31 e 1


Duerme, mi amor
Photo Credit: Susana Fernandez via Compfight

     Lembro-me como se fosse ontem, quando as férias começaram, mas não foi, aliás, ontem, recomeçaram as aulas… Socorro!

     Há uma grande diferença das férias para o tempo de escola: nas férias acordava raramente antes do meio-dia; quando cheguei à escola, fiz um esforço desumano para me aguentar de pé; é que eu tinha feito um projeto de, no último dia de férias, às 21h 30, estar na cama…mas falhou.

     Era por volta das 21h, e, como na véspera, tinha dormido em casa dum amigo, fui buscar o pijama à sala; os meus pais estavam a começar a ver um filme e eu lá fiquei, especado à frente do écran, até às 23h.

     Um acontecimento caricato foi na passagem de Ano: na vila onde eu vivo, estava nevoeiro e não se viu o fogo de artifício!

     Dia um, a festa continuou: como a minha avó fez anos, a caminho de Lisboa, fomos pela marginal e levamos com uma onda em cima do carro. Foi assustador, mas divertido.

     Fomos muito bem servidos em casa da minha avó: a entrada eram camarões de mais ou menos 13 cm! Eu comi mais ou menos sete e não comi mais nada.

    Estavam lá a minha prima mais nova (4 anos) e jogámos às escondidas – foi um pouco injusto. Gostei muito dos dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro.

Vasco S 5A

     

A Grande Noite

     spark and fireworks
Creative Commons License Photo Credit: Kamal Zharif Kamaludin via Compfight

     Ainda eram 9 30, mas eu já estava entusiasmada para chegar a casa de uns grandes amigos meus.

     Quando lá chegamos, demos logo umas gargalhadas. Vi os amigos dos meus pais mascarados de super-heróis,  duas de Cleópatra, e muitos mais  disfarces!

Eu estava mascarada de Matilda, “a Espalha-Brasas”, o meu Pai, de Gandhi, a minha Mãe, de mulher do Gandhi, a minha irmã Madalena, de “Sharpay” e a minha irmã Maria João, de Panda do Kung-Fú.

     Dançámos até muito tarde, até que chegou a meia-noite: uns a comer as passas, outros a beber champanhe. Eu e as minhas irmãs abraçámos os meus pais e ouvíamos gritos de felicidade! Desejei dentro de mim que a minha bisavó não morresse. Desejámos aos amigos do Brasil, que este primeiro ano deles em Portugal,fosse o melhor ano das vidas deles.

   Fomos para o jardim, eu e uma amiga gritámos como se disséssemos “Bom Ano” ao mundo inteiro. Um amigo meu, sem querer deixou cair uma bebida na piscina!

    Depois é que foi mesmo incrível: aí, sim, dançámos até de madrugada!

Matilda M 5A

Sofia: Entre a Dança e o Teatro

     A Sofia é aluna dedicada na Escola de Dança de Janes; vai praticando quase todo o tipo de danças modernas, incluindo o jazz e o pop.
     Entrou na academia numa época de Natal, quando os alunos de dança preparavam também um espetáculo musical que inclui teatro e canto. Daí surgiu um entusiasmo pelo Teatro que, finalmente, pode concretizar este ano, inscrevendo-se no novo Curso de Teatro que abriu na nossa Escola.
 
     Que lugar ocupa a dança na tua vida?
 
   A dança é algo de que gosto muito. Antes não sabia que gostava de dançar, com o primeiro espetáculo, descobri que tinha jeito. Aos 4 anos fiz natação, aos 6 anos fiz Ballet, no 3º e 4º anos fiz Ginástica Rítmica. Este ano entrei para o Teatro, aqui no CAD.
    A dança, para mim, é uma coisa que eu adoro; as minhas professoras de dança são a Joana e a Mafalda. Na dança somos divididos em grupos: do grupo 1 ao 8. O grupo 8 é dos rapazes e a professora deles é a Vanessa. Ela tem muito jeito de fazer de rapaz. O meu grupo é o 3. Eu fui ver a minha prima Bruna a dançar: ela tinha imenso jeito e, no final, ela fez roda e espargata! Como sou prima dela, temos o mesmo sangue, eu devia ter jeito como ela, mas ela vai sempre melhor do que eu, porque ela pratica desde os quatro anos.
   Este fim-de-semana comecei o novo ano na Escola de Dança, com ensaio geral no Sábado de manhã e Festa no Sábado à noite.
 
  Partilha connosco uma experiência que tenhas apreciado nas Férias de Verão.
 
   No último dia de escola, fui para a Disney, em França. Depois voltei. Fiquei duas semanas no Colégio, em atividades: Ténis, Natação, Teatro.
  Mas o que gostei mais foi de outro Campo de Férias, na escola Pereira Coutinho. De manhã, íamos à praia, à tarde havia muitos jogos. Também fomos a uma espécie de gruta que tinha lama e que nós tínhamos de escalar. Eu caí de dois metros de altura, mas consegui subir. Ficámos todos enlameados!
    Também andámos a cavalo, fizemos arborismo no Parque de Palmela, jogamos volley, basket, futebol e um jogo com arcos: estávamos em fila, chutávamos uma bola e tínhamos de ir a correr para um arco. Quem ficasse sem arco, perdia.
     Eu pertencia à equipa E: quatro meninas, um rapaz de 12 anos e outros dois de 13 e 14. Gostei mais deste Campo de Férias do que o do CAD: os rapazes são mais velhos, mas passam-nos sempre a bola em todos os jogos!
  
 
    Quando estás sozinha, tens uma atividade favorita?
 
     Quando estou só, o que gosto mais de fazer é ler sem ter ninguém à minha volta. Na praia, onde também gosto de ler, não consigo, porque está muita gente à minha volta e distraio-me. Mesmo assim, na praia de Vila Nova de Mil Fontes, onde a água está sempre fria, consegui estar duas horas sempre a ler “O Gatinho Mágico”.
 
  O que apreciaste mais nesse livro?
 
     Quando entraram na caverna e começaram a sua aventura. Também quando o gatinho esteve em risco de se afogar. Vão fazer uma excursão: a dona nunca largava o gato e foi com um amigo explorar uma caverna onde tinha de dar um salto de 3 metros. Ela foi por outro caminho. O João abandonou-a e ela quis voltar para trás, então ele fez troça, dizendo que ela tinha medo.
 
  Quais são os teus objetivos para o 6º Ano?
 
   Fazer tudo para ter boas notas. Estou a experimentar vários métodos de estudo para escolher os que derem mais resultados. O Teatro, que vou começar agora também me entusiasma muito. E, claro, quero fazer progressos na Dança.
Sofia L 6B
 

O Teatro

     O Teatro é um desenvolvimento de ideias que aspira ao melhor para a tua vida. Quando os outros olham para os artistas de teatro a representar, pensam se eles próprios estão a fazer o bem ou o mal, avaliam-se

Puppet
Creative Commons License Photo Credit: Little Zoker via Compfight

     O Teatro consiste em termos mais ideias de brincadeira com os outros e, a partir do palco, pronunciar as nossas falas e, ao mesmo tempo, concretizar a brincadeira.

    No Teatro, nós, espectadores, podemos comunicar com os artistas e ver os atores reais a representar naquele momento. No cinema não; cada ator de cinema tem o seu papel, nós estamos a vê-los no écran, mas eles não sabem que nós estamos a vê-los.

    Fazer teatro é mais ou menos imitar a vida dos outros; somos nós próprios a ter outra vida, outro nome e, naquele momento do espetáculo, estamos noutra vida que não é a nossa na realidade.

    Eu, quando fiz teatro, imitei a vida de outra pessoa, mas não entrei na vida real da Joana – a minha personagem – pois ela tinha só uma vida imaginária. A Joana, aqui e agora, já não existe, mas dentro de mim existe, porque a representei.

Sofia L 6B