alguns inspiravam-me confiança, outros tornaram-se amigos íntimos. Cheguei ao final do 5º ano e senti-me bem, pois no próximo ano eu já ia entrar com amigos que conhecia bem e professores e assim seria mais fácil de me adaptar ao 6º ano.

Rafael C, 6C

A Menina de Castigo

http://fora-da-estante.blogspot.pt/2011/10/menina-de-castigo.html

Imagem digitalizada do livro “Do Outro Lado do Quadro”

Lá  estava ela sentada na cadeira da sala de jantar.

Estava um bonito dia, o sol entrava pela janela… 

Tão bonito, o dia!

Aquele jardim parecia uma piscina de flores, com aquelas flores todas tão bonitas!

E ela, ela estava ali sentada, sempre a olhar pela porta, para ver se a mãe chegava.

A menina de castigo, farta de esperar.

Carolina B, 7B

A Menina Terrorista – VI

     Panavia PA200 Tornado Formation FlightCreative Commons License Ronny Stiffel via Compfight

    As duas amigas decidiram que tinham de esperar mais tempo. Um dia, o marido de Jane veio para casa muito frustrado. Jane fez perguntas até ele desabafar. O marido de Jane já estava farto de pertencer aos jhiadistas.

      Jane ficou muito entusiasmada e foi logo dizer à amiga. Elas não sabiam se haviam de dizer ou não, ao marido de Jane, que queriam fugir.

     Um dia disseram à Jane que podia telefonar à mãe, para dizer que estava viva. Jane ligou e a sorte é que a mãe da Jane pertencia à C.I.A. – Polícia secreta americana. Ela atendeu e começaram imediatamente a ver a localização e o número. Decidiram logo declarar guerra! Depois de os responsáveis da C.I.A. falarem com o Governo, ambos decidiram que era preciso a guerra para libertar a Jane. Só faltava um plano misterioso…

     Depois de muitas horas de reunião com o Governo, concordaram que iam enviar drones, infiltrar pessoas, e, quando tivessem todas as informações necessárias, iam mandar tanques, jatos e todos os veículos que tinham. Para além disso, iam enviar ajuda internacional, para matar os jhiadistas e libertar Jane.

Francisco C, 7A

A Regata

Invernale2014-14-ESTE24-4245 carlo pulcini via Compfight

        Uma linda tarde de Primavera, a natureza ainda agitada e cheia de força, decidi ir ao Paredão do Estoril.

     O meu maior objetivo era ir admirar o mar porque tinha ouvido dizer que ia haver uma regata. Para quem não sabe, uma regata é uma corrida de barcos à vela.

     Ao fundo, distinguia-se a tal regata: talvez uns 40 barcos, de velas folgadas ao vento, num mar picado em carneirinhos de espuma.

     Um pouco mais à frente, navegava um veleiro de passeio já perto de uma manso quebra-mar em maré vazia.

     Por fim, sentado num banco, com os meus binóculos, eu deixava-me absorver pela força do Oceano.

     Sentia-se um cheiro a maresia e ouvia-se a corrente a puxar a areia e as pedras. Observavam-se muitos pescadores, nas rochas, a pescarem o polvo.

     No alto, sobre nós, até ao horizonte, estendiam-se as nuvens cada vez mais brancas.

Tomás G, 5C

No Embalo das Ondas Pequeninas

 CascaisCreative Commons License Loreta Conte via Compfight

     Uma menina ia no Paredão com a mãe; ela ia de patins; as duas passavam entre as pessoas que iam a caminhar. Chegaram a uma zona em que o chão era um bocado ondulado; a menina teve de descalçar os patins e calçar os ténis: foram as duas a correr.

     Depois, sentaram-se num banco a apreciar a paisagem: cores lindas das barracas, pessoas a passear os cães e a conversar.

     Mais à frente, ondulava uma bandeira tricolor, crianças brincavam com a água e a areia, enquanto os pais as vigiavam, bronzeando-se. Outras davam mergulhos e nadavam com muita felicidade.

     Um bocadinho mais longe, uns barquinhos navegavam no mar calmo, onde se podia pescar ou descansar, no embalo das ondinhas pequeninas. Ouviam-se gritos das gaivotas, misturado com sons de alegria e risos das crianças.

    Ao fundo, no céu limpo, o sol parecia trazer mais água ao mar e coragem aos jovens.

Madalena C, 5A

Eventos de Equitação

    DSC_0336 FancyShots via Compfight

     Nos passados dias 18 e 19 de Abril de 2015, decorreu, no Centro Hípico da Quinta da Marinha, a última Pool de obstáculos, com todas as categorias misturadas.

      O Conjunto Teresa R de P com a sua égua Rufia, de 17 anos e sangue Árabe participou no concurso.

     O Conjunto não ficou classificado no primeiro dia, por se ter desviado de um obstáculo. Em contrapartida, no segundo dia, o Conjunto “limpou a prova”, ficando classificado num honroso terceiro lugar.

     No próximo concurso, a realizar-se em Badajoz, nos próximos dias 30 de Abril e um, dois e três de Maio, o Conjunto Teresa R de P e Rufia deverão enfrentar obstáculos entre 70 e 90 cm.

     A cavaleira deverá manter a máxima atenção para, quando a sua égua começar a desviar-se, ter tempo para “dar perna” na direção inversa.

     Desejamos desde já as maiores felicidades ao brioso Conjunto.

Teresinha R de P, 6A

O Pónei e a Laura

20130125_132717_12Creative Commons License Shagshag via Compfight

       Era uma vez uma menina chamada Laura; ela adorava campo e animais.

     – Eu daqui a 10 dias faço anos, Mãe.

     – Pois é, filha.

     Passados dez dias, a Laura fazia anos e fez uma festa divertida no Parque das Palmeiras.

     A Mãe ainda não lhe tinha dado o presente de anos, e ela já estava a achar estranho.

     Quando os amigos foram embora, a Mãe deu o presente; ela ficou de boca aberta e exclamou:

     – Mãe, isto é um pónei!

     – Sim, filha.

      – Ah, ah, ah, ah! Eu tenho um pónei, eu tenho um pónei! Ah, ah, Iupiiiiii, Eh, eh!

     – Então, filha, gostaste?

      – Sim, Obrigada.

      O Pónei e Laura fizeram imensas aventuras: foram a Sintra, foram a Cascais…

      – Pónei, acho que temos de ir a Belém.

       E ele relinchou de alegria.

       Eles foram e foram… até que chegaram a uma Gruta, onde o Pónei ficou preso e magoado.

     A Laura ficou aflita mas foi tratá-lo e depois foram para casa. E a Laura contou tudo o que tinha acontecido à Mãe.

Carolina S-C, 5C