Os Inventores dos Carros Voadores

     Do You Remember … The Future?

Creative Commons License JD Hancock via Compfight

    Era uma vez um cientista maluco que se chamava Johny e tinha um amigo, o Francisco, que trabalhava numa empresa de automóveis. Os dois eram amigos que sonhavam criar carros voadores.

    Então, numa  quinta-feira chuvosa, juntaram-se e começaram a pensar. O Johnny disse:

     – E se eu criasse uma poção para os  carros voarem e tu, um carro leve que pudesse voar?

     O Francisco respondeu:

     – Não é má ideia.

     Então, assim foi.

    A poção estava inventada passadas duas semanas; os projetos dos automóveis também estavam prontos, mas o cientista pensou que tinham de ter asas e, logo a seguir, riscou os projetos.

    – Naaaaao! – Gritou o Francisco.

   – O que é? Não têm asas.  –  Respondeu o cientista Jhonny.

   – AAAh, esquece, começo tudo de novo!  – Disse o Francisco.

  Chegaram à conclusão  que não eram precisas asas para voar, mas que simplesmente eram precisos propulsores.  A poção tornou-se um combustível para os propulsores. Para a poção funcionar era preciso água, ferro, carvão e um minério chamado “rastoferrogoledagua” – é esquisito, mas é o mais importante.

    E assim foi: ficou um carro a pesar 500kg e com uns propulsores de 1000 cavalos – dois propulsores, mais precisamente  – quatro rodas de fibra de carbono e um motor a ar de 600 cavalos. A seguir, experimentaram-no e funcionou.

     Começaram a produzir em série e os seus nomes ficaram para sempre na história dos automóveis e na História de Portugal.

Diogo T, 6C

A Biblioteca Misteriosa – III

     Leafcutters Thomas Simmons via Compfight

     Passei a terceira sala, ou uma sala que deveria ser destinada para os leitores mais novos  ( leitores… bom, para lá fazerem os jogos de tabuleiro simples, as cobras, as escadas e esse tipo de jogos… Aliás, como eu fazia quando era pequeno; ou então entravam para fazer um desenho, ou para as mamãs lhes lerem uma história, ou seja, para ler não era).

     Sentei-me em cima da mesa como tanto gosto de fazer. (Ali ninguém me podia dizer para sair). E contemplei o vasto e belo jardim, infelizmente deveras mal tratado. A tinta branca da parede já descascada, afastada da parede em alguns sítios. No chão, bastantes pedaços de parede, pó e algumas formigas.

     Elas andavam, andavam, andavam… lutavam pela vida, ao contrário de alguns dos arrogantes que por vezes vemos a falar de coisas sobre as quais não sabem rigorosamente nada e rigorosamente nada dizem.

    Só falam, nada dizem; ouvidos abertos para ouvir nós temos, e não ouvidos abertos para escutar aquele som banal dos ricos com cunhas, que vão para a tv sobretudo falar e nada dizer;  portanto amigos, é assim que a sociedade funciona.

     As cunhas de ter dinheiro, as cunhas de ter fatos da Hugo Boss ou do Giorgio Armani, que bebem vinhos caros, que têm barriga de cerveja, o cabelo repleto de gel, com o bigode à espanhola, cheiram a vinho caro da boca, cheiram a cachimbo da boca, são tetos altos que tiram as hipóteses às formigas da nossa sociedade.

     Portugal está a atravessar um mau momento e, comicamente, dizem que a população vai diminuir, porque cá, os jovens não têm a possibilidade da paternidade e alguma dessa culpa pode ser atribuída aos barrigas de cerveja e às batôns caros.

    Tinha mesmo de dizer isto, agora vamos continuar.

   Voltei às outras salas para ver se havia qualquer coisa de que eu pudesse gostar. Um livro, um CD, qualquer coisa, eu só queria trazer qualquer coisa, qualquer coisa que eu me pudesse recordar do tal edifício… queria qualquer coisa…

Vasco S, 6A